Apple quer que o iPhone seja o “cartão de cidadão” e possa até substituir o passaporte
Não há ninguém nem nenhum sistema que nos conheça melhor do que o nosso smartphone. Ele sabe as nossas rotinas, sabe praticamente tudo sobre a nossa vida social, familiar e até bancária.
Dada a importância que hoje um smartphone tem na vida do utilizador, a Apple considera a possibilidade de usar o iPhone como uma forma de identificação do utilizador, com um sistema de armazenamento seguro onboard recorrendo a RFID potenciando o uso deste equipamento como alternativa ao passaporte dos viajantes.
E se o seu iPhone fosse o seu passaporte?
Um departamento de marcas e patentes dos Estados Unidos publicou no passado dia 30 de julho o pedido de patente para "Importação de documento em elemento seguro". O pedido descreve o sistema que permite importar dados de credenciais de uma fonte. As mesmas credenciais poderiam ser fornecidas a uma autoridade que contestasse a identidade do proprietário do dispositivo como uma forma de prova.
O dispositivo eletrónico descrito possui um rádio de curto alcance, como por exemplo RFID ou NFC, e um elemento seguro para armazenar dados, bem como a capacidade de processar dados. Usando o RFID, o dispositivo adquire uma "parte das informações de credenciais" de um documento de identificação emitido por uma autoridade, como um cartão de cidadão ou um cartão de identificação associado.
Solicitar ao iPhone que identifique o utilizador
Uma vez adquirido, o dispositivo emite uma solicitação baseada em rádio para a autoridade emissora, acionando a autoridade para solicitar a parte necessária da credencial. Uma vez entregue e depois de aprovado pela autoridade, o dispositivo armazena as credenciais adquiridas num elemento seguro.
Em futuras solicitações de identificação, o dispositivo será pedido pelas autoridades para mostrar as credenciais executando uma verificação de autenticação do utilizador. Embora isso possa ser tão simples quanto marcar uma palavra passe, há também uma versão que usa segurança biométrica para a autenticação baseada no dispositivo.
Em ambos os casos, a autenticação bem-sucedida no dispositivo entregaria os dados para a parte solicitante.
e-Passports estarão na mira das autoridades?
O pedido de patente também cita o uso crescente de e-Passports, que inclui um chip que armazena uma variedade de dados relacionados com o utilizador, incluindo o seu nome e data de nascimento, que pode ser usado por funcionários aduaneiros para determinar se o utilizador de facto é quem diz ser.
A Apple sugere que o sistema descrito poderia potencialmente entregar um número de passaporte ou outros dados semelhantes, para realizar a mesma verificação.
Enquanto na maioria dos casos o pedido de patente sugere o uso de hardware ainda não produzido, neste caso os componentes já estão prontos e em uso, na forma do iPhone. Ele já tem comunicações baseadas em rádio com NFC, uma chave segura criptografada que armazena dados de impressões digitais e faciais para identificação por Touch ID e Face ID, respectivamente, e os necessários sistemas de autenticação baseados em biometria.
Tal sistema poderia ser usado por empresas privadas, por exemplo, na autenticação de funcionários que entram numa instalação. Já na questão de ser usado o iPhone para "substituir" o passaporte, em termos técnicos está tudo praticamente pronto, mas tal avanço deve esbarrar na legislação, que se pode tornar num obstáculo.
Apple tem submetido muitas novas patentes
Este sistema de substituição do passaporte teria obrigatoriamente de contar com as autoridades de cada país para validar o smartphone, com todos os seus recursos funcionais, tal como hoje é exigido com o passaporte em papel.
Tem havido um grande número de patentes Apple a entrarem no departamento de patentes dos Estados Unidos, contudo, não é certo que estas patentes se tornem, pelo menos para já, num produto comercial. Pese o facto da empresa ter já muito hardware proprietário, há ainda muito trabalho de adoção das ideias e projetos por parte de entidades. Por exemplo, o Apple Pay é um serviço que foi apresentado em 2014 e ainda não chegou a Portugal.
