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Guerra com EUA faz China investir milhões em empresa chinesa de chips

Os conflitos entre os Estados Unidos da América e a China vão muito mais além dos mais recentes relacionados com a pandemia da COVID-19. Esta amarga relação acentuou-se depois que o país de Donald Trump apertou o certo à Huawei e impôs várias restrições comerciais à empresa chinesa.

Mas o vento parece estar a mudar e o setor tecnológico chinês está a investir sobretudo nos produtos nacionais. Esta decisão vai permitir que o país asiático dependa cada vez menos dos EUA.


China investe mais de 2,2 mil milhões de dólares em empresa local de chips

De acordo com as últimas informações, os fundos apoiados pelo Estado chinês injetaram 2,25 mil milhões de dólares, pouco mais do que 2 mil milhões de euros, numa fábrica local de chips.

A fábrica designada de Semicondutor Manufacturing International Corp. (SMIC), pertence ao Estado e é a maior empresa da China de semicondutorese. A SMIC tem fábricas na China continental e escritórios nos EUA, Itália, Japão e Taiwan.

O objetivo da China com este investimento é apoiar o fabrico de chips com tecnologia avançada, uma vez que o governo americano parece não ceder nas restrições ao país asiático. Para além disso, a China pretende também aumentar a capacidade de produção mensal em 5 vezes.

De acordo com um comunicado divulgado nesta sexta-feira pela SMIC, o capital social da fábrica aumentou de 3,5 mil milhões de dólares (~3,2 mil milhões de euros) para 6,5 mil milhões e dólares (~6 mil milhões de euros), depois do investimento do governo chinês.

Atualmente a fábrica tem capacidade para produzir mensalmente 6.000 wafers de 14 nanómetros, mas pretende aumentar essa capacidade para 35.000/mês.

Esta é assim uma resposta da China aos EUA, sendo também mais um passo para diminuir a dependência que a nação asiática tem do país de Donald Trump. Relembramos que, entre outros conflitos, os EUA pretendem manter as restrições à Huawei até 2021, alegando “riscos para a segurança nacional”.

Outro sinal de que esta guerra ainda está para durar, é que o Estado chinês deverá incluir empresas americanas, como a Apple, na lista de marcas não confiáveis.

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