Pyri: conheçam um inovador detetor de incêndios florestais em forma de pinha
Portugal está a combater várias frentes de incêndios, e esta praga já queimou floresta de norte a sul. Foi a pensar na deteção dos incêndios que um grupo de estudantes inventou o Pyri.
Os incêndios destroem as mais-valias florestais dos países, ano após ano, e nada os parece travar, nem mesmo a prevenção. Contudo, pequenas invenções poderão ser um auxílio precisos à deteção precoce.
Chama-se Pyri e é um sistema tecnológico, em forma de pinha, que utiliza uma casca de cera para se "camuflar de um elemento natural das florestas. Este "gadget" derrete no incêndio, ativa uma solução de água salgada que envia um sinal de aviso.
O que é o Pyri?
Pyri é um sistema de deteção precoce de incêndios florestais inspirado e baseado na natureza, concebido para proporcionar uma cobertura remota de baixo custo.
O sistema é ativado quando o calor de incêndios incipientes desencadeia a sua eletrónica orgânica inovadora, que emite um sinal de radiofrequência (RF) para alertar as comunidades vulneráveis.
Inspiração
As alterações climáticas estão a aumentar a frequência e a gravidade dos incêndios florestais a nível mundial. Até 2100, prevê-se que os incêndios extremos aumentem 50%, afetando de forma mais significativa regiões como o Ártico e as florestas tropicais, onde as comunidades não estão preparadas para fazer face a estas catástrofes.
A deteção precoce é crucial para atenuar os danos causados por estes incêndios. No entanto, as soluções convencionais são muitas vezes dispendiosas, complexas e difíceis de manter.
O Pyri, inspirado nas pinhas serotinas (pinhas que libertam as suas sementes apenas na presença de fogo), utiliza um mecanismo de deteção ativado pelo calor feito de materiais ecológicos e de origem natural que protegem o ambiente.
Como funciona
O Pyri é um sistema de deteção precoce especialmente concebido para comunidades remotas e vulneráveis. O processo começa quando os helicópteros de combate a incêndios ou o pessoal no terreno dispersam PyriPods em áreas remotas.
Quando um incêndio começa, um mecanismo no interior do PyriPod derrete e gera a energia necessária para ativar um circuito de sinalização e uma antena feita de um novo composto de carbono.
Este sistema emite um sinal de radiofrequência (RF) para torres de telecomunicações existentes ou recetores dedicados.
A partir daí, a localização do sinal é triangulada e comparada com dados meteorológicos e de satélite utilizando inteligência artificial (IA) para prever a probabilidade de um incêndio.
Este alerta é enviado para as equipas de emergência e para as comunidades em risco. Por fim, o PyriPod arde com um impacto ambiental mínimo, uma vez que é fabricado com materiais não tóxicos.
Processo de conceção
A conceção do Pyri baseou-se numa extensa investigação primária, com entrevistas a mais de 20 especialistas em incêndios florestais e membros da comunidade de diversas regiões, incluindo a Jamaica, a Turquia e o Canadá.
Estas conversas ajudaram a definir os critérios de conceção do Pyri, que se centraram nas necessidades complexas das pessoas diretamente afetadas pelos incêndios florestais.
Durante a fase de exploração técnica, a equipa investigou várias tecnologias de deteção, incluindo fatores como relâmpagos, fumo, calor e infrassons.
Foram realizadas experiências em laboratório para aperfeiçoar os conceitos, garantindo que o sistema satisfazia os requisitos de alcance, eficiência e durabilidade.
Trabalhando com peritos externos em geração de energia e radiofrequência, e com o apoio do Imperial College Hazelab, foram validados protótipos e testada a viabilidade teórica da geração de energia, sinal e transmissão de rádio.
Estes desenvolvimentos conduziram a um pedido de patente para as ideias inovadoras.
Posteriormente, foi recolhido o feedback das partes interessadas, garantindo que o Pyri não só respondia aos desafios técnicos da deteção de incêndios, mas também às necessidades do mundo real.
Além disso, a equipa passou do desenvolvimento tecnológico para a conceção de produtos através da conceção de sistemas, conceção industrial e conceção para fabrico e montagem.
Qual é a diferença?
Embora tenha havido avanços recentes na deteção de incêndios, tais como sensores da Internet das Coisas (IoT) e drones, estes são muitas vezes dispendiosos e requerem conhecimentos especializados para instalar e manter, tornando-os difíceis de adotar em áreas com recursos limitados.
O Pyri oferece uma alternativa sustentável que reduz os custos e o tempo de implementação, integrando-se perfeitamente nas infraestruturas de gestão florestal e de telecomunicações existentes.
O que torna o Pyri único é a sua abordagem sustentável, evitando a utilização de materiais tóxicos e terras raras, típicos dos sistemas de deteção de incêndios, em favor de materiais abundantes e amigos do ambiente. Não existem ideias ou conceitos semelhantes no mercado.
O Pyri destaca-se pelo seu funcionamento de baixo custo, que não requer uma instalação especializada ou manutenção constante. Para além disso, a capacidade do Pyri para escalar massivamente e a sua precisão de localização oferecem vantagens distintas em termos de cobertura e capacidade de resposta.
Enquando nao vigiarem as matas e nao preenderem os incendiários, bem podem inventar mecanismos e despejar dinheiro no problema.
Os incêndios em Portugal nada têm haver com alterações climáticas. Todos os fogos têm causa humana. Seja crimonosa ou por negligência. A unica coisa que poder parar os fogos é punição forte incluindo prisão perpétua.
isso, e cada vez que exixtir um incendio serem obrigados a participar no combate.
Exatamente, não se pode continuar a tratar os incendiarios como maluquinhos e do estilo olha ficas de castigo 5 dias e voltas para a vida normal. Não pode ser , os incendiarios sao criminosos , sao terroristas , sao assassinos e como tal o castigo maximo deveria ser os 25 anos de cadeia e acabou.
Já as negligencias tambem deviam ser punidas com multa , o pessoal que atira o cirraginho à toa para o meio do nada ou pessoal que faz lixo que tambem causa fogos.