Análise: Xiaomi 12T, um smartphone de gama média/alta que chegou para conquistar
A Xiaomi apresentou recentemente os novos smartphones Xiaomi 12T e 12T Pro. Estes dois modelos surgem para atacar gamas diferentes com preços bastantes atrativos face às especificações, com o Xiaomi 12T a ocupar um lugar de destaque na gama média superior.
Depois de alguns dias de testes e de utilização como smartphone principal, chegou o dia de partilhar algumas das melhores coisas que encontrei neste smartphone e também aquelas que menos gostei.
Especificações gerais do Xiaomi 12T
O Xiaomi 12T enquadrado na gama média superior, apresenta-se com um processador da MediaTek Dimensity 8100-Ultra, octa-core (4x2.85 GHz Cortex-A78 & 4x2.0 GHz Cortex-A55) e com uma GPU Mali-G610 MC6. Tem disponíveis duas versões de 8 GB de RAM, uma com 128 GB e outra com 256 GB de armazenamento interno.
O ecrã do smartphone tem 6,67" com tecnologia AMOLED e uma resolução de 2712 x 1220 píxies, com 446 ppi. A taxa de atualização é adaptativa (tecnologia AdaptiveSync) e pode ir até aos 120Hz, com uma taxa de reação ao toque de 480Hz. Suporta ainda tecnologias como True Display, modo de leitura, modo Luz solar e tem sensores de luz ambiente a 360º.
As câmaras são um dos destaques do smartphone. Na traseira tem um módulo composto por três câmaras de 108MP + 8MP + 2MP, e grava no máximo a 4K @ 30fps ou 1080p @ 60fps. A câmara frontal é de 20 MP.
A bateria tem uma enorme capacidade de 5000 mAh e carrega a 120W... e sim, traz carregador de 120W dentro da caixa.
Traz NFC, sensor de impressões digitais no ecrã, suporta ligação 5G e Wi-Fi 6, tem Bluetooth 5.3, altifalantes duplos e Dolby Atmos, emissor de infra-vermelhos e, finalmente, vem com a MIUI 13 baseada no Android 12.
Construção e design
O Xiaomi 12T tem uma dimensão de 163,1 x 75,9 x 8,6 mm e pesa apenas 202g. Para este peso contribui o facto de ter uma construção em plástico. O acabamento das laterais é fosco, assim como o vidro traseiro, com acabamento curvo. Já o ecrã tem um vidro com proteção Gorilla Glass 5.
Na traseira existe o módulo retangular das câmaras, que também alberga o flash LED duplo. Este módulo conta com a câmara de 108 MP em destaque e com os dois outros sensores a ocupar uma dimensão bastante mais reduzida.
O ecrã de 6,67" tem molduras bastante finas, estando posicionado acima um altifalante e, cravada no ecrã ao centro, a câmara frontal. Apesar de ter este altifalante acima do ecrã, este será apenas usado para chamadas. O som será reproduzido em stereo por um outro par de altifalantes, posicionados nas laterais.
Em cima há também um microfone (tal como em baixo) e o emissor de infra-vermelhos. Na zona da lateral de baixo, existe ainda a porta USB-C e o slot para cartões (dual-SIM). Há que considerar que este smartphone não tem slot para cartão microSD para expansão de armazenamento.
Do lado direito existem os botões de volume e power e do lado esquerdo não existe nenhum elemento. De referir ainda que oferece proteção contra água e poeiras, com certificado IP53.
Em termos de conforto e ergonomia na utilização, o Xiaomi 12T ganha nota máxima. É bastante leve e confortável, além de contar com todas as opções de acessibilidade para ajustar a interface às necessidades e exigências de cada diferente utilizador.
O ecrã do Xiaomi 12T
O ecrã é outro dos aspetos que merece destaque, um destaque positivo que se percebe logo ao ligar o smartphone. Cores vivas, excelente definição, uma taxa de atualização até 120Hz que tornam todas as ações fluídas, incluindo as mais simples animações do sistema, até aos jogos ou reprodução de vídeos.
A taxa de atualização é adaptativa, com tecnologia AdaptiveSync, que se ajusta ao conteúdo apresentado entre os 30Hz / 60Hz / 90Hz / 120Hz.
O ecrã é AMOLED e 6,67" com tecnologia AMOLED e uma resolução de 2712 x 1220 píxies e 446 ppi. Suporta ainda tecnologias como True Display, modo de leitura, modo Luz solar e tem sensores de luz ambiente a 360º. Destaca-se ainda a profundidade de cor de 68 mil milhões, um rácio de contraste de 5000000:1 e um brilho de 500 nits com pico em 900 nits.
