Baterias de iões de sódio, o futuro das baterias
As baterias de iões e polímeros de lítio estão por todo o lado, mas têm um grande problema: o lítio é um elemento cada vez mais raro e só se encontra, de forma explorável, em algumas zonas da América do Sul.
Alheios a isso estão os consumidores, que não sabem que esse facto é um problema cada vez mais grave, e por isso as baterias de iões de lítio estão cada vez mais caras, mais raras e o seu fornecimento é um trunfo político e estratégico. Assim, torna-se urgente encontrar alternativas. Baterias de iões de sódio (Na-ion), dizem-lhe alguma coisa?
O sódio tem uma química muito similar ao lítio. Assim que as baterias de iões de lítio começaram a chegar ao mercado, os investigadores olharam de imediato para o sódio como uma alternativa ao lítio, nas baterias recarregáveis.
Ao contrário do lítio, as reservas de sódio são praticamente ilimitadas. O maior obstáculo do sódio para dominar no segmento das baterias é o desenvolvimento dos eléctrodos apropriados.
No passado mês de Novembro, uma equipa de investigadores franceses do CNRS, Le Centre national de la recherche scientifique e a equipa da CEA, Comissão de Energia Atômica e Energias Alternativas, anunciaram num artigo que estavam a produzir em colaboração com o RS2E, Research Network on Electrochemical Energy Storage, um protótipo de uma bateria de iões de sódio. Esta bateria consegue armazenar energia na mesma quantidade e no mesmo formato padrão da indústria das baterias de iões de lítio. Estas baterias são, contudo ligeiramente mais largas que as tradicionais baterias AA—18 mm x 65 mm.
Embora a notícia no artigo chame à composição do eléctrodo negativo "um segredo comercial", a equipa registou uma patente em Outubro deste ano, descrevendo um eléctrodo negativo com uma estrutura em camadas com base no composto de óxido de titânio Na2Ti3O7, assim como o método para produzir esse composto.
Estas estruturas podem armazenar os iões de lítio e, recentemente, os investigadores começaram a testar a sua adaptação para que também possam armazenar os iões de sódio.
The chemistry is very close to that of the lithium battery, and from that point of view there are no major difficulties; the mechanisms are the same ones and all the industrial processes for their production are the same
Referiu Laurence Croguennec, cientista de materiais do Institut de Chimie de la Matière Condensée de Bordeaux.
Um problema que persiste é que o sódio é menos eficiente como portador de carga. Uma bateria de sódio perde 0,3 volts quando em comparação com uma bateria de lítio. É necessário desenvolver materiais que possam funcionar com tensões mais elevadas e que forneçam uma mais ampla capacidade.
Ainda não há uma ideia clara de quando as baterias de iões de sódio possam atingir uma paridade com as baterias de iões de lítio. Em 6 meses já muito foi feito e os resultados são muito animadores. O seu desempenho, para o ponto de partida, é muito interessante e como os materiais ainda podem ser aperfeiçoados, o futuro, próximo, poderá trazer resultados já com uma prestação animadora para o mercado.
Actualmente, as baterias de sódio têm uma capacidade de armazenamento de 90Wh/kg, que é um valor comparável com as baterias de lítio quando estas estavam na sua fase inicial.
Os responsáveis referem que ainda estão longe do tipo de armazenamento que as mais avançadas das baterias podem oferecer, como por exemplo as que podemos encontrar no carros da Tesla, mas é uma verdade que o nível de conhecimento, tendo por base o que já se conhece dos materiais usados nas baterias modernas, possibilita uma evolução mais rápida destas novas tecnologias.
Como refere Croguennec, os protótipos ainda não estão prontos para o mercado, mas a CEA acredita que será de interesse para a indústria e por isso estão já em conversações com possíveis parceiros industriais.
Este artigo tem mais de um ano
A piada disto é que que assim se reduz a quantidade de água salgada e torna doce 😉
*volts = volt
É uma unidade não tem plural. Artigo interessante 🙂
Dizem os “gurus do Português” que é volts 🙂
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/unidades-de-medida/705
Dizem mal. Muito mal.
As unidades definidas com nomes de pessoas (Volt, Ampère, Hertz, etc, etc) não têm de facto plural. Exemplo: 15 Volt.
