Seguradoras já exigem o uso de um medidor de atividade física para ter um seguro de vida
Com os dispositivos tecnológicos móveis, dedicados à saúde, a ficar cada vez mais precisos, há empresas já a pensar como tirar proveito dos dados recolhidos. Se conseguimos recolher dados vitais para termos, nós utilizadores, indicações da nossa saúde, há também quem queira que esse dispositivo sirva de "testemunha" do nosso ritmo de vida e no que isso implica para a saúde.
Sabia que há já seguradoras que exigem o uso de um medidor de atividade física para fazer um seguro de vida?
Seguradoras descobriram um novo filão?
Se deseja obter um seguro de vida com a seguradora John Hancock, terá que ser monitorado 24 horas por dia. A seguradora, uma das maiores dos Estados Unidos, obrigará os seus clientes a levar um Apple Watch, um Fitbit ou pulseiras similares para obter o seguro de vida.
O seguro tradicional está a ficar para trás, agora a indústria tem uma nova forma de "garantir" que os seus clientes são conhecidos em várias vertentes.
Método que começa a ganhar adeptos noutros países
Sabemos que certas políticas entre empresas são expandidas por contágio e parece ser o caso deste método. A ideia da John Hancock já está a ser aplicada noutros países, como por exemplo no Reino Unido, de facto, através do Vitality Group, que será o parceiro da seguradora nesta mudança.
Segundo informações, a obrigatoriedade será aplicada a partir de 2019 para todos os seguros de vida, os seus clientes devem realizar uma monitorização de atividade, para que possam ter certas coberturas sob a forma de seguro.
Exames permanentes para determinar o tipo de coberturas
Pode parecer absurda a ideia mas na realidade a empresa precisa que os dados registados por estes dispositivos consigam determinar se as atividades do clientes estão ou não cobertas pelo seguro de vida.
É um raciocínio muito simples, quanto mais ativa for a sua vida, maior a probabilidade de viver mais e com melhor saúde. Portanto, a quem tenha certos bons hábitos será oferecido um melhor seguro com melhores condições. Se até agora estes seguros foram determinados pelo seu estado ao contratar e apresentar os exames médicos, agora querem uma análise constante, o que é conseguido através dos dispositivos de saude "que vestimos".
Atividade desportiva diária dá bónus
O segurado também receberá descontos para atingir os objetivos de exercício que marcam estes monitores de atividade, como os anéis Apple Watch, por exemplo. Além disso, se os dispositivos registarem os seus treinos diários no quantificador, poderão receber cartões de bónus para descontar em lojas parcerias da seguradora, uma espécie de prémio de incentivo.
A privacidade nunca mais será a mesma
Podemos pensar que, no final de contas, até é de salutar. São estímulos que se recebem para fazer mais pela saúde, até para pagar menos pela proteção dessa própria saúde. Contudo, estes dados estão cada vez mais à mão de semear das empresas, neste caso das seguradoras, que não terão problemas em realizar lucro com eles.
Imaginemos quantas outras empresas do ramo não estariam interessadas em saber se os dados são indicadores de diabetes, de colesterol, de hipertensão ou de outras doenças de que padecem os segurados?
Esta "ideia" ainda não chegou a Portugal, mas havendo já muitas companhias a atuar no nosso mercado que são estrangeiras, não deverá faltar muito para que esta "obrigatoriedade" seja para cada um de nós.
Este artigo tem mais de um ano
Patetice, quer dizer eu PAGO a uma SEGURADORA para me atribuir e assegurar serviços de bem estar e saúde em caso de algum problema urgente e ainda tenho que usar um medidor de actividade física? No mínimo ridiculo, venha quem vier.
Isso é a mesma coisa que eu comprar um carro e aderir a uma seguradora e essa mesma seguradora pedir que modifique ou compre uma peça para proteger o carro de acidentes!
Enfim, o que se há de fazer. Mas que é ridiculo é, é que para alem de pagarmos a seguradora ainda temos que comprar ou adquirir um medidor de actividade física, no minimo ridiculo. Se pagamos, não temos nada que usar nada disso.
