Embora seja um projeto concebido, inicialmente, pelos Estados Unidos da América e pela Rússia, esta última anunciou, há uns meses, que poderá abandoná-lo, em 2025. Paralelamente a esta novidade, surgiram rumores que alegavam que o país poderia vir a investir numa estação espacial própria.
Mas o que será da Estação Espacial Internacional (em inglês, ISS) se a Rússia abandonar?
Em 2019, um painel de segurança da NASA aprovou um projeto para utilizar uma nave espacial russa para desorbitar a ISS, em 2028. De acordo com a United Press International (UPI), o plano inicial deverá estar em questão, uma vez que o envolvimento da Rússia é, agora, incerto.
Esse plano envolveu o lançamento da nave espacial Progress, que tinha de guiar a estrutura para a atmosfera. Ali, a maior parte derreteria e a restante – restos de motores, laboratórios e acomodações – cairia sobre o Oceano Pacífico. Contudo, o acordo espacial da Rússia termina em 2024 e, provavelmente, não se verá renovado.
A NASA continua a trabalhar com os seus parceiros internacionais para assegurar um plano seguro de desorbita da estação e está a considerar uma série de opções.
Disse Leah Cheshier, porta-voz da NASA, num e-mail, à UPI.
Além disso, a agência espacial revelou que o plano para a nave espacial da Rússia guiar a ISS para a atmosfera ainda está em curso.
Os detalhes do plano de desativação estão ainda em discussão com parceiros internacionais e contêm detalhes técnicos que não pertencem à NASA, pelo que não podem ser divulgados neste momento.
Explicou a NASA.
E depois da Rússia?
Para já, a Rússia parece ainda fazer parte do projeto inicial para desorbitar a ISS. Contudo, tendo em conta a incerteza, a NASA já tem alguns planos pensados. Caso o Progress da Rússia não esteja disponível, Dan Hout, um oficial de assuntos públicos da NASA, disse que a agência espacial irá recorrer ao Cygnus de Northrop Grumman.
Cygnus […] é o único outro veículo que estamos a considerar que venha a ser potencialmente utilizado, para além do Progress russo.
A presidente do painel de segurança da NASA, Patricia Sanders, revelou que, apesar das opções estarem em aberto, um planeamento como este nunca é fácil, porque a ISS pertence a uma comunidade internacional e as decisões não podem ser unilaterais.