Foxconn está a ser alvo de uma investigação por parte da China…
A Foxconn é uma empresa com sede em Taiwan e é a maior fabricante de computadores e de componentes eletrónicos do mundo. Segundo o jornal estatal Global Times, a empresa que fornece a Apple está a ser alvo de várias auditorias a diversas filiais do grupo.
Grupo Foxconn está a ser fiscalizado nas instalações de Guangdong e Jiangsu
De acordo com o jornal estatal, citado pela agência AFP, há (para já) duas filiais do Foxconn Technology Group na China que estão a ser alvo de uma auditoria fiscal. As instalações em causa situam-se nas províncias chinesas de Guangdong (sul) e Jiangsu (leste).
Segundo referiu a Foxconn em comunicado, "O cumprimento da lei é um princípio básico para o nosso grupo em todo o mundo". Foi ainda referido que o grupo está "a cooperar ativamente com as autoridades competentes para as operações em causa".
De referir que a Foxconn tem mais de um milhão de trabalhadores na China e várias fábricas e institutos de investigação. Daqui a dois meses e meio irão acontecer eleições presidenciais em Taiwan. Este é um território insular com uma população de 23 milhões de habitantes e que Pequim considera fazer parte da China.
Terry Gou, fundador da Foxconn, anunciou que ser iria candidatar às eleições presidenciais de Taiwan, como independente.
Este artigo tem mais de um ano
A fonte das notícias é o órgão de comunicação social chinês Global Times, em língua inglesa.
Na mesma notícia sobre as investigações a fábricas da Foxconn termina, usando a voz de um “especialisa”, para não ser uma declaração oficial:
“Como uma empresa líder de Taiwan a Foxconn alcançou lucros significativos e expandiu a sua presença no continente. O especialista observou que as empresas da ilha, incluindo a Foxconn, não devem beneficiar apenas de beneficiar de oportunidades de desenvolvimento e dividendos do continente, mas também assumir as responsabilidades sociais correspondentes. Eles devem contribuir ativamente relações pacíficas através do Estreito e desempenhar um papel ativo nos seu desenvolvimento contínuo”.
Isto tem relação com as eleições presidenciais em Taiwan em janeiro. Tem. Como estavam as sondagens em 8 de setembro segundo o NikkeiAsia:
“A pesquisa de opinião mostra Lai [do partido do Governo, que quer manter o status quo] à frente com 35,3%, enquanto o principal candidato da oposição do Kuomintang [favorável a uma maior aproximação com a China], Hou Yu-ih, está com 17,8%, o ex-prefeito de Câmara de Taipei Ko Wen-je com 17,1%. Terry Gou, o bilionário fundador segue com 11,6%.”
Sendo certo que a China não quer uma invasão militar se puder ocupar Taiwan sem dar um tiro, através de eleições com resultados favoráveis à integração, aumenta a intimidação dos eleitores. Se fossem eleitores de Taiwan, o que preferiam – resistir a uma operação militar em grande escala da China ou eleger um presidente mais favorável à integração? O que é facto é que o candidato do partido do governo continua destacado.
Continua o NikkeiAsia “Nas últimas semanas, a China proibiu as importações de manga de Taiwan, ameaçou voltar de um grande pacto comercial e enviou navios de guerra e aviões para perto da ilha. Os movimentos são vistos como uma tentativa de intimidar e influenciar os eleitores em Taiwan, que nunca foi governada pela China comunista”.
No comentário anterior:
… Terry Gou, o bilionário fundador – da Foxconn – segue com 11,6%.
Numa segunda volta, Gou está alinhado com Hou, do Kuomitang. Criticou recentemente o partido no poder, dizendo que as suas políticas “colocaram Taiwan em risco de guerra” com a China, que reivindica a democracia insular autónoma como parte do seu território. “Definitivamente não permitirei que Taiwan se torne a próxima Ucrânia”, acrescentou.
Se for Hou a ir à segunda volta, o resultado depende de em quem irão votar os eleitores do partido do ex-presidente da Câmara de Taipei Ko Wen-je, que está com 17,1% das intenções voto. Aí é que a China vai colocar tudo o que é barco de guerra e avião à volta de Taiwan para intimidar.
os suicidios têm vindo a diminuir, há que obter explicações