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Este artigo tem mais de um ano
Eu também queria 100 mil EUR na minha conta…
Sou utilizador Iphone e não quero esta coisa… em termos de privacidade, acho abusivo este tipo de dados ficarem num smartphone, com comunicação à base de dados Icloud
Qualquer dia há um ataque qualquer aos servidores da Apple e ficam os dados expostos a terceiros.
Prefiro o meu cartão de plástico…
Se não comprares um iphone ou produto apple de cada vez que sair um novo modelo, e colocares na conta esse dinheiro que ias gastar, vais chegar aos 100 mil “rápido”. 🙂
Não tens copias do CC guardadas em lado nenhm? Nunca mandaste um email com uma copia do CC para algum tipo de instituicao?
ate podes ter copias, mas hoje em dia é punivel por lei dares uma copia a uma instituiçao..
é proibido pedirem, mas …
Proibido pedir mas não é proibido fornecer. São coisas distintas. O que não está claramente interdito na lei não é proibido
É proíbido pedir, mas não é proíbido fornecer. Mas só forneces se to pedirem, certo? Portanto, em algum momento da iteracção vai haver uma solicitação de algo, quanto mais não seja perguntarem se podem ficar com cópia do documento. O que já caiu na ilegalidade, mesmo havendo o consentimento posterior, que acaba por desfazer a ilegalidade, mas esta existiu préviamente..
Ja falta pouco tempo para que a única coisa que terás no bolso ser o Smartphone (apple ou qualquer outro)
Nao tarda o smartphone ira substituir tudo que andas no bolso desde a chave de casa, carro, cartoes bancários, documentos etc…
Não sabem o que inventar mais para dizer com mais dados pessoais. So um maluco vai na conversa
Os portugueses na Alemanha andam com problemas por causa do nosso cartão de cidadão, imagina-se se fosse com um telefone a substituir a identificação
Só na Alemanha? O que se passa?
O CC não tem data de emissão e há sistemas onde esse campo é de preenchimento obrigatório. Há emigrantes que conseguiram contornar o problema dizendo que a data de emissão é 5 anos antes de expirar, mas dependem da boa vontade de quem atende.
Pedido das entidades alemãs?
Não admira, há muitas instituições públicas que erradamente pedem a data de emissão, quando tal não consta no cc. É que nem todos são emitidos 5 anos antes, a maioria sim, mas tive um com 6 anos de validade!!!!! E agora até passam para 10 anos!!!!!
Se tiveres o leitor de cartões consegues ver a data de emissão. Só não vê quem não quer.
A questão que se põe é que nem todas as pessoas com CC têm leitor de cartões. E se vais a uma repartição pública, grande parte das vezes não dispõem do dispositivo. Então, na Alemanha, que foi o caso recente que veio a público, menos ainda. Por fim, admitindo que todas essas condições estavam reunidas, ainda necessitavas de te lembrar do PIN. Ou então voltar mais tarde já a saber o PIN. E mesmo assim, passa sempre pela boa vontade do/a índio/a do outro lado do balcão.
Os países em questão é que estão atrasados no sentido tecnológico muitas vezes. Agora saber a data de emissão, que importância tem? O que interessa é a validade. Só arranjam problemas. Já vi vários documentos estrangeiros e nenhum tinha data de emissão. Burocracia é que não falta na Alemanha e afins.
Marco. Nunca tive problemas na Alemanha e nem na Suiça com o CC.
Há ditado popular que diz: “Não coloques os ovos todos no mesmo cesto.”
Não sei se na Apple leram o RGPD que entrou em vigor a 25 de Maio em toda a UE + 3 países (Liechtenstein, Islândia e Noruega), mas os dados sensíveis como são os biométricos, são proibidos de tratar por esta entidade externa (Apple), mesmo com o consentimento do titular dos dados!
Aconselho o departamento jurídico da Apple a ler o artigo 9º (sobre dados sensíveis) e a ler o artigo 44º que só permite transmitir dados para fora da UE, se a instituição respeitar o RGPD!!!!!
