Pplware

Epic diz que a Apple não tem direitos sobre os frutos do seu trabalho

O processo judicial entre a Apple e a Epic só ficará decidido em meados de maio de 2021. Mas os conflitos entre as duas empresas mantém-se firme e constante.

Na passada sexta-feita, a criadora de jogos ripostou com um novo processo contra a marca da maçã. Segundo a Epic, as suas ações estão longe da tortura aplicada pela Apple. Para além disso, a Epic afirma que a empresa de Cupertino não tem direitos sobre os frutos do trabalho da criadora de jogos.


Como começou o conflito entre a Apple e a Epic Games

De modo a contextualizar quem ainda não entendeu o que se passa entre estas duas empresas, aqui fica um breve resumo.

A Apple e a Google aplicam uma taxa de 30% nas transações realizadas nas suas lojas de aplicações, AppStore e Google Play. No entanto, alguns programadores, criadores de conteúdo e até mesmo consumidores consideram esta percentagem excessiva, abusiva e ainda anticompetitiva.

Então, de forma a passar por  cima desta taxa, a Epic Games deu a oportunidade aos jogadores de pagarem diretamente a si, no popular jogo Fortnite. Como seria de esperar, nem a Apple nem a Google gostaram da ideia e, como consequência, baniram o jogo das suas lojas de apps.

Na tentativa de reverter a decisão da Apple, a Epic recorreu ao tribunal que lhe deu parte da razão, mas manteve o jogo banido da App Store. Por sua vez, a Apple removeu a conta da Epic Games da sua loja de apps.

A empresa de Cupertino levou ainda a criadora de jogos a tribunal por quebra de contrato, dizendo que a Epic desrespeitou os seus compromissos contratuais e as suas condutas desadequadas causou danos significativos à Apple. A marca de Cupertino considera que as suas ações foram realizadas de boa fé de forma a promover os interesses comerciais legítimos, com o objetivo de promover, encorajar e até aumentar a concorrência.

Para já este processo ficará pendente e a decisão a será conhecida apenas em maio de 2021.

Epic Games diz que a Apple não tem direito sobre os frutos do seu trabalho

Nesta sexta-feira, a Epic Games voltou ao ataque, Num novo processo adiantou que a Apple não tem que ter direito sobre o fruto do trabalho da criadora de jogos. Segundo a Epic, as suas ações:

[…] estão muito longe da conduta tortuosa – mesmo supostamente criminosa – que a oposição da Apple descreve. De forma simplificada, a Epic não “roubou” nada que pertencesse à Apple.

A criadora defende que não poderia “roubar” as receitas das vendas dos seus próprios esforços criativos. Para além disso, diz que não “interferiu em qualquer potencial vantagem económica que a Apple poderia obter dos utilizadores do Fortnite, separados e à parte de seu interesse no Fortnite“.

No processo, a Epic continua a diz que:

As repetidas afirmações de roubo da Apple resumem-se à afirmação extraordinária de que a angariação de pagamentos da Epic pelos jogadores do jogo da Epic para apreciar o trabalho dos artistas, designers e engenheiros da Epic é a obtenção de algo que pertence à Apple.

Na opinião da juíza Yvonne Gonzalez Rogers, o caso deveria ser avaliado por um júri. Isto porque, segundo Rogers, é importante para saber o que realmente as pessoas pensam sobre o assunto.

Até ao momento a Apple não emitiu qualquer esclarecimento sobre a situação.

Exit mobile version