Apresentação Nintendo Switch
Tal como o Pplware aqui revelou, a Nintendo Switch, a próxima consola Nintendo, vai ser lançada no próximo mês de Março. Desta forma e com o rápido aproximar da data a Nintendo Portugal encontra-se a mostrar a sua nova coqueluche aos diferentes meios de comunicação gaming.
O Pplware, como não poderia deixar de ser, esteve presente e já pegou (literalmente) na nova consola Nintendo ... venham ver um pouco mais.
Os últimos meses têm sido pródigos em novidades sobre a Nintendo Switch. Rumores, suspeitas, fugas de informação ... enfim, houve uma grande mobilização dos meios de comunicação em redor da nova consola Nintendo.
O momento de todas as certezas encontra-se prestes a chegar (3 de Março é o dia) e aquela que promete não ser apenas mais uma consola mas a consola que nos vai ensinar uma nova forma de divertimento digital, vai-se revelando aos poucos.
E foi com isto em mente que, com grande expectativa e curiosidade, o Pplware se deslocou até à sede da Nintendo Portugal para ver e sentir em primeira mão a nova consola Nintendo, a Switch.
Se qualquer dúvida havia sobre a força da aposta da marca japonesa com a Switch, rapidamente se dissipou quando cruzámos a entrada das instalações localizadas em Lisboa. A Nintendo vestiu-se de Switch e a Switch é a actual Rainha da Nintendo.
A Consola
Apesar da apresentação da consola se ter orientado mais para os jogos que para a consola em si, acabámos por passar algum tempo a falar dela com o responsável Nintendo e de a apreciar de uma forma mais dedicada.
Esteticamente a consola é bastante elegante. Apresenta linhas simples e sem grande "alarido ou ruído" e sem pormenores excessivos nem desnecessários, roçando a austeridade. Acima de tudo transmite uma mensagem de simplicidade e sentido prático.
Quando montada no formato Handheld Mode (com ambos os Joy-Cons), a consola apresenta-se com um look semelhante ao dum comando Xbox. Em termos de dimensões acaba por ser um pouco mais estreita que o Gamepad da Wii U, o que também a torna mais orientada para levar para o exterior. Neste capitulo, o único pormenor que talvez seja menos positivo, será o da ausência de uma ergonomia mais adequada (falta um adequar da traseira da consola aos dedos).
Um outro ponto que tínhamos curiosidade em esclarecer prendia-se com a dimensão do ecrã quando no modo Table Top Mode. Os receios de que as 6,2'' se tornem demasiado pequenas quando neste modo, acabam por ser algo fundados. As 6,2 polegadas acabam por exigir que os jogadores não se afastem muito da consola.
Surpreendentemente (ou não), a consola é bastante leve. Também não poderia deixar de ser de outra forma, pois trata-se de uma consola que também é portátil. Uma vez que se trata de uma consola também fina, os gatilhos acabam por se encontrar um pouco juntos em demasia mas a habituação é rápida e ao final da apresentação já mal se notava esse pormenor.
Apesar da aparente fragilidade, a Nintendo Switch é robusta quanto baste. É claro que não desatámos a atirar a consola nem os Joy-Cons à parede mas, segundo o responsável Nintendo, essa aparente delicadeza da consola é apenas ... aparente.
De referir ainda o controlador vendido à parte (com a consola vêm apenas dois Joy-Cons e a base) que se veio a revelar como um acessório bastante útil, especialmente para quem está habituado aos controladores da concorrência.
À semelhança da forma como se encaixam os Joy-Cons na consola para fazer dela um controlador, também se pode encaixar protecções nos mesmos quando usados em separado. A forma de encaixar e desencaixar é extremamente simples e funciona através de um simples sistema de patilhas de segurança.
A existência de portas USB (para discos externos, por exemplo) encontra-se apenas na dock, pelo que um das questões que a Nintendo (segundo os responsáveis da marca) se encontra ainda a resolver é precisamente a forma de jogar títulos instalados em disco externos, com a consola em modo Handheld. No que toca à portabilidade dos jogos a Switch apresenta suporte para cartões SD até 2 TB.