Bom artigo.
todas os nomes de unidades têm plural, é indistinto se vem dum nome duma pessoa ou não
As unidades NÃO têm plural. O facto de toda a gente dizer volts ou amperes não o torna correcto. Toda a gente diz “Kilos” e Kilo é apenas um prefixo de multiplicação por mil.
os símbolos das unidades é que não têm plural, os seus nomes escritos por extenso têm plural de acordo com as regras linguísticas. As pessoas fartam-se de fazer confusão entre estas duas coisas, por causa das regras das convenções internacionais e até a legislação portuguesa, definirem a questão do plural para os símbolos, mas isso não se aplica aos nomes.
Não existe kilos ou kilo na língua portuguesa para este contexto, mas existe quilo(s) que pode ser usado como redução da palavra quilograma(s), e portanto com significado de quilograma, e nesse contexto pode ter plural.
O símbolo de uma unidade é que não tem plural; neste caso o símbolo seria V.
A escrita por extenso do nome da unidade tem plural, seguindo as regras linguísticas.
A única coisa que poderias apontar é que ao usar algarismos para o número seria mais correcto usar o símbolo da unidade em vez do nome por extenso, mas isso é um excesso de zelo
A questao e’ que nunca se deve escrever as unidades mas apenas o simbolo.
“5 V” esta’ escrito correctamente e diz-se “cinco volts”
Escrever “5 volts” / “cinco volts” nao e’ a forma correcta de escrever. Pode estar escrito correctamente mas deve ser evitado. E’ aquela coisa de eu “escrever como falo” que esta errado neste caso.
Isto aplica-se a outras coisas como: Kg, A, V, lm, etc.
não há nada de errado em escrever cinco volts por extenso. O que é preferível é usar o símbolo da unidade quando se usam algarismos
se escreveres 5V é diferente de escrever 5 volts, até porque a primeira faz parte do sistema INTERNACIONAL de unidades, o resto já são caracteres que apenas tiram “harmonia”… se o objectivo de comunicar é tornar comum, quanto menos ruído usar no código usado melhor… e ajuda a parecer mais inteligente… já que isto são coisas básicas.
@Jorge: “kg” é com k minúsculo! (caso contrário estaríamos a falar de “kelvin grama”)
Ai de mim colocar isso na minha tese assim. Era crucificado na defesa.
Pelo que sei, falo pela minha experiência, há alguma falta de rigor científico em muitos artigos fora da comunidade investigadora.
Mas dá para entender, é só rigor que está em questão.
Nada mais ,ao sejam mesquinhos com o autor
Claro que tem. “Metro” também +e uma unidade, e tu não dizes 50 metro. Ou garrafão de 5 litro.
Só se aplica aquela regra em unidades definidas por nomes de personalidades.
Não é o caso do metro nem do kilo, mas do Volt, Newton ou outros…
todas os nomes de unidades têm plural.
Não é por ter vindo do nome duma pessoa que o nome da unidade representa uma pessoa.
Boa tarde,
As unidades não tem plural, podes consultar um catalogo feito pela a comunidade cientifica internacional e verificaram que de facto diz-se 50 metro ou 50 litro ou 50 volt. O senso comum é que diz 50 litros, o que para estabelecer uma conversa de café não é relevante, no entanto num artigo cientifico,deve-se ser cientificamente correcto.
cumprimentos
e que catálogo é esse?
talvez devesses ler as regras definidas pela SI e pela legislação portuguesa.
É claro que as unidades de medida têm plural!
Ex: 1 metro, 20 metroS.
Os símbolos não têm plural:
Ex 1m, 20m
Senhores, estou realmente impressionado pela inutilidade dessa celeuma. É uma legítima discussão bizantina.
Parabéns aos envolvidos.
Há uma coisa que não entendi (e não sei). O lítio de uma bateria antiga não pode ser reutilizado numa nova bateria? Ou é algo que “queimou” depois de ser usado?
está cheio de óxido de litio. ao longo do tempo começa a oxidar e impede a livre circulação dos eletrões.
O lítio pode ser reciclado, mas de momento não compensa economicamente. Também está longe de ser o que custa mais nas baterias.
Artigo interessante.. é pena é que só procure alternativas quando o que há está a extinguir-se
e é o quê?
