Será agora o Google mais competente que o seu médico?
Em Fevereiro passado, a Google anunciou uma das suas mais recentes funcionalidades, que permite a qualquer utilizador, de forma rápida e simples, aceder a informações importantes relativamente a doenças mais comuns, conseguindo ter, desta forma, acesso a factos médicos relevantes como sintomas típicos ou até mesmo tratamentos.
Mas a Google não quer ficar por aqui, quer muito mais!
E, devido ao facto desta funcionalidade, ao longo destes 7 meses, se ter vindo a tornar bastante popular, a Google decidiu melhorar a mesma estando a funcionalidade preparada para lhe dar resposta para cerca de 900 doenças/problemas, quase o dobro, comparando com o seu lançamento.
Para além deste acréscimo, a Google decidiu também melhorar a interface com que apresenta aos utilizadores as suas informações, passando agora o utilizador a ser directamente redireccionado para a lista de sintomas, adicionar uma nova opção que lhe permitirá fazer download de um PDF com um conjunto enorme de informações relativas à doença pesquisada, tendo ainda feito um grande esforço para se conseguir associar com mais médicos e profissionais de saúde de modo a garantir que as suas informações sejam o mais precisas possíveis e que estejam sempre actualizadas.
Para já, esta funcionalidade está apenas disponível em Inglês mas, ao que tudo indica, a empresa já estará a trabalhar para que os resultados possam também ser obtidos noutros idiomas.
Contudo, e se pretender experimentar, basta aceder ao seu Smartphone ou Tablet e questionar o Google sobre uma qualquer doença. A partir daí, o Google irá apresentar-lhe um conjunto muito interessante de informações sobre o que procura.
Este artigo tem mais de um ano
claro que não
claro que não
Não sei se isto traz mais benefícios que prejuízos.
A última coisa desejável é a banalização do sector da saúde.
Por um lado não queremos um mundo de hipocondríacos, por outro não queremos automedicação, por outro não queremos pressão por partes dos doentes sobre os profissionais de saúde e acima de tudo não queremos artistas a actuar nesta área. A
Como em tudo há pro e contras. Mas os prejuízos podem ser imensos.
Completamente de acordo.
+1!
Por outro nao queremos medicos a mandar receitas carissimas e de resultados duvidosos e interesses tambem!!
Se a medicina e as ciências farmacêuticas fossem infalíveis… | Acerca das receitas caras, algumas são inevitáveis; e em todas as áreas há uma minoria de gente com interesses – sendo a política a excepção pois é (quase) tudo com interesses.
Claro que há muitos interesses, é um mercado e há procura como qq outro mercado tem negócio e interesses, e insinuar que isso é normal não pode ser bom pois não? É preciso defender ideias como estas pois se são validas ou não, não sabemos e serão testadas pelos seus utilizadores, caso bem diferente é o lobi que há no setor entre estado e privados que nao oferecem nada de novo!
+1!
Eu não tenho dúvida que sabe mais que meu médico (e do que o seu), obviamente precisaremos sempre de profissionais da medicina, mas a internet permite a pesquisa de várias informações que servem de garantia para não sermos conduzidos e sim condutores de nossos tratamentos.
Tens uma dor no peito no lado esquerdo já há alguns dias, não aumenta de intensidade com a respiração nem com exercício físico, sentes algumas pontadas de vez em quando e doi-te um pouco à pressão. Vai à net ler e diz-me a que conclusão chegas.
Se estas à falar de tratamento até que posso concordar contigo, mas é ao médico que cabe definir a melhor terapêutica devido a diversos factores que nós desconhecemos e interações medicamentosas, respostas, etc.
Em relação a diagnóstico? Não vejo como uma pesquisa na web consiga diagnosticar o que quer que seja, a não ser queda de cabelo ou comichão na virilha.
Em resposta ao 1ª paragrafo a net até nem pode dar uma resposta mas um médico dá de certeza, a questão não é essa! O médico dá a resposta mais acertada? Como isto anda não me parece!
