O Hemisfério Sul está a secar lentamente, segundo os cientistas
É sobejamente sabido que a água é a chave da vida na Terra. Contudo, um facto menos conhecido é que apenas cerca de 1% de toda a água do planeta é água doce disponível para os seres humanos, plantas ou animais terrestres. Um novo estudo demonstrou que o Hemisfério Sul está a secar mais do que o Hemisfério Norte nas últimas duas décadas (2001 - 2020).
90% da população mundial vive no hemisfério norte
Sim, apenas cerca de 1% da água doce do planeta está disponível para os humanos, plantas e animais. O resto está nos oceanos ou encarcerado em camadas de gelo e rochas polares. Num mundo em mudança climática, a distribuição global desse 1% assume um significado totalmente novo. Este novo estudo levanta o véu de um problema ainda mais complexo.
Os autores do trabalho sugerem que a principal causa é o fenómeno meteorológico conhecido como El Niño, que ocorre de tempos a tempos quando a água do oceano no Pacífico oriental é mais quente do que o habitual.
As conclusões baseiam-se em dados de satélites e medições de caudais de rios e ribeiros, que permitiram aos investigadores modelar e calcular as alterações na disponibilidade de água. A disponibilidade de água é a diferença líquida entre a quantidade de água fornecida à paisagem, sob a forma de precipitação em terra, e a água removida para a atmosfera por evaporação geral ou pelas plantas através das suas folhas.
Embora o Hemisfério Sul tenha apenas um quarto da área terrestre global (excluindo a Antártida), parece ter um efeito substancialmente maior na disponibilidade global de água do que o Hemisfério Norte.
A nova análise revela uma forte diminuição da disponibilidade de água na América do Sul, na maior parte de África e no centro e noroeste da Austrália. No entanto, algumas regiões, como a parte sul da América do Sul, terão mais água disponível.
Em contrapartida, apesar das variações significativas entre regiões, o estudo sugere que a disponibilidade de água no Hemisfério Norte é mais ou menos equilibrada. Este facto deve-se, em parte, às grandes influências humanas, como a irrigação, as barragens e a produção alimentar. Estes fatores são mais relevantes no Hemisfério Norte, uma vez que cerca de 90% da população mundial vive aí.
Quais as possíveis implicações se o Hemisfério Sul estiver a secar mais do que o Norte?
O que acontece no Sul afeta também o Norte. Parte da resposta reside nas regiões suscetíveis de sofrerem um aumento da seca. A América do Sul inclui a floresta tropical da Amazónia, que é um regulador fundamental do clima, bem como um habitat de importância mundial para as espécies e lar de muitas comunidades indígenas.
A seca da floresta tropical reduzirá a vegetação e aumentará o risco de incêndio. Isto serão más notícias para os seres humanos e para os animais que vivem na floresta e tem o potencial de libertar milhares de milhões de toneladas de carbono atualmente bloqueado na vegetação e nos solos da floresta.
A América do Sul é também um importante exportador agrícola de soja, açúcar, carne, café e frutas para o mercado mundial. As alterações na disponibilidade de água aumentarão a pressão sobre os sistemas alimentares ao nível mundial.
A seca na maior parte de África é também um verdadeiro desafio. Este enorme continente tem muitas zonas climáticas e contrastes socioeconómicos, com recursos frequentemente limitados para mitigar e adaptar-se.
O Noroeste da Austrália é uma das grandes regiões selvagens do país. Mas seria um grande erro considerar a região "vazia" e, portanto, sem importância em termos de seca.
Seca traz um aumento das temperaturas
A seca irá alterar os padrões de vegetação e aumentar ainda mais as temperaturas, que poderão ser superiores a 35 °C em grande parte do ano até 2100, se as taxas de emissão continuarem a ser elevadas. Isto teria efeitos graves na saúde dos seres humanos e dos habitats.
Do mesmo modo, a seca na Austrália central tem repercussões no tempo e no clima das zonas costeiras, onde se situa a maior parte das grandes cidades e da população da Austrália. As tendências de secagem também se fazem sentir no sudoeste e sudeste do país, provocando tensões e alterações nos habitats, incêndios florestais, esgotamento dos rios e impactos na saúde humana, especialmente nas zonas urbanas.
Tal como acontece com muitos aspetos do clima, a natureza exata e a escala das alterações e dos impactos são difíceis de prever ou modelar à escala local, ou regional. Mas este novo documento aponta para mudanças claras nos padrões e processos climáticos complexos no Hemisfério Sul, que reduzirão a disponibilidade de água durante os fenómenos El Niño.
E da desflorestação que dizem os cientistas?
E já agora, também dos políticos e dos meios de informação?
Continuem a desmatar que vão longe! E a água não é menos, existe mais consumo!
A quantidade de água no planeta é constante. Só altera o estado em que se encontra e como se distribui.
A terra está ficar mais verde supostamente devido ao CO2
Do site da NASA 2016
Carbon Dioxide Fertilization Greening Earth, Study Finds
Karl B. Hille
APR 26, 2016
From a quarter to half of Earth’s vegetated lands has shown significant greening over the last 35 years largely due to rising levels of atmospheric carbon dioxide, according to a new study published in the journal Nature Climate Change on April 25.
An international team of 32 authors from 24 institutions in eight countries led the effort, which involved using satellite data from NASA’s Moderate Resolution Imaging Spectrometer and the National Oceanic and Atmospheric Administration’s Advanced Very High Resolution Radiometer instruments to help determine the leaf area index, or amount of leaf cover, over the planet’s vegetated regions. The greening represents an increase in leaves on plants and trees equivalent in area to two times the continental United States.”
porque a terra funciona como uma estufa mais co2 mais vegetacao!
O grande problema vão ser os grandes fluxos de migrações do sul para norte, não apenas por razões económicas, mas sobretudo na procura de terrenos férteis, climas mais amenos e com mais água, fuga a guerrilhas e desejo de mais civilização e segurança, mas provocando superpovoamento no norte, mais conflitos populacionais e étnicos! O sul, como já se constata, terá grandes incêndios, alimentados por ventos fortes, inextinguíveis até existir matéria florestal, ou demorando meses a serem controlados (serão bem piores do que aqueles que já aconteceram na Austrália, Flórida, Califórnia e Canada), levando à fuga massiva da população e à extinção de espécies.
“O Hemisfério Sul está a secar lentamente, segundo os cientistas”
É pq há menos carros a combustão.
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