Astrónomos descobriram dois novos planetas errantes na nossa galáxia
Astrónomos polacos acabaram de descobrir dois novos planetas na nossa galáxia. Pode ser uma notícia muito interessante só por si, mas estes planetas são diferentes da maioria.
Ao contrário de quase todos os planetas conhecidos, estes dois astros não orbitam uma estrela. Em vez disso, eles vagueiam sem rumo através do vazio frio e morto do espaço - e presumivelmente passam o tempo numa rota angustiante.
Planetas solitários que não dependem de estrelas
Com a moderna tecnologia, com um vasto conjunto de dados recolhidos ao longo de décadas de exploração espacial, é muito natural que todos os dias os astrónomos consigam descobrir novos planetas e outros objetos celestes.
Há planetas que flutuam livremente, mas esses são mais difíceis de detetar do que aqueles que orbitam estrelas. Muitas descobertas planetárias acontecem quando um astrónomo olha para o céu e diz "ei, o que é aquilo que está a passar pela frente daquela estrela?". Contudo, neste caso, não foi nada disso que se passou!
Longe suficiente para ser difícil de catalogar
Para identificar estes dois novos astros errantes, os astrónomos da Universidade de Varsóvia usaram uma técnica chamada Microlente gravitacional.
Contudo, como a evidência destes dois planetas ainda é circunstancial, os cientistas não sabem ao certo qual o seu tamanho. Dependendo da distância a que se encontram, um deles poderia ter entre 2 a 20 vezes a massa de Júpiter, e o outro pode ter de 2,3 a 23 vezes mais massa que a Terra.
Serão habitáveis?
A esta altura e com base no pouco que se sabe, não é uma resposta fácil de responder, contudo, não é possível descartar a possibilidade de serem habitáveis.
Agora, sabemos que nós humanos, assim como uma espécie que partilhe alguns fatores de vida, tal como a conhecemos, sem a luz e o calor de uma estrela próxima, não consegue viver.
Os cientistas referem que poderá haver mais astros destes solitários do que estrelas na nossa galáxia, e que o futuro nos proporcionará um manancial de descobertas fascinantes. Com o incremento das tecnologias e dos instrumentos de pesquisa, em breve deveremos ouvir falar em muitas outras novidades deste calibre.
Este artigo tem mais de um ano
Em 2006, com toda a pompa e circunstância e depois de um acalorado debate, a Assembleia Geral da UAI – Union Astronomique Internationale ( agora que o Reino Unido está em vias de “Brexit”, prefiro denominações internacionais na língua de Victor Hugo e Voltaire ), decidiu, despromover Plutão para a segunda divisão dos planetas com a doutrina do “Almeida varredor” ( uma canção de Fausto Bordalo Dias), isto para espanto e horror e de muito gente sobretudo aqueles que cresceram a adorar o simpático personagem Pluto criado em 1930 pela Walt Disney, ao exigirem (?) que, para serem considerados planetas, tivessem de cumprir, cumulativamente, esta lei:
a) estar em órbita em torno do Sol;
(b) possuirem massa suficiente para que sua própria gravidade superem as forças de corpo rígido, de modo que adquirirem uma forma de equilíbrio hidroestático (próxima à forma esférica)
e, não bastando, acrescentaram mais uma alínea, plasmando então a tal doutrina do “Almeida varredor”;
(c) tenha dominância em sua órbita, varrendo os corpos na proximidade
Como o cão e fiel amigo Pluto não só obedecia ao dono como nunca aprendera a varrer, azar o dele. Por outro lado, muito injustamente, a nenhum planeta deram o nome de Almeida.
Tudo se passava como se fosse tal norma fosse uma “fattispecie” do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado sujeita ao espartilho legal e constitucional do princípio da legalidade, aprovada numa espécie de assembleia para-lamentar de deputados onde uns mandavam e-mails às queridas ou jogavam paciências, outras pintavam as unhas, outros dominavam o dom da ubiquidade estando formalmente presentes mesmo que estivessem no espaço exterior em afazeres de Vénus, outros mais na retaguarda, definitivamente na Lua.
