Próximo voo de teste da Starship vai trazer grandes novidades da SpaceX
Numa publicação oficial, a SpaceX revelou que se está a preparar para o próximo voo de teste da Starship. Este irá marcar uma mudança e um ponto importante na preparação desta proposta da SpaceX. Do que é revelado, a missão incluirá testes de implantação de carga útil pela primeira vez, algo importante para delinear o futuro.
Chegam grandes novidades da SpaceX
A carga útil em questão será constituída por 10 simuladores da Starlink, concebidos para corresponder ao peso e tamanho dos satélites Starlink da próxima geração. Elon Musk confirmou que o sétimo voo de teste da Starship está agendado para 10 de janeiro nas instalações de Boca Chica, no Texas.
A SpaceX pretende testar e focar-se em “múltiplas experiências de reentrada orientadas para a captura e reutilização de foguetões, e lançar e devolver o Super Heavy”. O design da Starship também foi alterado, com flaps dianteiros agora mais pequenos e reposicionados para reduzir a exposição ao calor durante a reentrada.
All the new developments on Flight 7 Starship! pic.twitter.com/jglghI68yZ
— Space Sudoer (@spacesudoer) January 5, 2025
Próximo voo de teste da Starship em breve
Isto aumentará a durabilidade geral e o desempenho da Starship. Além disso, a SpaceX referiu que o sistema de propulsão foi remodelado e tem agora uma maior capacidade de combustível e sistemas de motor avançados, permitindo missões mais longas. O escudo térmico deste foguetão está agora equipado com peças atualizadas com uma camada adicional para maior segurança.
Segundo a SpaceX, os simuladores da Starlink estarão na mesma trajetória suborbital da Starship, com uma aterragem direcionada no Oceano Índico. O voo de teste também conduzirá várias experiências de reentrada, incluindo materiais alternativos de proteção térmica e acessórios de captura de foguetões.
Satélites V3 da Starlink são a carga
Os satélites V3, conforme o relatório anual de progresso da empresa, pretendem trazer velocidades de gigabyte aos assinantes Starlink. Espera-se que estes satélites V3 sejam muito mais pesados do que os V2, pesando supostamente até 2000 kg. O objetivo para cada Starship é implementar 60 satélites V3, permitindo adicionar “60 Tbps de capacidade à rede por lançamento”.
Este teste tentará também capturar o Super Heavy Booster, que a empresa já conseguiu durante o seu quinto teste em outubro. Se as condições forem desfavoráveis, espera-se que o propulsor caia em segurança no Golfo do México.
Fonte: SpaceX
Convém é mesmo que façam o processo de captura a funcionar sempre, senão deixa de ser reutilizável.
a melhor soluçao seria algo como o space shuttle. foi a unica soluçao verdadeiramente reutilizavel.
Não é bem assim ….os voos ficavam mais caros do que lançar um foguetão novo de cada vez ….a Rússia fez umas cópias do space shutle e abandonou-os …embora fossem até melhores do que os americanos ….estão agora a apodrecer abandonados , há documentários sobre isso no youtube ….ficavam caros e tinham pouca utilidade ….Desconfio muito quando eles dizem reutilizável…..
A Rússia só montou o Buran. Esse fez 1 voo, em 1988, automático. Só que ficou abaixo do que os russos pensaram. O Energia (lançador ou 1 estágio) não conseguia colocar, o shuttle, na órbita alta. Daí ter sido abandonado. Em 2002, o hangar colapsou (por falta de manutenção, destruindo o Buran. O Ptichka estava, quase, pronto para voar, quando caiu o muro. Depois, está, num hangar, junto a Baikonor, no Cazaquistão, ao abandono. Existem, mais 2, modelos de teste, um deles, que era possível ver, no museu de Baikonor, o outro está no mesmo hangar que o Ptichka.
A maior diferença, com os americanos, é que, os russos, não tinham OMS (os motores, atrás). Usavam um adaptador, idêntico ao que a Dragon e a Soyuz, usam, para mudar de órbita.
Nem lá perto, os booster era reutilizados, mas demorava semanas a refazer, o tank principal ia a vida e muitas das ligaçãoes era pirotecnicas, demorava pelo menos 1 a 2 meses a ter o shuttle novamente em ordem de voo, muito do escudo tinha de ser recolucado e feito revisões aos motores.
Se for veres a SpaceX com o Falcon 9 tem periodos de retorno ao espaço de 1/3 do shuttle.
O problema é que são precisos 9 lançamentos, da Dragon, para levar a mesma carga, que os shuttles levavam, além de haver o problema de não poderem ir pessoas e carga juntos.
A Blue Origin quer tentar imitar, pois espera conseguir colocar uma cápsula, com carga idêntica, numa órbita trans-lunar. Algo que só a Starship, se espera, que venha a conseguir.
O space shuttle foi um marco muito importante para o desenvolvimento da tecnologia de reutilização de naves tripuladas. A questão aqui é o propósito para o qual se destina o Starship, se queremos uma nave capaz de “aterrar” em marte, não podemos contar com uma pista para o efeito. Portanto bem mais prático colocar a nave num ponto à escolha e mais tarde ter então a tal infraestrutura para captar a nave Starship.
O Shuttle nunca foi para sair da órbita baixa.
Os shuttles eram para ser os porta-contentores, que levavam 7 a 9 tripulantes para as estações espaciais e 9 cargas, iguais, ás da Dragon. A ISS podia operar, com 12 pessoas, bastando 2 visitas anuais, do shuttle e 1 Progress. Hoje, precisa de 5 Dragon e 3 Progress (eram 5, em 2021), além do que é levado em 2 (a 3) Dragon e 2 Soyuz.
Para Marte, desde 1993, que a NASA, sempre quis algo semelhante ao Saturn V. Capacidade de carga e lançamento. A Starship ainda precisa provar que pode chegar a GEO. É que, pelos perfis de voo, a SpaceX quer iniciar voos sub-orbitais, humanos, com a versão orbital a servir, só, para colocar 700000 Starlink V3, em órbita. Uma outra versão será usada para aterrar na Lua, que estava prevista, fazer o voo teste em 2021, o tal que o Japonês iria pagar 4200 milhões de dólares, para ser o primeiro humano, a voltar à Lua, depois de 60 anos, do último a lá andar.
Good luck