C-DAYS 2022: Começou o maior evento de CiberSegurança em Portugal
A C-DAYS foi desenhada para partilhar conhecimento, promover o debate, identificar tendências e gerar oportunidades no campo da cibersegurança, sendo um fórum de eleição para as milhares de pessoas que ao longo dos anos nos têm acompanhado e contribuído ativamente para a consolidação desta iniciativa.
A 8ª edição da C-DAYS, dedicada ao tema “Apostar na Prevenção”, já começou e o Pplware irá dar a conhecer os principais temas em debate.
Sessão de Abertura
Na sessão de abertura do evento estão presentes, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, o Contra-Almirante António Gameiro Marques, do Gabinete Nacional de Segurança e Lino Santos, Coordenador, Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS).
A moderação irá ser feita pelos jornalistas Pedro Guerreiro e Rosa Pinto.
Carlos Carreiras | Presidente da Câmara Municipal de Cascais
Carlos Carreiras | Presidente da Câmara Municipal de Cascais, alertou para esta nova onda de ameaças e na importância da prevenção digital. A segurança é como a saúde, só lhe damos importância, quando nos falta, referiu o autarca.
Cascais sabe que a sua competitividade depende da sua resiliência no ciberespaço. A sua capacidade de defender os cidadãos não está apenas em causa nos hospitais ou nas ruas, transferiu-se também para o domínio do ciberespaço
Lino Santos | Coordenador, Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS)
A cibersegurança tem hoje um enorme relevo social, muito por causa dos ataques bem sucedidos que têm acontecido. Lino Santos destacou o aumento de 26% de 2021 para 2020 no que diz respeito a incidentes digitais. O coordenador do CNCS considera que esta nova onda de ameaça se deve a uma maior densidade digital (mais utilizadores, mais serviços, quadro de ameaças maior e há um défice enorme de recursos).
O Coordenador do CNCS, alertou para a vulnerabilidade societal como o hiato entre o índice de colocação de tecnologia e o da capacidade de utilização da mesma em segurança.
Lino Santos referiu também a guerra na Ucrânia proporcionou “um renascer de uma ameaça ativista” com narrativas ao serviço dos interesses russos ou ucranianos. É essencial o desenvolvimento de competências dos cidadãos. Temos de deixar de usar o argumento dos bons e maus usos. O que interessa é focarmo-nos nos impactos: mitigar os negativos e aproveitar os positivos.
RISCOS E CONFLITOS | PAINEL
Desinformação e a necessidade de um combate à disseminação de notícias falsas
- Nelson Escravana - INOV
- Luísa Meireles - LUSA
- Gustavo Cardoso ISCTE – Media Lab
Na sua intervenção, Luísa Meireles relembrou os tempos vividos quando a Lusa foi alvo de um ataque. Luísa Meireles revelou que a Lusa esteve totalmente offline cerca de 4 horas. A jornalista revelou alguns procedimentos internos e que considera que são fundamentais para se manter o nível de informação elevado. Luísa Meireles considera que a inteligência artificial não será a solução para a desinformação, mas pode fazer parte de soluções.
Gustavo Cardoso do ISCTE referiu que a desinformação é a comunicação da comunicação. O mundo mudou e não há uma solução mágica para a desinformação. É preciso juntar a educação, os jornalistas... para se conseguir mudar este paradigma. São precisos uns 20 a 30 anos...
Nelson Escravana da INOV considera que a tecnologia pode ajudar na desinformação. É preciso juntar a tecnologia às pessoas e tirar partido do efeito em rede. É preciso aumentar a literacia nesta área, de uma forma mais crítica e alertar para as ameaças. Todos temos que ser responsáveis, é preciso olhar para as fontes, para o conteúdo e correlacionar tudo.
INOVAÇÃO E TECNOLOGIAS FUTURAS | KEYNOTE
- Cibersegurança em Sistemas de Controlo Industrial | Paulo Pádua | SIEMENS
Na sua adaptação a esta nova era de muitas ameaças, a SIEMENS apostou em parceiros com conhecimentos na área.
No site do evento é possível saber que nesta edição irão estar mais de 40 oradores nacionais e internacionais com painéis nas áreas como: Riscos e Conflitos, Políticas Públicas, Economia, Inovação e Tecnologias Futuras.
C-Academy – Programa nacional de formação avançada
- Isabel Baptista | CNCS
- Pedro Inácio | UBI
- Gonçalo Cadete | INOV – INESC Inovação
O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) vai em breve lançar um programa de formação que dotará de competências avançadas um conjunto de novos especialistas em cibersegurança e segurança da informação oriundos da administração pública e do setor privado. Este programa, de abrangência nacional, denominado de C-Academy, visa formar pelo menos 9800 formandos até ao primeiro trimestre de 2026.
O programa C-Acaademy irá disponibilizar conteúdos e formações alinhados com o Referencial de Competências de Cibersegurança; A qualificação e requalificação de RH será alinhada com as competências definidas no Quadro Nacional de Referência para a Cibersegurança (QNRCS);
Isabel Batista do CNCS referiu que esta formação é realizada por níveis e a maioria das formações tem 35 horas (também há formações de 70 horas) intensivas. Todo o modelo de formação foi "desenhado" pela INOVA e pela UBI. Gonçalo Cadete da INOV – INESC Inovação, considera que esta é uma boa aposta do dinheiro do PRR.
Isabel Batista revelou que toda a planificação da C-Academy está desenvolvida assim como identificadas todas as instituições que vão colaborar. Numa primeira fase as instituições vão produzir conteúdos e depois ajudar a disseminar o conhecimento nesta área.
Pedro Inácio da UBI considera que o CNCS teve visão para avançar com o projeto a este nível. As Instituições vão esta semana assinar um memorando de manifestação de interesse para contribuir na C-Academy. Toda a formação funcionará num modelo de microcréditos.
O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) disponibiliza um Referencial de Competências em Cibersegurança dirigido a todos os interessados no âmbito da formação e da contração de profissionais, entre outros domínios nos quais a identificação de competências em cibersegurança é importante - Podem ver aqui.
Este artigo tem mais de um ano
O site do C-DAYS 2022 foi hackeado 🙂
Isso é que era LOL
Estão envolvidos dinheiro publico? se sim é como deve ser uma perda de tempo.
Mas esta e com conteudo a serio ou e como a da semana passada no IPG? A perder tempo a falar the processos, planos e frameworks…. e outras coisas inuteis para o mundo real, onde as ameacas sao tambem elas reais….
Para quando algo como a BlackHat or Defcon em Portugal ?