Resumindo, na UE nunca vai ver a luz do dia!
Podia também referir que mais a baixo hierarquicamente (legislação nacional), os dados do cartão de cidadão não são permitidos transmitir a entidades terceiras sem um motivo válido, mas nunca para substituir o estado que é a única entidade que legalmente emite o CC.
No caso dos dados biometricos, estes nunca saem do dispositivo, logo não existe nenhuma violação do RGPD.
Zé? Conheces o RGPD? Se o iphone vai ter dados biométricos que tem o passaporte ou cartão do cidadão, como é que não está a violar o RGPD?
Julgo que não está a violar o RGPD porque o telefone é assumido como um bem pessoal. Estaria a violar se esses dados estivessem na posse de qualquer outra pessoa ou entidade que não fosse o próprio.
Não tenha dúvidas que está Nuno. Ao transmitir os dados para outra entidade, quem vai transmitir esses dados é a Apple e de dados sensíveis que só o estado em princípio pode tratar. Uma coisa é o iphone guardar os seus dados pessoais incluindo sensíveis, outra coisa é a Apple transmitir esses dados para autenticação de uma pessoa. Isso pode crer que não é permitido na UE. É que se fosse permitido, bastava alguém que lhe roubasse o seu telemóvel, comprometesse a sua segurança e conseguia assumir a sua identidade.
Para ver o grau de complexidade da aplicação do RGPD, as seguradoras ainda estão a magicar como fazerem no caso de seguros de saúde que também tratam dados sensíveis e logo proibidos. Já para não falar no Segurnet que tem o histórico de qualquer carro que circule em Portugal!!!!!! Qualquer mediador de seguros ou funcionário de uma companhia, consegue saber o histórico de qualquer carro, em que companhias esteve, se já teve sinistros, quais os donos anteriores, etc………
Rui, os seus comentários são pertinentes e reais, em particular no que se refere às seguradoras e outras situações semelhantes. No entanto, em relação a um smartphone (seja IPhone ou outra coisa qualquer), e segundo depreendi do diagrama, não há propriamente transmissão de dados sensíveis para outra entidade, mas sim apenas validação de dados. Ora isso não implica o “envio” de dados sensíveis para terceiros. Se eu ponho o dedo num leitor de impressão digital que vai “perguntar” ao smartphone se sou mesmo eu, não implica qualquer comunicação de dados. Do ponto de vista do RGPD muito mais preocupante é o nosso “número único de identificação”. Na teoria… não existe tal coisa! Na prática é o nosso NIF!
Nuno? Nós não temos um número único de identificação, isso é proibido pela nossa constituição.
Voltando ao Apple, só o facto de ter dados nossos sensíveis já está a violar o RGPD. Repara, se a Apple quiser recolher dados pessoais do dono do telemóvel, a pessoa tem de dar o seu consentimento, mas no caso de dados sensíveis, o consentimento do titular dos dados não é suficiente e é aí que a Apple nunca vai ter possibilidade de cumprir o RGPD porque são dados que só o estado e as entidades públicas podem ter (cartão do cidadão). Não é por acaso que não é permitido a ninguém ficar com o cartão de cidadão, seja de que forma for. Quando muito só é possível tirar cópia do cc e trancar com 2 riscos paralelos com a explicação para que foi tirada a cópia, a data e o consentimento do titular dos dados, bem como assinatura do funcionário que fica com a cópia.
Outro pormenor, o RGPD visa precisamente os dados pessoais (e não das empresas que são públicos).
Se a pessoa colocar numa app do seu telemóvel, os dados biométricos, dados pessoais, impressões digitais da pessoa, pode fazê-lo, mas não invalida que a empresa que fez o telemóvel não tenha de cumprir o RGPD. Porque ele foi feito precisamente para o tratamento de dados pessoais, dos cidadãos oriundos da UE e seja qual for a empresa que trata os dados, americana, chinesa, europeia, …… tem de cumprir o regulamento.