Em tempos comprei no eBay 4 ‘pilhas’ de Níquel/Zinco para uma máquina fotográfica e eram muito boas, o problema era a tensão final do conjunto, no lugar de 2,4 quase 3,6 Volts 🙂
http://cdn2.goughlui.com/wp-content/uploads/2014/02/DSC_1017.jpg
Não deixa de ser interessante, temos telemóveis com ecrãs 4k mas não temos baterias capazes o suficiente para esses ecrãs… E o pedido número 1 dos consumidores é bateria. Já foi ‘provado’ por várias consultas de mercado de que o pessoal não quer mais resolução, processadores com mais cores, o câmaras de 20 megapixels mas sim uma bateria que dure mais sem ter que se carregar. Vamos lá ver se este tipo de tecnologia evolui visto que tem estado “parado” em comparação aos restantes componentes tecnológicos.
Pode ser que os carros elétricos possam dar um boost na tecnologia de baterias. E o que não deixa de ser engraçado é que os carros primeiro foram elétricos pois eram para “pequenos” percursos citadinos.
Não tenho dúvidas, este é o melhor site português, aprendi muito ao longo desses últimos 8 anos que vos sigo. Parabéns.
Os dois primeiros parágrafos são completamente falsos.
http://fortune.com/2015/09/16/tesla-lithium-gigafactory-nevada/
Desculpa lá, mas tu confirmas o que eu digo 😉 com esse artigo e eu acrescento outro que confirma ou reforça o que refiro, mas vamos por partes.
Eu, ou melhor, o artigo onde suporto o meu artigo refere o seguinte:
As baterias de iões e polímeros de lítio estão por todo o lado, mas têm um grande problema: o lítio é um elemento cada vez mais raro e só se encontra, de forma explorável, em algumas zonas da América do Sul
Na verdade, segundo o teu artigo é totalmente verdade, so nalgumas partes da América do sul é que há lítio e como é cada vez mais raro face à necessidade crescente desse produto, a Tesla tem de se deslocar para uma determinada área para o conseguir. Apenas me estás a dar razão.
Agora o segundo parágrafo.
Alheios a isso estão os consumidores, que não sabem que esse facto é um problema cada vez mais grave, e por isso as baterias de iões de lítio estão cada vez mais caras, mais raras e o seu fornecimento é um trunfo político e estratégico.
Segundo uma notícia do final do verão deste ano, o valor por tonelada do lítio havia disparado, como podes ver aqui: http://bit.ly/1OSefj5
Na parte da “arma” política e estratégica, deixo.te um artigo da Fortune para leres e perceberes esse mercado: http://for.tn/1HTrgcV
Mas, porque coloco no artigo a questão estratégica?
Porque, como deves saber (se não sabes eu agora informo-te) Portugal tem maior mina de lítio da Europa, contudo o lítio na América do Sul funciona como o eixo da geopolítica energética mundial. Por isso é que o consumo aumenta, o preço por seu lado não diminui, o controlo é estratégico, procuram-se alternativas para não haver dependências políticas mas há um desenvolvimento retardado, propositado, derivado de certos lobbys.
A par disso, há aqui um tema curioso: A mina da Felmica, na região da Guarda, é a maior da Europa e dispõe de reservas para 30 anos de produção. Portugal é já o quinto produtor mundial deste mineral. Portugal dispõe de dois milhões de toneladas de reservas de minério de lítio. Quanto a reservas possíveis, a fasquia sobe até às doze milhões de toneladas, o que é suficiente para perto de 70 anos de exploração mineira.
Mas porque é que Portugal, dadas estas reservas, não é com isto um país rico?
O problema é que Portugal apenas vai até à produção de concentrado de lítio, ou seja, não acrescenta mais valor ao seu produto, tendo que o vender em bruto para os smelters (proprietários de fundições) de outros países. Esses, sim, é que entregam à indústria automóvel o lítio pronto para ser utilizado em baterias de carros eléctricos. São também estes intermediários que facturam uma parte considerável do processo de transformação do lítio.
…havemos de voltar a este tema 😉
Esse artigo diz q a Tesla vai comprar lítio no Nevada. O que significa q não é só na América do Sul que o lítio é explorável. O lítio não é raro.
“Musk: Actually, I think lithium in terms of energy storage, lithium I think is definitely the future and will be for a long time. There’s actually not a shortage of lithium on earth. Lithium is number three on the periodic table. It’s actually extremely common. Any salty water has lithium. There definitely won’t be a lithium constraint on energy storage for batteries. I feel pretty confident that one could make enough batteries to store all the energy that the world needs with the current resources that are available, yeah.”