Sim, não deixa de ter o seu lado ridículo, sem dúvida, mas hoje, para fazeres um seguro de vida/seguro de saúde, já é obrigatório, em determinadas companhias e em determinados produtos, apresentar relatórios médicos e exames a acompanhar. Portanto, este tipo de “update” dessa informação, passando de um caso pontual (no ato do contrato do seguro) passa a ser constante 🙂 claro que isso pode-se tornar perverso, e sim, concordo contigo pode passar a ser ridículo…
O problema mesmo é esse update, ou seja a companhia vai poder exegir que tu faças exercício todos os dias, em caso de terem de pagar por alguma coisa vão poder dizer que no domingo passado foste calão e não saíste de casa, logo o teu estilo de vida levou ao teu problema é não pagam.
O seguro é feito para cobrir um risco, se eles vem que estás a começar a ter arritmia pelas pulsações, vão dizer que já não te seguram, antes que esse problema se manifesta.
Felizmente, dado a lei de privacidade, existe alguma esperança que na Europa, isso possa não pegar.
Paulo L
tens de aprender a ler e a entender… estás completamente errado, basicamente os seguros para agarrados ao sofá não deixa de existir, nem és obrigado a ser monitorizado, o que acontece é que se praticares exercicio fisico e fores monitorizado pagas menos pelo seguro, se não queres, não és monitorizado e pagas mais pelo seguro. simples.
Pois então vai lá ver a notícia outra vez, basicamente és obrigado a partilhar essa informação para teres o seguro e de acordo com o estilo de vida que levas, o prémio que eles aceitam … ou não.
Não é facultativo, e só tens bónus se levares o que eles consideram uma vida saudável.
Falta recordar que o conceito de vida saudável tem evoluído e alterado ao longo das décadas, e vai continuar a mudar, porque quando tens atletas a morrer em campo ou no meio da sua actividade desportiva com problemas de coração, algo ainda não está 100% correcto
Esse ego enorme é que não te deixa ler a notícia em condições. Nem raciocionar as implicações.
Boas
Convém não esquecer que isto é num país onde se cometem as maiores alarvidades que se conhecem, ou seja EUA. Não creio que aqui. nós Europeus, alguma vez iremos permitir isto, como não permitimos, por ex as armas.
Quanto aos exames é perfeitamente normal, uma seguradora de vida, pedir alguns exames “normais”, como me pediram há uns 20 anos para o seguro de vida associado ao empréstimo de compra de casa. Nada de anormal aqui.
Alias convém não esquecer e eles não se deviam esquecer, que a actividade física é uma excelente forma de melhorar a saúde.
Cumprimentos
“nós Europeus, alguma vez iremos permitir isto, como não permitimos, por ex as armas.” Tal como a europa nunca iria permitir a censura na internet ou outros valores que estivessem em causa. Os interesses monetários falam sempre mais alto.
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/detalhe/parlamento-europeu-aprova-novas-regras-para-direitos-de-autor-na-internet
Mal qual censura qual quê. Não se confundam as coisas. Uma coisa são dados pessoais que não podem ser partilhados ou se partilhados só com autorização tua.
Outra coisa é publicares textos ou imagem que podem ser de outros.
Aliás essa lei do parlamento ainda não passou na totalidade, e outras semelhantes (Espanha e Alemanha já caíram). Além disso porque pode a Google meter por ex. no Google news noticias de outras fontes (e ganhar publicidade com isso) sem nada pagar, apesar de referir as fontes?
Sim sou absolutamente contra esta lei da “censura” mas não se confundam alhos com bugalhos.
Até aqui neste cantinho à beira mar plantado, no portal do SNS tens de explicitamente dar consentimento para a partilha dos teus dados de saúde que lá metes.
Fiquem bem
Censura sim. Os artigos em causa são de censura. Se ainda achas que não é porque não os leste na íntegra.
Quanto a esta questão da privacidade, a mesma coisa.
É ridiculo porque, acaba por ser uma prova evidente de que as seguradoras só servem para esmifrar dinheirinho às pessoas. Portanto, quanto menor o risco melhor. E com toda essa tecnologia, naturalmente que se revelará inútil um seguro de saúde… Talvez seja mais benéfico colocar esse montante numa conta poupança para precaver imprevistos.
Para não falar que é frequente ver pessoas a riscar seguros de saúde que não cobrem as doenças mais comuns (os termos científicos, nas letras pequeninas, dão muito jeito às seguradoras…).
Spoky julgo que entendeu mal, até agora as Seguradoras exigem que os proponentes a pessoas seguras respondam a um questionário clínico ou façam exames clínicos para avaliação do risco. Com a nova tecnologia passaram a poder avaliar os dados registados pelos equipamentos antes de aceitarem o risco.