O RGPD existe para proteger-nos e pode ter a certeza que este caso da Apple se o aplicarem na UE, sujeita-se a mais uma multa record!!!!
E deixe-me dar outra informação que julgo que é pertinente, o RGPD foi criado pela UE propositadamente para proteger o cidadão europeu da recolha em massa inadmissível de dados nossos por gigantes como precisamente a Apple, Google, Microsoft….
Se reparar, a Apple e outras empresas têem uma forma de escutar e seguir tudo o que faz cada dono de um telemóvel e isso não o preocupa? Consegue saber onde esteve, com quem esteve, o que comprou………..
É esse tipo de informação que o RGPD quer combater, para nosso bem repare, não é para nos prejudicar.
Rui,
Em primeiro lugar os dados biométricos não são guardados numa base de dados global mas sim no telemóvel, não se aplica a lei de dados porque tal como a informação do faceID não são transmitidas á Apple.
Em segundo lugar a cópia ou clonagem do Cartão de cidadão e outros documentos identificativos não é permitida por lei (em todos os países da Europa) logo se a Apple está a trabalhar nesta vertente, estará certamente em contacto com as respectivas autoridades e a se tornar realidade existiram certamente alterações á lei para reconhecer tal tecnologia assim como protocolos de certificação e de colaboração.
Estou à espera do dia em que a Apple vai pagar o ordenado de todos os que tem iPhone. Sinceramente, estes tipos julgam-se os donos do mundo…
Sem qualquer problema para mim…nunca tive,não tenho e não penso (atualmente!) algum dia vir a ser um “feliz proprietário” de um iPhone! Os documentos é na carteira…e nunca fui roubado!
+1. Não tenho, nem penso vir a optar pelo ecosistema APPLE, até porque como já referi noutro artigo, sou anti-APPLE pela filosofia da empresa. Portanto, esta ideia não me afeta. Mesmo que a ideia viesse de outro concorrente, de outro fabricante de smartphones / SO / ecosistemas. Não se ganha nada em ter tudo reunido num único elemento. É também um pouco o que se passa com o CC. A ideia inicial, de num único se reunir diversos documentos oficiais. Dá jeito. Mas quem pensou na solução esqueceu-se dos problemas que iria gerar, tanto que agora e desde à uns anos a esta parte, é proíbido ser pedido cópia do CC, pelos dados sensíveis que contém, a menos que o titular do documento consinta a cópia. Ou seja, a ideia inicial fica capada. Mas sem dúvida, resolve muita coisa, nomeadamente a facilidade da assinatura digital de documentos, etc.
Vamos ser obrigados a comprar um iPhone para estarmos registados como cidadãos de Portugal?
No dia de São Nunca À Tarde e que eu vou nessa. Para isso acontecer têm que me dar um e depois ponho o debaixo do pneu do carro 😛
A apple está a ficar sem ideias para novos dispositivos. Cheira-me que no próximo ano a valorização de um bilião vai começar a decrescer.
Qualquer dia só és cidadão com direito a votar se tiveres um equipamento da Apple… oh, espera… déjà vu.. The Circle (2017) 🙂
Não sabem do que falam. A Apple tem a maior base de dados de cartões de crédito do mundo, se não fosse pela privacidade levada á seria estava lixada. E já vem desde há muitos anos, com o iTunes.
Hoje é sexta? Pensei que as piadas eram só na sexta. 🙂
Vai ser o cartão de cidadão para quem tem € , mas tem de ser renovado com mais brevidade pois o iPhone não dura mais que 3 anos
O pessoal preocupado com ataques a servidores, mas usam todos os dias o homebanking, portal das finanças e montes de outros serviços sensíveis.
Há alguns anos atrás também não pensava substituir o meu cartão MB pelo smartphone. Pessoalmente já tenho a digitalização de todos os meus cartões e de Famila no 1password. Não é exactamente o mesmo, mas não anda longe.