Uma das questões que nos surgiu foi a da utilização de voz nos jogos. Em conversa amena com o responsável Nintendo, foi-nos indicado que essa possibilidade é real e que a Nintendo se encontraria a ponderar o uso de uma app mobile para esse efeito. O objectivo é claro ... aproveitar a massificação do uso de Smartphone para potenciar o uso da consola, evitando assim o gasto de dados através da consola e usando os dados do mobile.
Os Jogos
Neste capitulo, o inicio das hostilidades foi imediato e desde o primeiro passo nas instalações. Como seria de esperar, o arranque foi com The Legend of Zelda: Breath of the Wild (que o Pplware acompanhou no evento de lançamento aqui). Apesar de se manter ainda com uma versão de demonstração, com tempo limitado, acabámos por confirmar um pouco daquilo que já tínhamos visto, então, na Wii U. Breath of the Wild será certamente O Jogo Nintendo deste ano.
Contudo e face ao facto de já o termos visto na Wii U e agora na Switch, já se conseguem ver algumas diferenças entre as duas consolas. Por exemplo, a distância de escrita é maior na Switch assim como nos pareceu muito mais fluído o processo de criação de partículas (por exemplo quando estilhaçamos uma rocha, ou provocamos uma explosão num barril armadilhado).
Sobre a possibilidade da existência de DLCs para Breath of the Wild ... a resposta que tivemos foi de ... "talvez sim ... talvez não... quem sabe?!?!?!"
Após esta nova aventura em Breath of the Wild, chegou a altura de provar alguns dos jogos mais divertidos e emblemáticos que acompanharam a Switch desde o primeiro momento da sua revelação, e que fazem parte do “1, 2 Rumble” (entre outros títulos).
Um desses jogos é Milk que na realidade se trata de um simulador de ... ordenhar vacas. Deixem-me dizer-vos que, tal como o vídeo demonstra, é extremamente divertido e que funciona com a coordenação entre dois gatilhos interiores do Joy-Con (para simular o apertar da teta e o de espremer o leite).
Um dos jogos mais interessantes que nos foi dado a experimentar e que nos proporcionou um vislumbre das potencialidades dos Joy-Cons (nomeadamente do HD Rumble) foi o Ball Count. Neste jogo, o Joy-Con funciona como se uma caixa rectangular se tratasse e em cujo interior se encontram bolas (entre 1 e 9). A ideia é de ir rodando e inclinando a caixa para que as bolas façam tabelas nas suas paredes e assim conseguir determinar o número de bolas aprisionadas. Graças aos sensores dispostos ao longo de todo o Joy-Con é extremamente interessante a forma como realmente o Joy-Con vibra como se realmente fosse uma caixa e tivesse efectivamente bolas lá dentro ... Impressionante.
Outro jogo que experimentámos foi e que explorava o giroscópio da consola foi Safe Crack no qual tínhamos de quebrar o código de um cofre. A ideia era de ir girando o Joy-Con até à posição referente ao digito do código. Ao posicionar nessa posição o Joy-Con vibra indicando assim que é a posição correcta.
Um dos outros jogos mais mediáticos desta Nintendo Switch e que não podia faltar à nossa aventura foi o Quick Draw. Este jogo utiliza a combinação entre o gatilho do Joy-Con e o sensor de Infra-vermelhos na medida em que tenta simular um típico duelo do far-west. Curiosamente este jogo deixa também a nu um aspecto da consola que não foi explorado. Não há uma forma de detecção de colisão no outro Joy-Con.
Estes jogos tratam-se claramente de um novo conceito de jogo que a Switch vem proporcionar. Com estes títulos o jogo deixa de estar na televisão e passa para o lado de cá. Deixa de haver a necessidade de estar a olhar para a TV ou mesmo para o ecrã da consola. São acima de tudo, fast party games, que fornecem divertimento e boas risadas durante algum tempo.