O brilho do ecrã ajusta-se também muito bem aos diferentes ambientes, sendo muito confortável mesmo para ver em ambientes mais escuros, o que melhora ainda mais com os diferentes modos.
A Autonomia
O Xiaomi 12T oferece uma enorme bateria de 5000 mAh. Nos dias de testes mais intensivos, a fazer fotos, vídeos, correr testes de benchmark, reprodução de vídeos e jogos, a bateria não passou das 12 horas de utilização. Contudo, foram dois ou três dias mais extremos. Com a utilização comum, diária, que não inclui jogos, a autonomia conseguida foi de 2 dias (cerca de 36 horas).
O carregamento é também surpreendente. A Xiaomi ainda está a colocar carregadores nas caixas, para que os utilizadores possam tirar o máximo partido das suas tecnologias de carregamento, sem terem que paga mais por isso. Como tal, o Xiaomi 12T vem equipado com carregador de 120W.
Para usufruir desta velocidade de carregamento, o utilizador deve ativar nas definições de bateria a opção Boost Charge, além disso, só irá funcionar se o smartphone estiver a carregar com o ecrã desligado, para evitar sobreaquecimentos, ainda que tenha uma avançada tecnologia de arrefecimento.
A Xiaomi anuncia que os 5000 mAh são carregados dos 0 aos 100% em apenas 19 minutos. Nos testes em 19 minutos estava com 96% de carga. E em 21 minutos tinha a carga completa. Com o recurso Boost desligado, o carregamento completo ocorreu em cerca de 30 minutos, pelo que, sinceramente, não se justifica a sua utilização.
Interface e Desempenho do Xiaomi 12T
O Xiaomi 12T vem equipado com Android 12 e com a interface de utilizador da Xiaomi, a MIUI 13. Há algum tempo que não utilizada um smartphone durante mais do que o tempo de testes, como smartphone principal, pelo que tive que fazer uma série de ajustes para que funcionasse tal e qual como queria, em termos de poupança de energia, recursos como gestão de rede móvel e Wi-Fi, navegação por gestos, entre outros... no fundo, os ajustes que qualquer um irá fazer nos primeiros dias com o smartphone em mãos.
A interface da Xiaomi é bastante personalizável, por isso, vai conseguir ter o smartphone exatamente ao seu gosto. Ainda que não seja um processo direto.
Uma das opções, por exemplo, é o always-on display, que no caso da MIUI 13 permite que o ecrã fique sempre ligado com alguma informação apresentada, ou que se desligue ao fim de um período programado. Tem também o efeito luminoso no ecrã, sempre que se recebe uma notificação, a Starlight, entre tantas outras que já temos vindo a explorar aqui.
A linha 12T foi lançada com o SoC da MediaTek para esta versão mais acessível e com o de topo da Qualcomm para o modelo 12T Pro. O Dimensity 8100-Ultra e um dos processadores da MediaTek que permitem alguma personalização por parte das fabricantes e é isso que acontece com este em particular.
Neste caso, a Xiaomi ajustou os recursos do processador de imagem e da APU integrados e melhorou ainda a eficiência de energia das CPU e GPU. Algumas das melhorias incluem um aumento de captura de vídeo com pouca luz, melhor redução de ruído para fotos e maior estabilidade da taxa de quadros durante os jogos, segundo indicação da fabricante.
Em benchmark, com o GeekBench 5 em single-core foram alcançados os 964 pontos e em multi-core 3819 pontos. Já com o Antutu foi alcançada uma pontuação de 781042 pontos. Valores muito semelhantes aos conseguidos com smartphones com o mesmo SoC Dimensity 8100, sem a denominação Ultra, ou com o Dimensity 8100-Max, segundo os dados da Antutu.
Resumindo, em termos de desempenho e estabilidade, o Xiaomi 12T não desiludiu, atendendo a todas as exigências com grande eficácia. Há, no entanto, que destacar que existiram algumas aplicações que acabaram fechadas ou bloqueadas, durante a utilização. Foram situações pontuais, mas que contribuíram para alguma frustração durante a sua utilização.
As câmaras
O Xiaomi 12T vem equipado com um módulo de câmaras na traseira, sendo que o grande destaque vai para a câmara de 120 MP. Esta câmara é uma grande angular com um sensor de 1 /1.67" e uma abertura f/1.7, com estabilizador ótico de imagem.
