82% não concordam com as provas de aferição do 2º ano em formato digital
As provas de aferição já não são uma novidade, mas este ano a polémica instalou-se devido a algumas atualizações porque o governo decidiu que estas avaliações para o 2º, 5º e 8º ano ano seriam realizadas em formato digital. Questionámos os nossos leitores sobre este assunto e a grande maioria dos participantes dizem não concordar com as provas de aferição digitais para os alunos do 2º ano escolar. Vamos conhecer todos os resultados.
Concorda com as provas de aferição do 2º ano em formato digital?
Finalizada a questão da passada semana, segue então agora a divulgação de todos os resultados através da análise das 1.708 respostas obtidas.
Os resultados são claros e mostram que a grande maioria, com 82% dos votos, responderam que não concordam com as provas de aferição em formato digital para os alunos do 2º ano escolar (1.395 votos). Por sua vez, os restantes 18% disseram concordar com esta decisão do governo (313 votos).
Resultados em gráfico
Para uma melhor perceção visual, segue então o gráfico com os resultados desta questão.
Pode ler as várias opiniões dos leitores através dos comentários deixados ao artigo onde a questão foi colocada. Muitos consideram que esta é uma decisão ridícula e muitos também destacam que as escolas não estão preparadas para treinar as crianças antes de provas no formato digital. E embora reconheçam que as crianças estão à vontade com as tecnologias, lembram que é também necessário haver formação por parte do pessoal docente e não docente.
Mas se não respondeu à nossa questão, diga-nos então agora se concorda com as provas de aferição do 2º ano em formato digital.
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Questão desta semana:
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Quais as categorias que mais lhe interessam no Pplware?
Nesta rubrica colocamos uma questão sobre temas pertinentes, atuais e úteis, para conhecer a opinião e tendências dos nossos leitores no mundo da tecnologia, sobretudo no nosso país.
Assim, caso queiram ver algum tema votado nas nossas questões semanais, basta deixarem um comentário com o mesmo ou enviem para marisa.pinto@pplware.com.
Este artigo tem mais de um ano
Claro que não podem concordar pois as escolas não tem condições logísticas para tal, o ministério ignora as queixas dos professores e diretores de escola e enquanto a lógica do ensino for a economicista e preconceituosa do ponto de vista ideológico, cultivando o facilitismo, a falta de rigor e a ausência de exigência, nada teremos no futuro que não um crescente numero de ignorantes e subservientes da ideologia do poder, seja ele qual for, e que agradece, claro.
Claro que não! Ensinem os pequenos a ler, a escrever e a pensar. As provas bastariam no 4.º ano, mas este ministro acha-se um iluminado.
Tanto aí, na educação, como no resto o povo tem o dever de se fazer ouvir, de se opor e ser solidário, independentemente de existir maioria ou não.
O que se vê não é isso e tudo isso vê-se nas notícias como no próprio parlamento …
Se ninguém se opõe às violações constantes da própria constituição nas mais variadas instituições do próprio Estado ou outras nunhum dos que lá estão deveria lá estar …
Eu vou separar esta questão dois pontos, porque caso contrário teremos aqui duas questões distintas.
1.
Concordo com a ditas em modo digital, pois trazem diversas vantagens que não vou aqui discutir, seria um ponto a discutir.
2.
Não concordo com o modo como foram feitas este ano e passo a explicar.
Apesar de serem provas “apenas” de aferição, foi notório o modo como muitos alunos entraram em stress antes e durante a prova, por toda a confusão que existiu. Este stress adicional condiciona naturalmente o desempenho dos alunos.
Foi comunicado às escolas que para a realização da prova bastaria que os PCs tivessem um browser mas muitas escolas – ou mesmo todas, esta parte não posso afirmar – não receberam indicações de que browsers seriam viáveis nem se existiam plugins/extensões que fossem proibidos ou que impedissem o bom funcionamento da aplicação web criada para o efeito.
Em cima da hora foi comunicado às escolas que afinal seria utilizada uma aplicação, que teria de ser instalada nos PCs, o que revela falta de preparação e testes, com todas as consequências que daí podem vir.
A grande maioria das escolas não têm condições, em termos de recursos humanos, para preparar todos os PCs necessários para a prova, ainda para mais quando são os PCs dos alunos ficando a escola dependente dos próprios horários dos alunos.
Em muitos casos, pela falta de técnicos de informática, foram os professores desta área a preparar os PCs e para tal tiveram de adiar aulas, adiar acompanhamentos de estágios e não participar em outra atividades que já estavam planeadas.
Em muitos casos a instalação da aplicação necessária nos PCs revelou-se uma tarefa gigantesca, com PCs onde foi preciso tentar várias vezes, verificando o motivo de não se conseguir instalar, resolvendo, tentar novamente, resolvendo mais um problema, tentando novamente …..
Estas dificuldades levaram a que muitas escolas tivessem de preparar PCs adicionais para ficarem como suplentes, aumentado ainda mais o trabalho ou a optarem por prepararem os seus PCs para a prova tendo os alunos de usar os mesmos. Durante o tempo de preparação e durante as provas, estes PCs ficaram indisponíveis para outras atividades de outros alunos.
Durante a prova, mesmo em PCs em que a instalação tinha decorrido sem problemas, aconteceu a muitos alunos a aplicação deixar de funcionar, várias vezes, havendo alunos que demoraram 3 horas a realizar a prova.
Foi notório em muitas escolas que quer a infraestrutura interna de rede informática quer a ligação à internet não têm capacidade para se realizar estas provas.
Com todas estas complicações, as condições disponibilizadas aos alunos para a prova diferem de escola para escola e por vezes, na mesma escola, de sala para sala, criando obviamente diferenças de desempenho que se refletem depois nos resultados, deturpando o objetivo da prova.
Por fim, a má postura do ministério durante todo o processo, que mina a confiança de alunos, encarregados de educação, professores e diretores de escolas, agravando ainda mais o mau ambiente que já se vive.
Em resumo, provas de aferição digitais sim, nestes moldes não.
uma cambada de azelhas que têm a mania de empurrar a tecnologia porque os lá do topo da pirâmida europeia querem cumprir o calendário do great reset!