E a Internet dá? O médico infelizmente não é perfeito, mas sabe mais que a Internet num sentido: é racional e tem experiência. A experiência ajuda muito na hora do diagnóstico e tratamento.
Manda-te fazer exames… que é o que dará respostas nestas situações.
Existem sintomas que dão claramente um diagnóstico, existem outros que necessitam de exames, simples.
Na verdade o tratamento farmacológico é do domínio do farmacêutico e não do médico. Para o diagnóstico médico, o médico recolhe um conjunto de sinais e sintomas para prever um diagnóstico e aqui perde para o computador com mais memória e não susceptível ao chamado erro humano, a vantagem do médico está na consulta, mas ainda assim, no fundo ele acaba por seguir um algoritmo, e aqui volta a perder para o computador. Uma pesquisa na internet não é comparável à uma consulta médica pelos motivos já indicados, mas facilmente se pode substituir o médico pelo computador, o que já começa a acontecer. Por fim, vou só dar o exemplo da Saúde 24 que não é mais do que a previsão de um diagnóstico seguindo um algoritmo, utilizado por enfermeiros que estabelecem o interface entre o algoritmo e a pessoa.
Oi Daniel compreendo o que está dizendo, no entanto não podemos confiar na infalibilidade de médico, nesse sentido a internet torna-se um aliado poderoso para conferir as informações do médico, inclusive aqui no Brasil procurar o currículo do médico na plataforma lattes, por exemplo. Além do que sempre recomendo as pessoas a irem em mais de um médico quando precisam de tratamento. Só para constar não sou hipocondríaco (pelo menos que eu saiba hehehe), não tomo medicamentos a pelo menos 10 anos e faz muito tempo que não vou a nenhum médico, mas se precisar com certeza irei primeiramente pesquisar na internet. Por fim essa desconfiança que tenho é pq sou pesquisador (só que de outra área) e isso me ensinou a nunca confiar em nenhum profissional por completo, nem neste que vos escreve.
Se não confias no teu médico não devias ir a ele. E se tens dúvidas pergunta. Estou farto de ver pessoas a deixarem medicação fundamental porque leram na intetnet coisas. Mais que obter informação é necessário saber que fazer com ela, e para isso poucos estão preparados.
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É por essas e por outras que cada vez mais as pessoas vão ao médico como quem vai à mercearia: “avie-me aí 2 caixas de Zitromax e 1 caixa de Valium”. É bom sairmos do panorama em que somos totalmente conduzidos, mas não podemos querer conduzir de mais. Já temos “médicos de bancada” que chegue.
“Detectamos que tem X doença”, “clique aqui para comprar este medicamento com 50% de desconto, só para as 5000 primeiras encomendas”
Qualquer tratado de medicina sabe mais que o médico, mas não é o tratado que faz o diagnóstico nem que aplica a clínica no paciente. Qualquer um pode ler um tratado de propedêutica médica e depois os inúmeros tratados sobre as variadas especialidades. Mas isso não vai dar à pessoa capacidade de fazer diagnóstico, até porque, o exame clínico tem muita informação adicional que vai para além da semiologia mais ou menos evidente. Por isso, é mais uma base de dados que pode ajudar , se tiver critério científico adequado, em casos menos comuns como alerta para ter em linha de conta. De resto não vejo, para já, qualquer utilidade, porque a semiologia de muitas patologias é idêntica, é preciso fazer o diagnóstico diferencial, e isso necessita de avaliação pessoal por parte dos profissionais de saúde. Pode até ser prejudicial, e a pessoa autodiagnosticar-se erradamente e deixar passar uma patologia bem mais grave.
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Isto é uma grande ajuda, eu recorro ao Dr. Google com frequência. Para me dar uma primeira ideia. Se coloco os meus sintomas na google machine. E ele sugere que pode ser uma coisa ou outra ou outra. Mas é como diz o Daniel,não substitui o médico. Para se ser médico é preciso um curso. Posso ler mas posso não saber interpretar. Já cheguei mtas vezes ao médico e ele concordou com o meu auto-diagnóstico , mas Tb houve vezes em que estava errado. Na minha área,a eng. De SW também conheci muitos “jeitosos” que se achavam mais inteligentes que um eng. Curiosamente a inteligência não funcionou mt bem no liceu nem na faculdade (nos que lá conseguiram chegar)
Estive para citar o caso dos jeitosos que se acham mais que engenheiros (válido para qq área de engenharia). É um caso análogo, mas achei melhor não mencionar, para não desviar o assunto. Mas concordo completamente.
