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SpaceX não moveu satélite da Starlink porque não soube do problema da ESA

A notícia chegou no início da semana e mostrou o problema que poderia ter acontecido com o satélite Aeolus da ESA. Este teve de ver a sua rota alterada para não colidir com outro satélite da Starlink.

A informação existente na altura mostrou que a SpaceX se recusou a mudar a rota do seu satélite. O que não se soube, apesar de ser especulado, foram as razões para essa decisão. Agora, com mais informação, a SpaceX revelou a verdadeira razão desta decisão.


Um grande problema nas mãos da ESA

Esta foi uma situação complicada para a ESA. A probabilidade de colisão entre 2 satélites era grande e afetava uma das suas ferramentas usadas nos seus estudos. O risco calculado era elevado e, por isso, foi necessário tomar uma decisão rápida.

Contra uma resposta negativa da SpaceX a ESA foi obrigada a adaptar-se e alterou a órbita do Aeolus. Tudo mostrava que a empresa se estaria a desresponsabilizar, ao tomar esta ação.

Muitos especularam razões e mostraram que os satélites da Starlink estão preparados para evitar outros.

A SpaceX não recebeu informações corretas

Agora, com mais dados, a SpaceX veio a público revelar as verdadeiras razões. Tudo parece ter estado num problema de comunicação, com a empresa a não ter tido conhecimento do problema.

A probabilidade do choque entre os satélites estava em 1/50 mil a 28 de agosto, na última comunicação entre a ESA e a SpaceX.

Com o passar dos dias esta passou para 1/1000, o valor mínimo considerado seguro. Foi aí que a ESA agiu. O que a SpaceX alega é que uma falha no software de comunicação não revelou esta mudança. Assim, não terá sido recebida a informação certa pela Força Aérea dos EUA.

Por sorte o satélite da ESA não chocou com o da Starlink

Com a informação incompleta e errada, o operador da SpaceX acabou posteriormente por decidir em não mudar a posição do satélite da Starlink.

Claro que uma investigação está já a ser feita, para determinar as causas e corrigi-las, a fim de evitar problemas no futuro.

Esta é, acima de tudo, uma prova da falta de regulação que existe neste campo. Com cada vez mais empresas a querer ocupar este espaço, existem também cada vez mais probabilidades de problemas graves.

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