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Bitcoin é visto como “crude digital” e é tão mau para o planeta como o petróleo

Já há muito tempo que não nos chegam notícias sobre a valorização significativa das criptomoedas, nomeadamente os populares Bitcoins. Este é um mercado que não tem vivido os seus melhores dias, sendo que as informações recentes também não são nada abonatórias.

Segundo um recente estudo, o Bitcoin é visto não como ouro digital, mas sim como um “crude digital” que é tão mau para o planeta como o petróleo.


No que respeita à relação das criptomoedas com o meio ambiente, as notícias no geral dão conta de que há uma certa tensão entre ambos, especialmente quando falamos nos consumos excessivos de energia para a mineração das mesmas. E embora as placas gráficas já tenham sido deixadas de fora desta equação, as moedas digitais ainda levantam muitas questões e problemas ecológicos.

Bitcoin é um “crude digital”

Recentemente um estudo indicava que os Bitcoins estavam com cada vez mais dificuldade em tornar-se mais verdes. E há agora uma nova investigação que adianta que o Bitcoin é um “crude digital” e não um “ouro digital” como muitos o apelidam. Para além disso, é referido que a criptomoeda é tão má para o planeta como o petróleo.

As moedas digitais são vistas como uma forma fácil de conseguir dinheiro, ou também perdê-lo. Atualmente, um Bitcoin vale 19.918,16 euros, mas este é um segmento que levanta várias preocupações e está cada vez mais a tornar-se insustentável quanto ao consumo de energia e à poluição. Ainda no início de agosto, os dados mostravam que a mineração de Bitcoins consumia mais energia do que a Bélgica ou a Finlândia.

Mas este novo estudo indica resultados alarmantes, ao revelar que por cada dólar de Bitcoin, 35 cêntimos correspondem a danos ambientais. Estes dados respeitam ao período entre 2016 a 2021, mas pioram no tempo em que a mineração estava em crescimento. O estudo demonstra uma tabela onde podemos comparar a poluição vinda da mineração de Bitcoins com outros elementos, nomeadamente o petróleo.

E se nos focarmos nos valores de 2020, a relação entre o valor do Bitcoin e os danos ambientais foi de 82%, o que é bastante significativo. Os danos atingiram um pico de 156% do preço da moeda em maio de 2020, sugerindo assim que por cada dólar do valor de mercado do Bitcoin nesse mês, eram gerados 1,56 dólares em danos ambientais globais.

Em termos de poluição, a moeda emitiu de 0,9 toneladas de CO2 por Bitcoin em 2016 para 113 toneladas de CO2 por Bitcoin em 2021. Ou seja, um aumento de emissões de 126 vezes a mais num prazo de apenas 5 anos.

Desta forma, o estudo conclui que a mineração de Bitcoins é um dos processos mais prejudiciais do meio ambiente, sendo em média 35% poluente (2016-2021), um valor ligeiramente acima dos 33% gerados pela pecuária a nível global. A produção de gasolina polui 41% e a produção de eletricidade a partir de gás natural é de 46%. E a poluição destes dois elementos foi superada pelo Bitcoin nos anos de 2019 e 2020.

Pode ver o estudo completo aqui.

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