A tua primeira parte reflete aquilo que eu mais receio. Por vezes acerta, mas muitas erra redondamente. No teu caso houve sempre o bom senso de ir ao médico, mas e todos aqueles que não vão e se automedicam erradamente ou criam pressão sobre o médico.
Isto é para tirar partido dos hipocondríaco. Vão SEMPRE ao médico.
Como diria o Doc Cottle: “Frakking hypochondriac — one on every bloody ship” …
Gostas da galáctica ? 🙂
Também vi esse, foi o gaius baltar. Na primeira série o baltar estava a bordo de uma nave base.
Yeap ! Grande fã. Já fiz umas 4 re-runs 😉
Não deixa de ser uma boa ferramenta de consulta, nada mais. E claro que não se compara a um medico lol
Mas digam todos a verdade: quantas vezes ao ano não vão pesquisar por um sintoma, quantas vezes não vão só Google saber o que quer dizer os valores nas vossas análises?
Quem não pesquisou por um medicamento ou ,um tratamento?
Todos vós claro.
Como ferramenta de consulta é bom, mas não dispensa uma ida a médico.
Os médicos tbm consultam os seus livros quando surge uma questão invulgar.
Tive essa experiência pois tinha um problema e ao falar com o meu médico disse ter feito uma pesquisa e ter lido sobre o assunto, ele de princípio criticou mas após ter consultado os seus livros acabou por ir de encontro ao que eu disse e resultou.
A cabeça de um médico não absorve todas a doenças do mundo, por vezes temos que ajudar com trocas de ideias. Mas isso vai de médico para médico.
muito bem a google, espero q haja um symptom checker em português. estar informado permite uma melhor interacção cm o médico, nomeadamente sintomas q n são valorizados e outras informações circunstanciais.dpx o diagnóstico e tratamento é com especialistas
É bom para podermos confrontar as barbaridades que alguns médicos dizem
Vai aqui o comentário de um obsessivo compulsivo por doenças, vulgarmente conhecido por hipocondríaco.
Já lá vão 8 anos que tudo começou.
Primeiro um sintoma num testículo, fui ao médico, fiz um exame e descansou-me, até aqui tudo normal, depois algo mal resolvido na minha cabeça e foi o descalabro desde então, e sabem o que me fez cair no fundo do poço? O Google, eram horas, quase 24 horas sobre 24 à procura de sintomas e doenças. Já fiz mais de uma infinidade de exames tudo por causa do Google e do seu efeito psicossomático.
O Google pode e digo pode ser bom para saber mais sobre uma doença ou tratamento mais do que isso não acredito, podem ter 10 sintomas que se forem ao google corresponde a 100 doenças, procurem sempre o médico.
É fácil passar de alguém com uma vida completamente normal para alguém com uma doença crónica, que lhe tira grande parte da qualidade de vida.
É certo que a grande maioria não se torna um ocd por causa do Google mas se não estímulo à isso a coisa fica mais fácil. Imagine um alcoólico passar a vida rodeado de todo o tipo de bebidas…
Se os mortos falassem, havia muitos a queixarem-se dos sintomas que o médico ignorou.
Depende do depende, entenderam?
Se for algo iminente, e se a pessoa estiver de frente ao teclado e de um monitor e se o problema conter uma resposta que o humano precisar e conseguir executar, sim claro.
Mas aqui entre nós, eles precisam arrumar urgente esse motor de busca, só da resposta velha , as vezes nem a resposta que procuramos ele oferece, é horrível, quem arrumar isso ficara rico.
O google é uma ferramenta. Não é nem boa nem má. Depende da pessoa que a usa. E como a usa.
É, é, mais competente.