De seguida apontámos baterias a alguns outros jogos previstos num futuro próximo para a Nintendo Switch. Falo de alguns dos pesos pesados a caminho da nova consola Nintendo, como por exemplo, Ultra Street Fighter II, Splatoon 2, Mario Kart Deluxe 8, Fast RMX, Sonic Mania ou Super Bomberman R.
Experimentámos todos estes jogos em local multiplayer ou singleplayer (infelizmente não tivemos oportunidade de ver a passagem da TV para o ecrã) e na maior parte dos casos, tirando o facto de serem jogos ainda em fase final de desenvolvimento, estivemos perante jogos à altura do que seria espectável.
De realçar a sensação nostálgica de jogar Street Fighter na Switch com os personagens mais emblemáticos e o jogar (até 8) em local multiplayer Splatoon 2, um jogo extraordinariamente divertido, à semelhança do original, lançado para a Wii U.
foi ainda reforçado o empenho da marca japonesa nos amiibo, sendo confirmada a sua presença e crescimento na switch.
A ideia principal que fica é que a Nintendo Switch é efectivamente uma consola a ter em conta num futuro próximo. Para os jogos apresentados, a consola (eram versões Debug) encontra-se fluída e sem problemas de engasgamentos ou de quebras de fps.
Um das propriedades mais mediáticas e mais importantes (pelo menos na óptica dos pais) da nova consola é o sistema de controlo parental que o Pplware aqui revelou, pois permitirá aos pais, através de app mobile, esse mesmo controlo. Até neste pormenor se pode concluir que a Nintendo se encontra cada vez mais a abrir os seus horizontes ao fenómeno mobile. Aliás, esta questão do mobile é extremamente importante e apesar da Nintendo desmentir, podemos estar a assistir aos poucos a uma viragem na estratégia da marca japonesa.
O Futuro
Dadas as características da Switch tem-se vindo aos poucos a formar uma dúvida legitima sobre o real posicionamento da consola, dentro do próprio Universo Nintendo. Conforme a própria Nintendo já assumiu de certa forma, a Wii U ficou aquém do que seria esperado e daí a sua descontinuação. Mas... e quanto às consolas portáteis?? Será o final das Nintendo 3DS?
A avaliar pela reação da Nintendo, a resposta a esta questão é bem menos linear do que se esperava. A Switch vem realmente ocupar um nicho diferente daquele a que nos acostumámos. Até à data, temos tido uma clara divisão entre o que é consola de sala e consola portátil e a Switch vem unir esses dois Mundos de uma forma nova e, porque não, revolucionária.
No entanto, o próprio Mercado é rei e senhor e a oferta tem de acompanhar a procura, e se tivermos em conta que o ano passado foi o ano em que mais se vendeu Nintendo 3DS, existem razões mais que suficientes para crer que a 3DS se encontra com uma boa procura. Contudo, não podemos descurar que com a chegada da Switch possam haver novidades.
Quanto ao possivel fim da Nintendo 3DS, a Nintendo não se atravessa de uma forma categórica. A primeira reacção dos seus responsáveis é que o fim da consola portátil não se encontra nos planos imediatos da marca nipónica mas... em última instância, será o Mercado a ditar o futuro das consolas portáteis Nintendo.
Por agora resta-nos esperar que chegue a nova consola e usufruir de tudo o que ela tem para oferecer e que... acreditem... é mesmo muito.
Este artigo tem mais de um ano
Sério? Ninguém interessado na Switch?
Já reservei a minha, só me chateia o facto de ter que comprar o suporte dos joy con’s para poder carregar
Eles carregam quando ligados à consola em dock mode. Para mim é suficiente…
Eu sei mas não é uma solução prática nem faz sentido quando já existe um suporte que dá para carregar! Porquê incluir um que não dá?