Se dúvidas subsistissem sobre o aspecto provisório e sempre refutável da ciência, decidiu quem pôde e obedeceu quem deve ( os planetas). É que, se a ciência já abandonou o sua escola positivista, o Direito balanceia entre o Direito natural e o positivismo, um “mix” tipo café com leite.
Eis senão quando se descobriu se que afinal havia milhentos exoplanetas fora do sistema solar, logo, em violação da alínea a) da referida lei. Chamem as autoridades para autuar os milhentos faltosos e enviem os autos por e-mail a velocidade próxima da luz para não prescreverem, e detenção física se for necessá
No Brasil existe uma dupla de comediantes, o Casseta & Planeta.
Confesso que têm muito menos graça do que a UAI ( ai, ai se têm!)
Não bastavam os exoplanetas, eis agora que o Pplware nos dá a conhecer em primeira mão ( chapeau !) que enquanto Trump e Putin andam entretidos com a nova guerra fria, cientistas polacos descortinaram dois supostos planetasque não orbitam uma estrela antes vagueiam “sem rumo através do vazio frio e morto do espaço – e presumivelmente passam o tempo numa rota angustiante” . Por uns momentos pensava que estava a ler o guião dos monstros do gelo da série “Game of Thrones”, mas não, confesso que o Pplware me fez comover e derramar um furtiva lágrima, tão furtiva como o Planeta X que tarda em ser descoberto e no nosso sistema solar, “pero que lo hay, lo hay”.
E tal lágrima – dêem-me um tempo para puxar de lenço ( de papel que a carteira não está para modas ) – não foi pelo desespero e angústia dos planetas a monte e sem rumo, que também não cumprem a alínea a) e possivelmente nem a b) e/ou a c). Foi pela Ciência que nos últimos tempos tem derivado entre especulações sobre naves de espionagem alienígena para agora ver os planetas a escaparem à sua sábia jurisdição.
Isto sem falar nas realidades humanas que a ciência actual, tendo abandonado o tal refutado positivismo para se fixar num realismo materialista, não consegue boa convivência ou pura e simplesmente as despreza. Refiro-me, a título de exemplo, poderes telepáticos, o poder da oração, a capacidade do humano por sonhos ou pensamentos prever um acontecimento aparentemente improvável mas que, para estupefacção do próprio, vem a acontecer de facto, ou o estudado fenómeno constatado por amostragem estatística de pessoas que, de costas voltadas, pressentem que estão a ser miradas pelo olhar fixo de alguém, acabando por, num reflexo voluntário e imediato, a voltarem-se para ir de encontro ao olhar que as fixava, para além de demais fenómenos humanos. Creio que muitos de nós, senão todos, já alguma vez nas nossas vidas experimentámos um ou mais destes fenómenos de forma a poder testemunhar que há mais vida para além da matéria e para além daquilo que a ciência não quer ou não pode conhecer.
Com esta última tirada, já sei que vou levar pancada da grossa por um esquadrão de guardiães “ex-officio” dos manuais de ciência, mas podem tirar desde já os cavalinhos da chuva, tomem já de barato, eu sou um idiota que apenas sabe o suficiente para poder dizer que nada sabe e, assim, estamos conversados e vamos dar-nos bem.
Façam de conta que eu sou apenas um novo “smartphone” com poucos núcleos e menos gigas de ram entre os tantos que aqui gravitam ou um desses planetas que deambulam angustiados e sem rumo no frio distante.
E nisto já se foi outro lenço para secar as lágrimas.
Excelente texto, pleno de ironia e sarcasmo. Bem escrito, ainda por cima. Um prazer, ler.
Dos melhores comentários até hoje no pplware.
Deviam de contratar pessoas assim para o ppware.
Tenho que lhe tirar o chapéu
Excelente! Melhor que o artigo, ja de si interessante.