A câmara de 8 MP é ultra grande angular de 120º e com abertura f/2.2 e a câmara macro é de 2 MP com abertura f/2.4. A câmara traseira grava vídeo a 4K a 30 fps, 1080p a 60/30 fps e 720p a 30fps.
Já a câmara frontal é de 20 MP com abertura f/2.24 e grava vídeo a 1080p a 60/30fps e 720p a 30fps.
A app dedicada à câmara é bastante simples de utilizar e muito dentro daquilo que é generalidade dos smartphones Android. Os modos podem ser encontrados no carrossel acima do obturador, como fotografia, vídeo, retrato, noite, time-lapse, slow motion, exposição longa, dual-video... contudo, sabendo que há uma câmara macro, saiba que não vai aqui encontrar o modo macro. Terá que o procurar no menu das definições.
As fotos captadas com a câmara principal oferecem muitos detalhes, um bom equilíbrio de brancos e cores bem conseguidas, ainda que pouco fortes. As imagens têm bom contraste. O smartphone oferece zoom 2x, é um zoom digital, que basicamente corta a imagem padrão e aumenta ao centro.
Há que considerar que o smartphone tem câmara de 108 MP e é possível captar imagens com essa dimensão, contudo, por omissão, as fotos são captadas a 12 MP. Estas imagens captadas a 108 MP passam por um menor processamento, pelo que os detalhes têm mais qualidade. A ultra grande angular de 8 MP não tem a qualidade esperada para uma máquina integrada num smartphone desta gama. Seguem alguns exemplos.
Veredicto
O Xiaomi 12T é, tal como já referido, um smartphone de gama média/alta, estando disponível no mercado atualmente por cerca de 600 €, com 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento interno.
O desempenho do smartphone corresponde às expectativas e a MIUI da Xiaomi ainda garante uma utilização mais abrangente com funcionalidades avançadas únicas.
A autonomia e velocidade de carregamento são fatores muito positivos neste Xiaomi 12T, tal como a qualidade soberba do ecrã. Em termos de qualidade fotográfica não existe nada que o faça distinguir, ainda que, para o segmento, não desiluda.
O Pplware agradece à Xiaomi Portugal a cedência do smartphone para análise.
Este artigo tem mais de um ano
Mais vale comprar o Xiaomi 12T Pro,pois o processador é da Qualcomm.Assim vale a pena.
Só lhe encontro um defeito, ser chinês!
Deves pensar que o que tens dentro do bolso vem de Marrakesh, LOL
Se comentários xenófobos pagassem imposto…
Basicamente não é xenofobia porque está a falar de uma coisa e da sua tecnologia, design, qualidade e não da sua nacionalidade em si. Claro, é um comentário carregado de ignorância tecnológica, porque o que ele usa para escrever é um dispositivo que tem seguramente muito de componentes fabricados na China ou montados na China.
Mas este tipo de comentário apenas invalida a opinião dele enquanto uma opinião estruturada, com inteligência. É apenas um bitaite sem conteúdo. 🙂
Não o vi falar das características do produto, mas apenas dizer que tem um defeito, ser chinês. Ser chinês, ou ser feito por chineses, é automaticamente um defeito portanto. Parece-me ser no sentido em que demonstra aversão e discrimina um povo de outra nacionalidade, colocando tudo no mesmo saco, como se tudo o que é feito por aquele povo, fosse mau, o que está longe de ser uma realidade. Claro que carregado de ignorância tecnológica e não só, como qualquer outro tipo de discriminação o é, mas adiante.
Percebo-te, mas entendo que estás a fazer desse comentário mais inteligente do que na realidade ele é. Até porque a pessoas, face à tecnologia e comentando só em relação à tecnologia… é limitada. Isto tendo como ponto de partida que a China, fabricante de componentes e tecnologias, está “em todo o lado” 😉 portanto, resumindo, não se trata de xenofobia, trata-se sim de falta de conhecimento (que pode, realmente, ser muito pior). Como dizes e bem… adiante.
Espetacular!
Tem cpu bom, ecrã bom e câmara boa. Refiro-me ao modelo 12t pro. Como o fazem custar este preço? A construção é uma absoluta vergonha, comparando com a qualidade dos restantes topo de linha das marcas. Frame em alumínio, moldura exterior em plástico, vidro na frente, uma mistura de plásticos atrás para dar efeito de vidro, e um carregamento que vai dar problemas de bateria no espaço de um ano, após carregá-lo todos os dias.
Só conquista quem não for investigar se vale mesmo a pena a compra ou não.
Reparei que tem o sensor de impressões digitais no ecrã, e gostaria de perguntar se o sensor é rápido e eficiente, comparando com os sensores que existem atrás ou de lado em outros modelos..
