O cerco apertado à Huawei por parte da administração de Donald Trump não parece ter fim à vista. Com estas restrições, a marca chinesa viu os seus negócios com as mais importantes fornecedoras e empresas a serem barrados.
Nesse sentido, a Huawei tem agora planos para construir uma fábrica na China e, desta forma, contornar as sanções dos Estados Unidos.
As restrições e bloqueios impostos à Huawei pelos EUA, levaram a que os negócios e parcerias que a chinesa mantinha com várias e importantes empresas fossem suspensos. Para voltar a negociar com a marca, as empresas devem obter uma autorização por parte do governo de Trump.
Segundo as últimas notícias, algumas fabricantes já conseguiram essa mesma autorização, como por exemplo a Intel, a AMD e a Sony.
No entanto, os entraves impostos pelos EUA, levaram a que a Huawei fizesse mudanças drásticas, tais como deixar de lado a loja de apps da Google e criar a sua própria App Gallery. Para além disso a empresa está também a desenvolver o seu próprio sistema operativo para smartphones.
Huawei quer ter fábrica na China para fugir às restrições dos EUA
Segundo as informações, a Huawei está a planear abrir uma fábrica de chips na China, nomeadamente em Xangai. As notícias indicam que o local seria administrado por pela Shanghai IC R&D Center, uma empresa de pesquisa de chips parceira que é apoiada pelo governo municipal. O objetivo da empresa chinesa é contornar os bloqueios impostos por parte do governo norte-americano.
Mas este plano traz também alguma reviravolta à situação com os EUA. Isto porque, de acordo com algumas fontes, a Huawei não irá usar nenhuma tecnologia norte-americana.
Em suma, este projeto iria permitir à empresa chinesa garantir a produção de componentes para os seus principais negócios na área das telecomunicações. Segundo as informações, com esta fábrica, a Huawei poderia produzir chips mais avançados de 28 nm até ao final de 2021, de modo a promover o mercado das Smart TVs e ainda outros equipamentos para a Internet das Coisas.
Um outro objetivo é a produção até ao final de 2022 de chips de 20 nm, os quais seriam usados no fabrico de grande parte dos equipamentos de telecomunicações 5G da Huawei.
Mas, como seria de prever, a marca ainda ficaria longe da litografia atualmente usada nos seus smartphones, de 14 nm. No entanto, espera-se que a fabricante consiga produzir chips competitivos até ao final desta década.
Ou seja, esta solução não irá resolver no imediato os problemas da Huawei com o governo norte-americano. Mas haveria sim frutos a longo prazo.