Fonte:
http://www.autoblog.com/2015/12/05/full-text-of-elon-musks-paris-cop21-speech/
As reservas mundiais de lítio encontradas em 2008 foram estimadas em 13 milhões de toneladas pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos. Os depósitos de lítio foram encontrados na América do Sul em toda a extensão da cordilheira dos Andes. O Chile é o principal líder na produção de lítio, seguido pela Argentina. Ambos os países extraem o lítio nas piscinas de água salgada. Nos Estados Unidos, este elemento químico é extraído das piscinas de água salgada de Nevada. Entretanto, metade das reservas mundiais conhecidas estão armazenadas na Bolívia, uma nação situada sobre os declives do leste central dos Andes.
Em 2009, a Bolívia foi negociando com as indústrias japonesas, francesas e coreanas para a sua extração. De acordo com o Serviço Geológico Norte-Americano, o deserto de Uyuni tem 5,4 milhões de toneladas de lítio. Uma nova descoberta de depósito de lítio nas Rochas de Springs Uplift, nos Estados Unidos da América está estimado em 228000 toneladas. Depósitos adicionais na sua formação poderiam extrapolar a última previsão citada, chegando a 18 milhões de toneladas.
Para além da indústria automóvel, o lítio também, é utilizado na indústria eletrónica (telemóveis), farmacêutica e prevê-se que venha a ter cada vez mais aplicações na indústria aeroespacial e também na área militar.
A preocupação das construtoras de automóveis é tão grande em relação ao lítio que algumas já estão a entrar no capital social de algumas empresas mineiras em várias zonas do globo. A nipónica Mitsubishi ainda recentemente tomou posição em algumas empresas do sector extrativo, na área do lítio, em dois países da América do Sul. Também a Toyota terá feito o mesmo, segundo algumas fontes do sector automóvel.
Com estes avanços para a área mineira, a indústria automóvel quer garantir, de alguma forma, que não vai ter problemas no abastecimento dessa importante matéria-prima, para que a nova área de negócio dos carros elétricos, que agora desponta, não fique comprometida.
A maior parte do planeta é coberta por água salgada. A Tesla está a construir a maior fabrica de baterias de lítio do mundo que vai produzir mais baterias num ano do que a produção todas de baterias de lítio de 2013. E as baterias podem recicladas. Nada do que dizes prova que o lítio é raro. É a Tesla que forneces as baterias à Toyota ou pelo menos fornecia. Deixaram de fornecer pq não têm capacidade de produção de baterias suficiente para fornecer a Toyota. Por isso a Toyota passou a apostar no hidrogénio.
Estás a fugir à questão. Para teres lítio em concentrações necessárias não é com a água do mar, isto em grosso modo e já te deixei atrás as reservas estimadas e por isso são, “finitas”, segundo os institutos que estudam esse elemento metálico. É, portanto, um elemento raro (face ao que está a acontecer em termos de procura) e pode acabar, essas são preocupações bem reais e já não são de agora. Tanto é que as empresas querem garantir a sua reserva para os seus projectos, tal como deixei escrito no meu comentário anterior. Posso-te passar mais artigos sobre o assunto que vires que não acreditas.
Mas, além disso, há um problema grande, que está nos “smelters” que não são tantos no mundo quanto isso e os “gigantes” encontram-se alguns na China, mas sobretudo na América Latina e nos Estados Unidos. A concentração maior é no continente americano.
A prova que o lítio é raro e caro, principalmente porque é como referi um eixo da geopolítica energética mundial, cada vez mais a regra é reciclar e a Tesla, porque tem cada vez mais uma grande necessidade de lítio para o seu negócio das baterias para o uso doméstico e para o segmento automóvel, tem de reciclar, não tem outra solução, pois não haverá no futuro lítio suficiente.
O hidrogénio, é outra aposta, embora ainda com alguns, poucos, adeptos poderosos. A energia eléctrica está para já a vencer. A aparição do sódio não é inocente, além de mais barato e mais abundante e poderá, dentro de pouco tempo, ser tão poderoso como o lítio.