Tratar clientes como criminosos que precisam de ser vigiados permanentemente… Os avanços do Big Brother cada vez mais vigilante… E quando tudo for vigiado, não há privacidade nem liberdade e viveremos num regime totalitário, uma prisão em que tudo o que fazemos é vigiado… E os corruptos do governo, não agem? Porque será?
Customers do not have to log their activities to get coverage even though their policies are packaged with the Vitality program.
Baby steps. Até parece que não sabes.
Ora bem, na realidade parece intrusivo, mas atenção que se trata de oferecer bónus face ao reporte de informação que pode ser interpretada como sinal de hábitos saudáveis de vida, “Policyholders score premium discounts for hitting exercise targets tracked on wearable devices such as a Fitbit or Apple Watch” e não parece ser obrigatória tal acção “Customers do not have to log their activities to get coverage even though their policies are packaged with the Vitality program”.
Mais a política parece ser encaminhar as pessoas para a auto-promoção da sua saúde. No site oficial pode ler-se: “Helping you live a longer, healthier life. Life insurance that saves you money and rewards you for healthy living. Now available on all our products.”, o que me parece louvável.
Cuidado com as conclusões precipitadas!
Mas depois surge outra questão, quem garante que a informação que o segurado presta é fidedigna, ou mesmo é a dele e não de outra pessoa qualquer?
IMEI. O Apple Watch só funciona com o Iphone a que esteja sincronizado. O mesmo se passa com a Fitbit.
A pergunta que se deve fazer é outra: se eu for passar uma semana a Marrocos, aumenta a probabilidade de vir a sofrer uma doença respiratória. A empresa seguradora pode usar os meus dados GPS para dizer que violei os termos do seguro de saúde/vida a ter feito essa viagem e não me permitir aceder aos tratamentos previstos pelo seguro que pago.
Miguel, tudo bem, mas quem garante que os dados fornecidos pelo IMEI são os do segurado? Posso pedir a um atleta que pegue no meu “IMEI” e dê umas voltas com ele. Certo?
Tipicamente português, arranja-se logo uma forma de contornar o sistema. LOLOLOL
Pois, o Madoff também era português!
Conclusão precipitada é acreditar no que eles dizem no website. Assim como acreditar num político.
Elas querem mais, muito mais! ADN… para saberem o que asseguram e não asseguram mesmo aos filhos futuros…
Só um pormenor, na União Europeia, Islândia, Noruega e Suíça, é completamente ilegal tal pedido ao abrigo do RGPD.
É um dado especial de saúde e como tal, o consentimento do utilizador não chega para uma seguradora, seja ela qual for, pedir tal coisa na UE. Nem com uma DPIA nenhuma seguradora conseguia autorização para tal disparate.
Então espera sentado e vais ver. O RGPD não funciona como tu estás a pensar.
O melhor seguro de saúde é aquela aplicação financeira que dá bom juro e o dinheiro fica do nosso lado.
Isto só é possivel na terras dos “beefs” e dos “yankees” e porque proteção de dados é coisa do faz de conta por essas bandas ! Na europa continental nem a google se tem safado portanto que as seguradoras comecem a tirar elações !
Então espera sentado e vais ver. O RGPD não funciona como tu estás a pensar.
O negócio das seguradoras devia ser um negócio de risco que pressupõe que a minorias dos clientes não sejam de risco. Num seguro de vida para empréstimo à habitação haverá uma pequena percentagem que não conseguirá pagar em vida todas as prestações, mas uma grande percentagem consegue pagar. O que as seguradoras querem é risco zero.
As seguradoras funcionam com o mote de culpado até prova em contrário.
Aqui sim, é discriminar o cliente!
Estúpido no mínimo!
Exige ou oferece desconto?? No UK ja existe a politica mas e’ totalmente facultativa.
É, até deixar de ser.
Tenho sérias dúvidas sobre a legalidade de tal medida na união europeia.Haveria concerteza total devassa da privacidade das pessoas o que seria inaceitável e o seguro passaria a valer zero.
Dúvidas do quê? Não está em conflito legal com nada.
Isto é invasão grosseira da privacidade.
Não acredito que na união europeia passe no crivo normal
E mais estamos a falar de dados pessoalissimos. A nossa constituição teria que ser alterada para que isso pudesse entrar em vigor
Não, não tem. Teria era de ser alterada para proteger esta situação.
Não acreditar é uma escolha tua. Não ajuda em nada nesta situação, pelo contrário.