Este hábito que parece simples pode aumentar o risco de insónia
Os smartphones estão verdadeiramente impregnados no dia a dia das pessoas, dos mais novos aos mais velhos. De facto, há quem não adormeça sem antes passar por uma série de aplicações... Um novo estudo reforça que levar o smartphone para a cama pode aumentar o risco de insónia.
O sono é fundamental para a nossa saúde mental e física, mas muitos não dormem o suficiente. Ao mesmo tempo, um número crescente de pessoas está habituado a utilizar ecrãs na cama, o que pode estar associado a um sono de má qualidade, segundo afirmou um grupo de cientistas.
Foi para sustentá-lo que o grupo inquiriu jovens adultos noruegueses, descobrindo que a utilização de ecrãs na cama está fortemente associada a sintomas de insónia e a uma menor duração do sono.
Isto dever-se-á, segundo a equipa, ao facto de o tempo de utilização dos ecrãs desviar o sono, ocupando o tempo em que as pessoas estariam a descansar.
Os cientistas descobriram que a utilização de um ecrã na cama aumenta, de facto, o risco de insónia e reduz o tempo de sono.
Segundo Gunnhild Johnsen Hjetland, do Instituto Norueguês de Saúde Pública e principal autora do artigo na Frontiers in Psychiatry, "o tipo de atividade no ecrã não parece ser tão importante como o tempo total passado a utilizar ecrãs na cama".
Não encontrámos diferenças significativas entre as redes sociais e outras atividades com ecrãs, o que sugere que a utilização de ecrãs é o principal fator de perturbação do sono, provavelmente devido à deslocação do tempo, em que a utilização de ecrãs atrasa o sono ao ocupar o tempo que, de outra forma, seria gasto a descansar.
A equipa escreveu, numa publicação sobre o estudo, que a utilização de ecrãs tem impacto no sono de quatro formas:
- As notificações perturbam o sono;
- O tempo de utilização dos ecrãs substitui o tempo de sono;
- As atividades dos ecrãs mantêm-nos acordados;
- Demoramos mais tempo a adormecer ou a exposição à luz atrasa os ritmos circadianos.
Citando Hjetland, "os problemas de sono são muito frequentes entre os estudantes e têm implicações significativas para a saúde mental, o desempenho académico e o bem-estar geral, mas os estudos anteriores centraram-se principalmente nos adolescentes".
Por isso, tendo em conta a utilização generalizada de ecrãs na cama, o objetivo da equipa passou por explorar a relação entre as diferentes atividades com ecrãs e os padrões de sono.
Para investigar, os cientistas utilizaram um inquérito de 2022 sobre saúde e bem-estar dos estudantes, um estudo nacionalmente representativo dos estudantes noruegueses.
Os 45.202 participantes frequentavam o ensino superior a tempo inteiro, e tinham idades compreendidas entre os 18 e os 28 anos.
Redes sociais não foram tão relevantes para a insónia quanto esperado
Os investigadores começaram por pedir aos participantes que dissessem se utilizavam ecrãs depois de se deitarem e durante quanto tempo.
Em seguida, pediram-lhes que identificassem as atividades que escolhiam:
- Ver programas ou filmes;
- Jogar;
- Redes sociais;
- Navegar na Internet;
- Ouvir áudio, como podcasts;
- Ler conteúdos relacionados com os seus estudos.
Além disso, foi-lhes pedido que indicassem a sua hora de deitar e levantar, bem como o tempo que demoravam a adormecer, a frequência com que tinham dificuldade em adormecer ou permanecer a dormir, a frequência com que se sentiam sonolentos durante o dia e a duração dos problemas de sono.
A insónia, especificamente, foi definida como problemas de sono e sonolência diurna pelo menos três vezes por semana durante pelo menos três meses.
Depois disso, os cientistas classificaram as respostas em três categorias:
- Os participantes afirmaram utilizar apenas as redes sociais;
- Os participantes não mencionaram as redes sociais;
- Os participantes selecionaram várias atividades, incluindo as redes sociais.
Os cientistas descobriram que o aumento do tempo de ecrã após a hora de deitar em uma hora aumentou as probabilidades de sintomas de insónia em 59% e reduziu a duração do sono em 24 minutos.
No entanto, a utilização das redes sociais não foi mais prejudicial do que outras atividades no ecrã.
Esperávamos que a utilização das redes sociais pudesse estar mais fortemente associada a um sono mais pobre, dada a sua natureza interativa e o seu potencial de estimulação emocional.
Disse Hjetland, cuja equipa percebeu que não houve uma interação significativa entre o tempo passado a utilizar um ecrã e a escolha da atividade, sugerindo, na perspetiva da equipa, que a atividade em si não afetou a quantidade de tempo que as pessoas ficaram acordadas.
Isto indica que os ecrãs reduzem o tempo de sono, porque desviam o descanso e não porque aumentam a vigília: seria de esperar que atividades diferentes afetassem a vigília de forma diferente.
Escreveram, na publicação.
Apesar das limitações do estudo, como concentrar-se apenas em jovens adultos noruegueses e não incluir avaliações fisiológicas, Hjetland deixou recomendações:
Se tem dificuldades em dormir e suspeita que o tempo de utilização dos ecrãs pode ser um fator, tente reduzir a utilização dos ecrãs na cama, parando idealmente pelo menos 30 a 60 minutos antes de dormir.
Se utilizar ecrãs, considere desativar as notificações para minimizar as interrupções durante a noite.
Aproveito o post para pedir uma dica. Sofro bastante de insônias e estou constantemente a acordar durante a noite, alguém têm alguma dica que me ajude a dormir melhor???? Acordo todos os dias super cansado e cheio de sono embora supostamente durma 8horas…. Já tentei gomas de melatonina mas ainda faz pior, acordo ainda mais vezes e sem sono, enquanto sem as gomas pelo menos volto a dormir.
Trabalhar no duro, ficas cansado, e dormes de certeza.
Trabalhar no duro dá cabo do planeta ainda mais depressa, trabalhar menos e inteligentemente é que vamos longe e depois nem será preciso trabalhar e salvamos o planeta, O 36.71Hz precisa é de tecnicas de relaxamento mas só depois de ir ao médico e ouvir a análise de um profissional.
Talvez seja prudente fazer um consulta de medicina do sono.
-Não jantar muito perto da hora de ir dormir.
-deitar sempre à mesma hora.
-fazer refeições sempre à mesma hora.
-refeição ao jantar leve.
-dar um passeio fora de casa após o jantar.
-abrir as persianas para ver a noite
Deixar de beber café se for o caso
O dia tem várias componentes:
dormir + comer + trabalhar + descansar
Para melhorar o sono, passa por melhorar também as outras. Ou seja, a alimentação, as atividades, e o relaxar.
Sujestões:
– Deitar mais cedo, às 22h
– Mudar a dieta (cortar no sal, doces e hidratos de carbono ao jantar, comer sopa todos os dias, e mais legumes)
– Ir ao nutricionista
– Fazer exercício
– Beber chá
A minha mulher andou muito mal uns meses que nao conseguia dormir. Foi ao centro de saude e o medico deu-lhe medicamentos fortes para dormir, um deles que causa dependencia. Comecou a dormir toda a noite, aos poucos foi fazendo o desmame. Actualmente dorme bem sem comprimidos. Foi uma fase, não sei. Não temos justificação.
Não se preocupem que o Musk agora vai fazer smartphones tesla. Quanto toca o alarme explode. LOL
Obrigado a todos pelas dicas <3