Não estou a fugir à questão. O Lítio não é raro e não existe apenas na América do sul como tu próprio afirmaste. É relativamente fácil de produzir. No caso da Tesla o lítio vai diretamente do sítio onde é extraído para a Gigafactory por isso o problema das fundições(“smelters”) não se coloca.
http://www.forbes.com/sites/timworstall/2014/08/03/is-there-enough-lithium-to-feed-teslas-gigafactory/
O lítio simplesmente não é algo que pesa muito no preço das baterias (cerca de 3%), daí nem sequer haver grande mercado para reciclar lítio das baterias. E segundo o próprio artigo que indicaste nem sequer o seu preço tem variado muito nos últimos 7 anos. Nem há de momento falta de capacidade extractiva para evocar raridade, nem falta de baterias, nem elas estão mais caras. Aliás muita gente estima que o preço por kWh venha a cair nos próximos anos.
O problema está na concentração das maiores minas num pequeno número de países com algumas tendências políticas que muitos investidores não confiam, e ser também um pequeno número de empresas a controlar o mercado mineiro. É aqui que são invocadas vantagens para baterias de sódio.
Não é só na América do sul que existe reservas de litium, Portugal é o 5° maior fornecedor
Exatamente, podemos garantir um futuro para o mercado de veículos elétricos, caso construamos cá as fábricas de baterias n existirá a necessidade de importação nem dependência do exterior para obter este elemento.
Vejam os produtores de lítio:
http://investingnews.com/daily/resource-investing/energy-investing/lithium-investing/2013-top-8-lithium-producing-countries/
De notar que o maior produtor de lítio é a Austrália, que produz 23vezes mais que Portugal, mas dado que a área da Austrália é cerca de 83 vezes superior à de Portugal, nós temos assim aprox. 4vezes mais lítio por unidade de área do que a Austrália,atualmente considerado o maior produtor do mundo de lítio Interessante!!
Obrigado amigo Ricardo pelo seu comentário, acabei de visionar algo que poderá tornar Portugal auto sustentável energéticamente e também exportação numa era em que as baterias vão estar presentes em todos os veículos, transportes, para armazenamento de energia solar em casas, etc ,sendo a assim a procura de lítio vai ser elevada no futuro.
Resta saber se compensa construir fábricas de baterias cá em Portugal para aproveitamento direito deste elemento.
o lítio é apenas uma pequena parte das baterias, sendo até relativamente barato. Haver minas em Portugal acaba por não fazer grande diferença na questão “energética”.
De momento não faz diferença porque o uso de baterias está mais limitada a pequenos dispositivos, mas visto que a tendência é a massificação de veículos elétricos, bancos de armazenamento junto a centrais elétricas, solares etc. Este é conceito futuro, no qual a energia é produzida e logo armazenada, alem disso o uso de energia solar cresce a grande ritmo e serão necessários bancos de energia com mais capacidade e menor custo para instalação em residências.
A produção de baterias vai crescer exponencialmente para a demanda futura.
O lítio é o composto principal, depois a bateria tem como materiais tb o cobre, alumínio e grafeno que é obtido da grafite. A produção dos blocos de oxido metálico de lítio( elemento principal das baterias) é que deverá ter processos extras que não tenho noção dos custos nem do grau de complexidade para opiniar relativamente a existir um laboratório desses cá para produção.
Provavelmente o investimento seria demasiado grande para ter uma fábrica de células para baterias cá.
O lítio é o elemento principal em termos de química de “acumulação” de energia, mas isso não implica que é o material em maior quantidade na bateria nem o maior custo duma bateria. Quer em peso/massa, quer em custo, o lítio é uma muita pequena parte de toda a bateria, cerca de 3%.
Por isso é que digo, ter lítio em Portugal não serve de grande coisa, por si só não traz nenhuma grande vantagem, falta tudo o resto com maior peso no fabrico duma bateria. Aliás o lítio em Portugal é usado principalmente para cerâmica, não tem sido usado para baterias (o que necessitaria de investimento na purificação).
Agradeço a informação. Tb temos boa produção de cerâmica, a cerâmica é um elemento que é utilizado no fabrico de baterias recentes, que, através de um determinado processo, as torna mt mais seguras a nível de estabilidade química.
não será certamente com a cerâmica “portuguesa” que fazes uma bateria. São cerâmicas muito diferentes
De notar que o maior produtor de lítio é a Austrália, que produz 23vezes mais que Portugal, mas dado que a área da Austrália é cerca de 83 vezes superior à de Portugal, nós temos assim aprox. 4vezes mais lítio por unidade de área do que a Austrália,atualmente considerado o maior produtor do mundo de lítio Interessante!!
