Durante a pandemia e o confinamento, várias foram as teorias sobre a eficácia e necessidade da utilização de máscaras. Por fim, o seu uso foi tornado obrigatório e passou a fazer parte do dia a dia da população em geral na vida fora de portas. Apesar das ordens emitidas pela DGS, muitas são as pessoas que se recusam a colocar a máscara, pondo em perigo a sua vida e a dos que a rodeiam. Alegam, por exemplo, ser um entrave à respiração.
A fim de quebrar esse estigma, a pediatra Megan Hall fez uma demonstração esclarecedora.
Demonstrações que salvam vidas
Depois de ver inúmeras publicações relacionadas com o impedimento respiratório associado às máscaras, Megan Hall fez uma publicação no seu Facebook a explicar e demonstrar o resultado, na respiração, aquando o uso de uma.
A médica mostrou, em 4 fotografias, a oscilação do nível de oxigénio no seu corpo, com as várias máscaras e sem nenhuma. A acompanhar as imagens, Megan dá conta das várias publicações que viu sobre a drástica diminuição de oxigénio e sobre as pessoas não conseguirem respirar, enquanto usam uma máscara.
Cada máscara foi usada durante 5 minutos e foi verificada a saturação de oxigénio (em percentagem) e o ritmo cardíaco de Megan (frequência cardíaca (FC) em batimentos por minuto), através de oximetria de pulso não invasiva. Pese o facto de antes da demonstração, Megan ter estado 5 horas com uma máscara cirúrgica.
- Sem máscara – 98% | FC 64
- Máscara cirúrgica – 98% | FC 68
- Máscara N95 – 99% | FC 69
- N95 e máscara cirúrgica (usadas pelos profissionais de saúde) – 99% | FC 69
Como se pode ver, não houve alteração significativa na saturação de oxigénio ou na frequência cardíaca de Megan. Assim, é possível respirar usando uma máscara, uma vez que o ar circula de forma normal.
Atenção à (des)informação!
Esta sensação de falta de ar relacionada com a máscara surge pelo desconforto associado, mas também pelas informações que vão surgindo e confundindo a população. Isto, porque justificam uma sensação errada e levam a que as pessoas esqueçam a máscara e se ponham em perigo. Por isso, é importante que se perceba que usar máscara é necessário e que, de facto protege, sem prejudicar o indivíduo.
Num artigo publicado no USA Today, no dia 1 de junho, é dado como garantido que o uso de máscara não prejudica o corpo, de alguma forma. Assim, não causa hipoxia, diminuição da concentração de oxigénio no sangue e nos tecidos, hipoxemia, diminuição do oxigénio no sangue, nem hipercapnia, excesso de dióxido de carbono no sangue.
Megan Hall informa que um vírus precisa de um canal para se espalhar e o canal da COVID-19 são as gotículas respiratórias. Por isso, usando corretamente uma máscara, não há como essas gotículas passarem facilmente por ela.
Além disso, e quebrando rumores, apela a que toda a gente se proteja, usando máscara.