Com a invasão da Ucrânia pela Rússia muita coisa mudou, e, ainda que indiretamente, estamos a sentir os seus efeitos. Por exemplo, esta é a razão para a missão a Marte, que a Europa tinha programada, ficar suspensa.
A estimativa aponta para uma suspensão que durará até 2026.
A missão da Europa a Marte não tem sido facilitada. Aliás, agora, de acordo com a Sky News, deverá ver-se suspensa durante vários anos, como resultado da invasão da Ucrânia pela Rússia.
O rover foi construído em Inglaterra e estava previsto ser lançado em setembro, num foguetão russo. O objetivo, que passa por procurar elementos que provem que poderá existir vida em Marte, implica que a missão aterre no planeta vermelho – isto aconteceria através de um equipamento também facultado pela Rússia.
Assim como já aconteceu noutras situações, as sanções impostas à Rússia provocaram uma suspensão da missão que a Agência Espacial Europeia (em inglês, ESA) levaria a cabo. Até agora, esta ainda não propôs uma solução e, por isso, prevê-se que a missão seja suspensa até, pelo menos, 2026.
Segundo o diretor de exploração humana e robótica da ESA, David Parker, os estados membros da agência, incluindo o Reino Unido, poderão avançar com a missão, escolhendo outro parceiro, ou sozinhos. Afinal, na sua opinião, se é para ser realizada, tendo em conta o “investimento, o desenvolvimento tecnológico e a preparação e testes”, tem de o ser com a garantia de que vão ter sucesso.
Apesar de o objetivo ser a realização de uma missão exclusivamente europeia, Paker sugeriu que podem vir a falar com a NASA “para ver se há contribuições que eles possam dar”. Ainda assim, a ESA teria de dar conta de vários elementos que estariam a cargo da agência espacial russa.
Atualmente, o rover de nome Rosalind Franklin, em homenagem à pioneira britânica no entendimento do ADN, encontra-se em Turim, num espaço extremamente limpo, por forma a garantir que a missão não leva nada da Terra que possa contaminar Marte.