Boa tarde, desde ja uma boa analise mas como todos erramos tens ai algumas coisas que devias rever.
a) sao considerados planetas nao em orbita do sol mas em orbita de estrela ou conjunto de estrelas. Nada de especial.
Agora que ha mais vida alem da materia A MEU VER pelo facto da ciencia n saber explicar ou nao perceberem o que as equaçoes nos dizem nao quer dizer que nao va haver explicaçao para esses factos que mencionaste o que ia tornar essa vida para alem da materia.
Podes afirmar que a ciencia nunca vai puder ou querer perceber mas essa afirmaçao corta logo as bases da ciencia. Ela foi criada para perceber os macanismos da natureza, para alem disso é religiao que afirma algo e tens de ter fe (acreditar cegamente) no que nos dizem.
Ainda temos muito que evoluir e aprender e objetivo da nossa ciencia (fisica, matematica, biologia, etc) e compreender e ter controle sobre a natureza.
Precisamos de ideias, se calhar extremas, para testar-mos e descubrirmos as surpresas da natureza que e muito mais criativa que a menta humana (meu ponto de vista :p)
Gostava era de saber se ha “vida” nesses planetas caso seja possivel, vida como a gente a conhece.
Espero nao ter ofencido e desculpem o desabafo.
Tenham bom dia
George está correcto nesse ponto, segundo a definição da IAU, um planeta órbita obrigatoriamente o sol. Se for um planeta extra-solar, então, segundo a IAU, não é um planeta, mas sim um exoplaneta.
Tens razao, devia ter confirmado os meus conhecimentos na materia 1o.
Pesso desculpa George
A IAU não decidiu despromover Plutão. E este tipo de discussão não é novo. Ceres passou pelo mesmo. Ceres, descoberto em 1801, também orbita o Sol, e também atingiu equilíbrio hidrostático. O problema foi que descobriu-se outro objeto na mesma zona em 1802 (nessa altura Herschel lançou a sugestão de chamar estes objetos asteroides). Em 1807 mais outros dois outros objetos foram descobertos, em 1845 foi descoberto outro, e a partir daí o numero começou a crescer tanto que na década de 1850 estes foram retirados da lista de planetas e eventualmente atribuído a categoria de asteroides. O mesmo se passou com Pluto, quando se começou a descobrir na década 1990 objetos na mesma zona e, mais tarde, a descoberta de Eris e Sedna. Nessa altura a IAU decidiu acabar com a ambiguidade da palavra planeta e atribuiu-lhe uma definição precisa, porque até à atura esta não tinha uma definição cientifica, era um termo geral. Houve várias propostas, e criticas (aliás, ainda continua a existir), mas em 24 de agosto de 2006 a IAU publicou a sua definição final que define os seguintes termos: planeta, planeta anão e corpos pequenos do sistema solar. Isto é uma definição, não é uma lei, nem nada foi refutado no processo.
Correto, os exoplanetas, segundo a definição não são planetas. Lamento, mas a primeira deteção confirmada de um exoplaneta foi 14 anos antes da definição do termo planeta, em 1992, e em 2006 já se tinham descoberto mais de 80 exoplanetas. Logo a tua afirmação que a IAU era ignorante à possibilidade da existência destes é uma mentira, porque na altura essa possibilidade já tinha sido prevista faz muito tempo, bem como já tinha sido demonstrada dezenas de vezes. E o mesmo se diz dos planetas errantes, este já tinham sido previsto faz muito tempo devido às interações entre os exoplanetas durante a formação de um sistema planetário, bem como na altura já existia candidatos de planetas errantes. E demonstra bem que não estás dentro do assunto. Aliás, os dois pontos que mencionaste foi precisamente umas das maiores criticas entre os astrónomos, eu incluído, à definição da palavra planeta.
Gostei, principalmente a ordem cronológica 🙂 ta visto que tas destro do assunto e esclarecedor
E obrigado pela correcao hehe
kkk. Enfim, alguém se pronuncia aliando conhecimento com humor. Teu post, a mim, chega como uma brisa fresca em paisagem desértica, nestas paragens cheias de pseudo-sábios atrabiliários. O toque de humildade é muito bem-vindo e expressa, a meu ver, um grau de sabedoria de quem não se preocupa em nada a ninguém provar. um respeitoso abraço, meu irmão em cristo.
