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Satélites autodestrutivos podem ser a solução para lixo espacial

Para que o espaço possa ser explorado, não chega apenas observar a partir da Terra. Como tal, desde os anos 50, são enviados satélites e outros equipamentos que auxiliam a humanidade na tarefa de recolher informação como imagens, eventos cósmicos e muitos outros dados. Contudo, para além da exploração do espaço visando a sua descoberta, há igualmente a parte comercial. O lixo acumular-se e está efetivamente a tornar-se num perigoso problema.

O futuro terá de ter obrigatoriamente soluções para destruir o lixo que orbita a Terra. Há alguns avanços e hoje trazemos mais uma possível solução.


O lixo espacial que não pode ficar no espaço

De modo a explorar e descobrir o que nos envolve e está para além de nós, são enviados cada vez mais equipamentos para o espaço. Para além da Lua, já colocamos dispositivos em Marte e noutros locais no espaço interestelar. No entanto, estes equipamentos cumprem a sua missão e ficam por lá!

Aliás, estima-se que, em meio século, a órbita terrestre baixa esteja cheia com mais de 7.500 toneladas de lixo espacial de equipamentos científicos, militares e comerciais.

Então, se a intenção é continuar a enviar objetos para o espaço, é importante encontrar uma forma de descobrir os que já lá estão, mas em desuso, para os tirar de órbita. Mais, assegurar que os equipamentos recém-enviados não ficam lá para sempre.

Por exemplo, a constelação de satélites que está a ser desenvolvida pela SpaceX, a Starlink, planeia enviar milhares de equipamentos para órbita. Todavia, estes são concebidos para desorbitar, assim que os seus motores deixem de estar funcionais.

JAXA já tem uma solução para testar em satélites

A agência espacial japonesa (JAXA) quer adaptar a sua frota crescente de órbita terrestre baixa para escalas comerciais, sem aumentar a sua quota de lixo espacial. Por isso, planeia testar um satélite autodestrutivo.

Conforme foi revelado, a tecnologia foi desenvolvida através de uma startup japonesa chamada ALE Co.. Então, o processo implica equipar os satélites com um cátodo nanotubo de carbono junto de um cabo eletrodinâmico.

Uma vez concluída a missão, o satélite desenrola um cabo de ligação, criando um fluxo de corrente entre si e o cátodo.

Em reação com o campo magnético da Terra, bem como com a gravidade e fricção presente na atmosfera, o satélite será puxado para baixo numa morte mecânica.

Se funcionar e os testes, que serão realizados ainda este ano num microssatélite, correrem bem, a JAXA espera vender este mecanismo a fabricantes de equipamentos comerciais.

Com o desenvolvimento do dispositivo será possível reduzir o número de satélites que permanecem numa órbita terrestre baixa, que se espera que venha a aumentar rapidamente no futuro, e, assim, evitar a geração de grandes quantidades de detritos perigosos causados por colisões com outros detritos espaciais.

Disse a JAXA.

Satélites: Como saber onde procurar para limpar o lixo espacial?

Apesar de a opção da JAXA ser viável para os dipositivos que forem enviados entretanto, não o é para os que já lá estão. Então, uma empresa chamada Northstar “monitoriza o espaço, a partir do espaço, através de uma constelação de satélites com sensores óticos especializados”.

Para a monitorização, a Northstar recorre a um amplo catálogo 3D do ambiente espacial circundante. Além disso, utiliza análises avançadas, a fim de fornecer informação crucial para que as entidades públicas e comerciais possam navegar em segurança na órbita terrestre baixa.

Posto isto, para que a exploração do espaço não seja necessariamente o espelho de um ambiente entulhado, devemos assegurar-nos que aprendemos a controlar os ciclo de vida dos equipamentos, antes de construir uma presença, por exemplo, em Marte.

 

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