Preocupados com o hacking, mas depois usam passwords inseguras.
PARA TUDO! Finalmente o NFC vai server para alguma coisa sem ser o Apple Pay, que não está implementado em Portugal. Enfim… já vamos começar a ver algumas id’s falsas por ai!
e quem não tem iphode?
?!?!?!
Acabou-se os remédios ou não te lembraste de os tomar ?
E a questão da privacidade vai ao ar? Enfim… confiem tudo num smartphone e depois admirem-se de as empresas saberem mais de voçês do que voçês mesmo…
Não mudem de “tabaco” NÃO!!!
Exercício: Mudem onde diz Apple e coloquem Microsoft, depois imaginem os comentários…
Esse pensamento por si só é muito triste.
esqueceu-se da medicação amigo. dá nisto.
o cartão de cidadão custa 15 euros entao o iphone vai custar o mesmo?
A ideia não é substituir um pelo outro. Mas sim poderes usar o smartphone como identificação, tal como axontece hoje por exemplo com o MB way.
A outra questão mais importante é que até ao momento não existe uma forma oficial de nos identificarmos na rede. A maioria continua a ver a net como um espaço anónimo. Mas no futuro tudo será regulado e existirão deveres e obrigações como no mundo cá fora. Essa de que na net fazemos tudo o que nos apetece sem qualquer impunidade acabará por desaperecer.
Anónimos uns para os outros, mas não para os estados que têem acesso ao histórico das operadoras!
A identificação online já existe à bastante tempo entre nós. Quem já fez concursos públicos, tem de utilizar um cartão de cidadão da pessoa que tem poderes para abrir um concurso público ou responder a um, para além de autenticar os documentos do Adobe Acrobat Reader por exemplo, com a colocação de assinatura digital em todos os documentos.
O que a Apple está a tentar fazer, já fazemos à alguns anos em Portugal, mas só com o cartão do cidadão (por exemplo matriculei online o meu filho com os CC da família (meu, do meu filho e da minha esposa). O que não é permitido é a Apple ter acesso a esses dados do cartão do cidadão. E espero que nunca o venham a permitir, porque não sei se as pessoas têem a noção do poder que estariam a colocar nesta empresa!!!!!
MB way é gerido pela SIBS, mesma entidade que gere a rede multibanco, basicamente é uma extensao a algo já existente.
Neste caso qual era a entidade responsável?
Depois de uma longa viagem, chegas ao controlo de Passaporte e dizem o seu passaporte é inválido e que nao podes entrar no pais.
Fazes o que? Ligas para o suporte da Apple?
A Apple já tem esses dados todos.
Na realidade várias entidades têm todos os nossos dados, sejam empresas virtuais ou tradicionais.
Já temos os certificados digitais que podem fazer mil uma coisas. Ainda há pouco tempo em tenerife foi-me emitido um documento com assinatura digital que permitia à minha filha sair do pais com terceiros.
Portanto, não estou a ver qual seria o problema, desde que a validação estivesse do nosso lado.
Nao sei de que forma seria feita a validação, mas se ficasse do nosso lado e o software/hardware fosse certificado, não vejo porque não.
Um carro tem cinzeiro.
Será que custa o mesmo que um cinzeiro?
Até me parece uma ideia bem interessante, fosse iPhone fosse outros, mas quanto menos cartões ou papelada tivermos na carteira, melhor.
Sem duvida que era interessante ter o passaporte, principalmente este elemento que em viagem tanto medo temos de perder e se o perdermos lá fora temos um bico de obra para resolver, em formato digital também. Não digo abolir já os documentos fisicos mas ter a possibilidade de os usar em formato digital era muito bom.
Há-de chegar o dia que a nossa carteira deixa de existir e passa a ser o telemóvel com tudo. Por cá já temos o MBWay que a pouco e pouco ja permite pagar em hipermercados, permite levantar dinheiro sem o cartão MB fisico, permite transferir, etc… Já temos de uma forma muito primata o cartão de cidadão associado ao telemóvel para se poder aceder a serviços online do estado e não só, sem termos que ir ”buscar à carteira” o cartão de cidadão… Venham os cartões digitais!
