Lituânia tem solução para as beatas dos cigarros: aproveitá-las para biodiesel
Cientistas lituanos encontraram um método criativo para reaproveitar beatas de cigarros descartadas, usando-as para produzir biodiesel.
À medida que o mundo explora alternativas mais ecológicas aos combustíveis fósseis, cientistas da Lituânia encontraram uma nova solução com potencial para reduzir significativamente as despesas de produção e mitigar a pegada ambiental do biodiesel.
Investigadores da Faculdade de Engenharia Mecânica e Design da Universidade de Tecnologia de Kaunas (KTU), liderados pelo investigador Samy Yousef, descobriram que a triacetina, um composto crucial para a produção de biodiesel, é abundante em filtros de cigarros.
Por via de uma série de experiências com pirólise, um processo de decomposição térmica conduzido a temperaturas variadas, os cientistas extraíram com sucesso componentes valiosos de beatas de cigarros. O óleo resultante, rico em triacetina, é uma solução sustentável para a produção de biodiesel.
Após uma série de testes, os cientistas identificaram que a extração ideal do composto de triacetina (43%) ocorreu a 750 °C. Os componentes resultantes foram estimados em 38% de petróleo, 25,7% de carvão e 36,4% de gás.
Além de ser uma solução para o impacto ambiental das beatas de cigarros, também reaproveita os seus subprodutos para aplicações como fertilizantes, tratamento de águas residuais e armazenamento de energia.
Tendo em conta o colossal consumo global de mais de 6,5 biliões de cigarros, anualmente, a WION informou que o volume de resíduos que deles provém representa um desafio, mas também uma oportunidade.
Apesar de o foco ser, para já, a incorporação deste avanço nos sistemas de economia circular, os investigadores querem ir mais além, trabalhando para uma maior utilização dos resíduos de cigarros.
Aliás, segundo Samy Yousef, a equipa está comprometida em explorar outras possibilidades, visando mitigar o desperdício.
Isto é tudo muito giro, a economia circular é muito interessante para evitar desperdícios, usar beatas para produzir biodiesel é uma ideia muito gira.
O que não se pense é que isso resolve alguma coisa para a produção de combustíveis verdes para substituir os de origem fóssil.
Parece a distração que foi criada com o voo transatlântico feito com óleo alimentar. Era preciso um gigantesco sistema de recolha e todo o óleo de um ano não dava para alimentar os aviões durante um dia. Para não falar no preço, claro.
Isso até tem um nome: “Greenwashing”.
Teoricamente é possível converter beatas em diamantes. É só mexer na estrutura atómica dos protões e electrões. Só que fica tão caro e gasta tanta energia que os diamantes não chegavam para pagar. Com o biodiesel é igual.
Portugal 1º passo COIMA