Robôs estão a aprender a fazer cirurgias sozinhos ao verem vídeos
A Inteligência Artificial (IA) é promissora, especialmente se a associarmos a outros campos, como a medicina e a robótica. Investigadores criaram um modelo de treino, por via do qual acreditam que braços robóticos podem aprender a imitar ações. Desta forma, acreditam ser possível reduzir a necessidade de programar cada movimento individual.
Uma equipa de investigadores da Universidade John Hopkins e da Universidade de Stanford criou um modelo de treino, utilizando gravações de vídeo de braços robóticos controlados por humanos que executam tarefas cirúrgicas.
Ao aprender a imitar ações num vídeo, os investigadores acreditam que podem reduzir a necessidade de programar cada movimento individual necessário para um procedimento.
Conforme avançado pelo The Washington Post, "os robôs aprenderam a manipular agulhas, a dar nós e a suturar feridas por si próprios".
Os robôs foram, também, capazes de ir além da imitação, corrigindo os seus próprios erros sem que lhes fosse dito - por exemplo, apanhar uma agulha que caiu.
Entretanto, os cientistas já iniciaram a fase seguinte do trabalho: combinar todas as diferentes competências em cirurgias completas efetuadas em cadáveres de animais.
Serão os robôs autodidatas perigosos?
Indo ao encontro da evolução tecnológica que tem sido conduzida, os instrumentos robóticos já são verdadeiramente úteis, pois podem chegar a sítios e executar tarefas em locais onde mão de um cirurgião não cabe. Além disso, fazê-lo sem perigo de tremores.
Apesar dessa evolução, os robôs costumam ser guiados manualmente por um cirurgião, que está sempre no comando.
Aliás, uma das preocupações relativamente aos robôs mais autónomos é que os modelos de IA não são "inteligentes", limitando-se a imitar o que já viram antes, não compreendendo os conceitos subjacentes com que estão a lidar.
De facto, o vasto leque de patologias numa variedade incalculável de hospedeiros humanos coloca um desafio: e se o modelo de IA nunca tiver visto um cenário específico antes e não tiver sido treinada para reagir?
O que está em jogo é muito alto, porque se trata de uma questão de vida ou morte. A anatomia de cada paciente é diferente, assim como a forma como uma doença se comporta nos pacientes.
Olho para [as imagens de] tomografias computorizadas e ressonâncias magnéticas e depois faço a cirurgia, controlando braços robótico. Se quisermos que o robô faça a cirurgia sozinho, terá de compreender todas as imagens, como ler as tomografias e as ressonâncias magnéticas.
Disse Dipen J. Parekh, diretor de cirurgia robótica da Universidade de Miami, em entrevista ao The Washington Post, acrescentando que os robôs terão de aprender a efetuar cirurgias que utilizam incisões muito pequenas.
Depois, outra preocupação passa por perceber se confiar demasiado em robôs autónomos para realizar cirurgias pode conduzir os médicos a uma atrofia das suas próprias capacidades e conhecimentos.
Com os robots cada vez mais inteligentes podemos banir os totós e nerds da sociedade e ficarmos finalmente com apenas humanos interessantes e bonitos. Os caixas de óculos passam a ser substituídos por robots
E tu vais para onde ?
Não duvido que um robot possa aprender a operar. Do que eu duvido é que seja possível equipar o robot com uma ferramenta tão perfeita como é a mão humana.