Claro que os religiosos muito gostam de equivocar a palavra humilde. Ora eu que penso que sou insignificante, temporário, que o universo existiu bem antes de mim e que não se vai lembrar de mim por muito tempo, sou arrogante. O cristão que afirma que nós somos a razão pela qual o universo existe, é humilde. Se o que tu disseste não é um projeção, então não sei o que é.
E mais uma coisa, estás correto quando afirmar que todo o conhecimento na ciência é provisório. A única maneira de aumentar o nosso conhecimento é procurar erros neste e corrigir-los se possível, ou então descartar-los. Tu nunca estiveste envolvido em qualquer tipo de investigação cientifica, portanto não sabes como é brutal o processo de revisão de pares. Algo na ciência é aceite após um escrutínio enorme por parte dos nossos pares, e mesmo depois disso este é aceite tentativamente (isto é, temos que estar preparados para rejeitar este em caso de ser demonstrado que afinal é falso). Não só isso, mas quando um cientista é demonstrado que está a ser desonesto, isto conta para a sua reputação de forma negativa. Olha para as teorias da relatividade, estas foram aceites como teorias pela comunidade cientifica mais de 15 anos após a sua publicação, e durante esse tempo a comunidade cientifica atirou tudo a ela na tentativa de a falsificar. Mas se o nosso conhecimento não fosse provisório, significaria que sabias a verdade absoluta, estando o nosso conhecimento completo. Ora, como já te disse, a verdade absoluta apenas existe no reino da fantasia. Tudo que o ser humano tem capacidade para perceber irá conter sempre um grau de erro. Não sabemos tudo sobre o quer que seja, e aquilo que sabemos não o sabemos com precisão absoluta, nem conhecemos todos os detalhes. Homens honestos admitem isso.
Eu como alguém que acredita que a vida e o universo não é fruto de um acaso ou um milagre, mas tem uma causa. Acredito que a ciência vai no limite conhecer todas as condições para o surgimento da vida e do universo, mas nunca a causa, essa estará para além da ciência, como está , acredito eu, para além do tempo e do espaço.
Infelizmente para ti, todo o nosso conhecimento sobre o aparecimento da vida no nosso planeta, aponta para um processo natural, em que nenhuma lei da natureza foi violada. Portanto, fruto de um acaso.
Nem muito podes dizer que o universo precisou de uma causa para começar a existir, pois, segundo o teu livro que adoras, o universo foi criado ex nihilo. A noção aristotélica da causalidade apenas faria sentido se o universo fosse criado ex materia. Ora como não tens nenhum exemplo de uma criação ex nihilo para determinar se esta precisa ou não de uma causa, não podes afirmar que tal é necessário, se não estás a usar uma falácia de equivocação. Isto para não falar que nem sequer sabemos se o universo teve ou não um inicio. O Big Bang não representa obrigatoriamente o inicio deste, mas apenas uma mudança de estado. Nós colocamos a idade 0 do universo no momento do Big Bang, porque este representa o primeiro momento verificável que o universo começou a ser governado pelas leis da física como as conhecemos.
Parabéns, nunca me deu tanto prazer a ler um comentário.
Foi um prazer brutal ter lido este texto!
Carregado de verdade, ironia e uma pitada de humor!
Obrigado por este momento de leitura!
Corrigenda:
*necessário
algumas repetições, tempos e partículas desajustadas e errantes como os planetas ora descobertos ( ou não estivesse a falar de Física ). As minhas desculpas.
Definicão de planeta:
ASTRONOMIA: astro sem luz própria que gira em torno de uma estrela e reflete a sua luz.
Essa definição é muito ambígua. Se formos por esta definição, então os cometas, asteroides,… são planetas.
Leitura mais prazerosa nos comentários que o próprio artigo, desculpem Pplware 😉