O zelda vai ter 2 dlcs até ao fim deste ano de 2017. Já foi confirmado. Esta consola ainda não apresentou nenhuma prova de merecer o preço que pedem por ela. Sem jogos, sem packs de consola+jogo previstos durante muito tempo, sem acessórios relevantes incluídos no pacote, ……. Se até os próprios da nintendo demoraram pouco tempo a admitir o fracasso da wii u, vamos ver quanto tempo demoram a admitir o fracasso desta nova consola.
Olha que as coisas não vão ser exactamente assim… Estaremos cá para ver!
Eles não vão admitir o fracasso desse console porque ele não vai fracassar. O preço dele está mais do que justo e a própria Nintendo já falou que a pessoa que escolhe o jogo e não vai forçar a comprar um jogo num pack. Você conseguiu prever o Snipperclips ou o Splatoon 2? Não. Portanto não venha reclamar e se não gosta do console porquê veio reclamar no artigo sobre ele?
O problema da Nintendo é a capacidade de adaptação deles, a sua teimosia…
Tive todos os Gameboys desde o Advance e as DS desde a primeira. Mas há já imenso tempo que não consigo comprar uma consola fixa deles. A última que comprei foi a N64. Sinceramente, é necessário um intervalo de Mário, Luigi… enfim, os de sempre. E como hei-de reservar uma consola se no dia um haverá tão poucos jogos? Por exemplo, adoro jogos de luta, porque não negociaram o UFC 2, Fight Night, o Mortal Kombat X, entre outros? Como podem eles dar-se ao luxo de lançar uma consola em pleno meio ciclo das da concorrência (significando que já há um leque enorme de jogos) e pensar que basta um punhado de jogos no lançamento, para uma consola que fica mais cara do que a concorrência? E porque teimam em fazer a consola com menos poder gráfico? Sim, sim, todos sabemos que os jogos para serem divertidos não precisam de ser apenas “efeitos visuais”. Mas se o negócio deles é também a venda da consola (senão, para isso, apenas desenvolviam software e deixavam o hardware de vez), como podem eles, uma vez mais, teimar, ao ter uma consola que até nos actuais vídeos de apresentação no Youtube, em HD, do Mario, por exemplo, vemos uma definição medonha nos pormenores do chão, com “tremeliques” nas janelas dos prédios? A isso, desta vez, já não chamo tradição, chamo arrogância… Somem as consolas Ps4 e Xbox one vendidas e vejam quantos milhões, de facto, gostam de bons efeitos visuais (em muito bons jogos). Como podem achar que se podem desviar disso?
Eu acho que eles já estão a começar mal, a primeira coisa que deveriam ter garantido aquando do lançamento da consola não era jogos próprios, mas sim jogos externos. Se eu neste momento quiser jogar UFC,a única consola a não escolher é a Switch. O mesmo com muitas outras categorias de jogos.
Sinceramente, acho que a Nintendo cansa já um pedaço, e enquanto não mudarem a estratégia, e toda a administração (refiro-me à casa mãe, no Japão), dificilmente sobreviverão mais dez anos. Até porque o futuro passa pelos serviços (streaming, entre outros) e a Nintendo, uma vez mais, na sua teimosia, é péssima no que se refere a uma estrutura online.
Enfim, mas é apenas a minha opinião.
A malta que fala em falta de jogos claramente está extremamente desatualizada. A Switch já tem praticamente 100 jogos anunciados, cerca de 70 deles para ainda este ano e ainda nem saiu!
É muito fácil fazer como as outras produtoras de consolas e lançar uma consola igualzinha à anterior, enfiar-lhe um processador xpto e aumentar um número ao nome e dizer que é uma “nova forma de jogar”. Para fazer a evolução que a PS4 ou a Xbox fazem mais vale jogar no PC. Ao menos a Nintendo é inovadora no que faz e com a facilidade de desenvolvimento para esta consola (como já imensos gigantes do gaming confirmaram) acredito que vai ter o suporte que a WiiU não mereceu.