E se perderes ou te roubarem o TM? Ficas apeado, não?
Se tiver problemas com o passaporte e ficar retido na fronteira basta ligar para o apoio do cliente da Apple
Depende… Se considerarmos um sistema que tens o digital e o fisico, se perderes o telemovel tens o documento fisico, se considerarmos uma era mais segura na privacidade onde por exemplo o teu passaporte é totalmente digital e acedes a ele a partir de uma app desenhada pelos serviços do estado (que permitira naturalmente ficar depois guardado em modo offline), bastaria ires arranjar outro tel e por a app lá, ou num tablet/portatil poderes obter uma especie de 2a via certificada para impressão durante 24h.
Soluções há muitas e muito melhores que se perder um documento fisico lá fora, pois se cá precisas de dias para o obter imagina estares num país fora da europa e perderes o passaporte…
Se preferes ou te roubarem o passaporte ficas apeado, não??
Fico, mas habitualmente o passaporte fica no hotel. O tm não.
GM, onde viste que o tlm substitui o passaporte?
Deixas o passaporte no hotel, levas o tlm para te identificar e se perderes ou te roubarem o tlm o passaporte segue seguro no hotel.
Já agora, sabes que se estiveres num país estrangeiro que não Europa, és obrigado a ter sempre o passaporte contigo e não no hotel ?
Até acho que não é novidade nenhuma!! Afinal de contas a CMD (chave móvel digital) não sendo tecnologicamente a mesma coisa… dá quase o mesmo efeito!
como opção acho o máximo, tal como qualquer outra opção 😉 só usaria quem quisesse.
pessoalmente prefiro as duas coisas separadas. perder o passaporte porque me roubaram o telemóvel, ficando sem as duas coisas simultâneamente, soa-me a pesadelo para qualquer viajante
Pessoalmente vejo a ideia genial. Espero que a ser bem conseguida a Apple acabe por licenciar para terceiros.
Li muitos comentários contra, quase sempre dos mesmos que apenas procuram colocar entraves mas enfim. A maioria de nós já usa o NFC do telemóvel para pagamento (bem sei que em Portugal não está bem difusa está prática, mas podes copiar o contactless do teu cartão e utilizar em qualquer máquina compatível mesmo que não tenha nenhuma app disponível na loja)..
A nível rgpd não existe grandes entraves. Nem todos os nossos dados são comunicados com o servidor, neste caso até nem existe nenhum interesse especial evidente em primeiro plano (bem sei que alguém irá descobrir brevemente um interesse em ter acesso aos dados ainda antes de acabar de ler esta frase, mas isso está associado ao uso fraudulento e logo não se engloba na ideia de patente).
A vantagem deste processo ao contrário do que alguns maldizen escrevem por aí não é suprimir o passaporte mas sim complementa-lo.
Imagina que vais viajar.. actualmente os bilhetes de avião são enviados por e-mail ou app mobile. Logo para validares a entrada precisas do telemóvel, mais o passaporte na outra mão.. se tiveres tudo junto não perdes muito tempo. Se mantiveres o teu passaporte guardado na mala não corres o risco de o perder no aeroporto e depois não conseguires voltar das férias. Se te roubam o telemóvel tens o documento original, se te roubarem o documento físico podes servir-te do documento digital para validar a tua passagem no aeroporto sem precisar adiar a viagem e passar num consulado que muitas vezes tem 3meses de espera ou pelo menos um a duas semanas se pagares os 50€ de taxa extra…
Vocês por aqui adoram denegrir as ideias sejam elas da Apple ou de quem for, mas ainda não vi ninguém propor uma melhor alternativa
Fonix, isso sim foi uma resposta diplomática e bastante correcta.
Não podia concordar mais com o que escreveste.
Acho que o titulo ficava melhor “Apple quer ser teu dono”