Obrigado amigo Ricardo pelo seu comentário, acabei de visionar algo que poderá tornar Portugal auto sustentável energéticamente e também exportação numa era em que as baterias vão estar presentes em todos os veículos, transportes, para armazenamento de energia solar em casas, etc ,sendo a assim a procura de lítio vai ser elevada no futuro.
Resta saber se compensa construir fábricas de baterias cá em Portugal para aproveitamento direito deste elemento.
Discussão interessante!…
Na questão das reservas de Lítio não excluiria a questão do preço da produção. Mesmo sem conhecer valores concretos não duvido que existam grandes discrepâncias.
O tema das baterias tem sido o centro das atenções no que à Tesla diz respeito, e os comentários do Elon Musk a esse respeito têm sido bastante importantes para perceber o ponto em que se encontram as coisas.
Num investimento Bilionário(Gigafactory), como se garante que uma destas alternativas, que se noticiam, não vai arrasar este investimento? Pelo que afirmam, uma alternativa, a existir, não estará para breve, o que não impede que sejam feitas inovações a nível químico, que resulte em sucessivos aumentos de capacidade das novas baterias.
Também seria importante perceber a evolução que se pode esperar nos seguintes parâmetros:
– Tempo de vida da bateria;
– Custo das baterias;
– Nº de ciclos de carga que aguenta;
– KM’s percorridos por ciclo de carga;
– Degradação do desempenho da bateria no seu tempo de vida útil;
– Capacidade da bateria para conservar a carga entre carregamentos, quando o carro não está a ser utilizado.
Para mim, este são os fatores que me têm impedido de comprar um carro eléctrico e que, na minha opinião, serão determinantes para a massificação da utilização desses carros.
Mas o fator fiscalidade pode vir a baralhar estas contas…
Numa bateria para carro em que a densidade de energia e peso são importantes, não é nas baterias de iões de sódio que se encontram as vantagens. O tamanho dos iões de lítio dá logo à partida alguma vantagem em termos de densidade de carga, a que se soma o muito maior investimento em investigação. No peso o lítio também dá uma pequena vantagem. Em custo, a haver alguma vantagem do sódio seria muito pequena face ao custo total das baterias.
As baterias de iões de sódio estão apenas numa fase inicial, pelo que a sua performance equivale a baterias de lítio mas das primerias gerações.. Ainda requer evolução..
Parte-se do principio que são as baterias de Lithium Nickel Manganese Cobalt Oxide (LiNiMnCoO2) e Lithium Iron Phosphate(LiFePO4) vão estar bem presentes no mercado nos próximos tempos .
As células LiFePO4 estão a ficar cada vez mais comuns em veículos elétricos, equipamentos e a substituir gradualmente as baterias dos sistemas solares de gel e ácido . As células de LiNiMnCoO2 já são comercializadas em algumas ebike’s devido a possuírem uma densidade de energia superior às de LiFePO4, tornando as baterias mais leves que uma da mesma capacidade de LiFePO4.
A maior parte do fornecimento de baterias vem da China e em breve USA devido às gigafactories de baterias que Elon Musk está a construir.
em termos puramente teóricos, havendo químicas com o mesmo nível de avanço tecnológico, o tamanho dos iões de lítio será sempre vantagem em termos de coordenação face a iões de sódio que são maiores, isto é, o seu tamanho dá-lhe à partida vantagem em termos densidade de carga.
E as baterias de aluminio cuja noticia saiu há uns tempos… já foram postas de parte, na teoria pareciam bem melhores
Faz oito anos comprei um carro hibrido. Acabou a vida útil das baterias que serviam para acumular a energia de travagem e foi necessário substituir. São bem pequeninas, pois a sua capacidade não vai além de conseguir mover o carro a uma velocidade de 49km/hr durante um kmt em terreno plano. Pois o seu custo é bem salgado: três mil euros + IVA. Feitas as contas, fiz um mau negócio, pois o que poupei em combustível gastei ainda mais nas baterias! Quem estiver interessado nos eléctricos não se esqueça de fazer contas ao custo do aluguer ou compra das baterias.
A matéria não aborda o principal problema das baterias de íons de sódio, que é sua temperatura de trabalho, para ela funcionar o sódio precisa estar no estado líquido, o que faz com que a temperatura de trabalho seja entre 250°C a 350°C. O que obriga essas baterias a receberam carga constante quando fora de uso, para que se mantenham prontas para uso. https://pt.wikipedia.org/wiki/Bateria_de_sal_fundido