Isto porque já tive um telemovel de outra marca que tinha o sensor atrás, e era bastante rapido a identificar a impressão digital. E quando mudei para um Xiaomi 9T que tem o sensor no ecrã, o mesmo não é tao eficaz a identificar a impressão digital, e por vezes até é preciso colocar o dedo 2 ou 3 vezes..
Acho que preferia o sensor atrás do telemóvel, porque acho que é mais rápido, basta agarrar o telemóvel e o dedo fica logo no sitio da impressão digital..
Obrigado
Para testar autonomia deveriam testar com um cartão SIM colocado para se ter verdadeira noção.
E também fazer um mix de utilização de wifi desligado / ligado. Um grande consumidor de bateria é a ligação à rede móvel. Há telemóveis que passam de um drain com ecrã desligado de menos de 1% por hora em Wifi para mais de 3% por hora em dados móveis (drain em ecrã desligado / Idle).
Fica a sugestão.
Rui B, o smartphone foi usado com cartão SIM. É verdade que há um maior consumo, mas é residual. Numa próxima análise poderemos avaliar com maior pormenor. Contudo, a não utilização de cartão SIM inviabiliza a utilização do smartphone na maioria dos contextos de utilização fora de portas, pelo que será logo um fator para se poupar bateria.
Na fotografia que mostraram aparece sem SIM daí a minha observação. Se foi assim então nada a dizer. Da minha experiência pessoal noto muito impacto mesmo com rede no máximo e já tive muitos telemóveis. O impacto na bateria em Idle Drain chega a ser o triplo. Em uso continuo (active drain) já é mais semelhante.
Ah sim, as fotos foram tiradas posteriormente, já sem cartão. Obrigada pela sugestão. Numa próxima análise irei ter isso em consideração.
Se tivesse wireless charging seria perfeito.
Eu tenho vários produtos da Xiaomi e gosto bastante da marca, a minha esposa tem o Xiaomi Note 7 desde que saiu está farto de cair e é uma máquina de guerra, a apanhar Wifi, é qual quer coisa de extraordinário e a nível de som até incomoda, e a nível de atualização também não é das piores.
Eu começo é a ter pouca vontade de comprar produtos feitos na China, agora com o novo ditador Xi ” Jipig”, ainda me leva a reforçar mais está ideia, estamos a alimentar o mostro que nos vai assombrar dentro de pouco tempo.
Eu tenho vários produtos Xiaomi e são bons produtos. Sobre o problema de comprar algo chinês por ser uma ditadura, o que é uma realidade, eu afirmo se empresas como a Apple ou Mercedes podem fazer bons negócios porque que é que eu não posso?
Muito sinceramente, o colaborador da Worten consegui me convencer a largar a Samsung que uso há anos e a apostar num xiaomi 12T. Resumo, Pior compra de sempre, maior arrependimento de sempre. Não supera o meu Samsung A71. A partir do momento em que nem transmite imagem da APP tv-vodafone ou de outra APP qualquer a não ser do browser fazendo partilha de ecrã, não se conecta automaticamente a bluetooth que não seja da marca Xiaomi e ainda faz ruído durante as chamadas (isto com 1 plantronics M70 que é top), a bateria não chega a durar 1 dia inteiro se o usar 5 horas no dia todo ( só ganha por ficar totalmente carregado em 20/30 min), se o quiser quero controlar por voz sou obrigado a desbloquear o telemóvel pois nem sequer tem Smartlock e a ideia era ter a tarefa facilitada sendo que tenho impressão digital associada e sou obrigado a desbloquear com impressão digital para controlar com voz (o que não faz qualquer sentido sendo que devia desbloquear tendo o bluetooth de confiança conectado) e a famosa câmera de supostamente 108mp não tem nem metade da qualidades da de 64mp que eu estava habituado no Samsung A71. 16 milhões de cores? Não acredito. Enfim, pior compra de sempre !! Aprendi a não ignorar o instinto Samsung!
As minhas escolhas eram o 12t e o realme gt neo 3, acabei por comprar o realme.
Tinha xiaomi à 2 anos e uns meses e o último foi 1 mi 11 que foi para a garantia e ficou lá de vez.
Até agora estou muito satisfeito com a compra, a câmera é que.. É suficiente e a do mi 11 cumpria muito bem.
Bom dia entre Xiaomi 12T e o Xiaomi 12T PRO qual destes dois é o “melhor”? É que estou com ideias de comprar um e vou lendo os comentários e são todos bons , assim sendo fico indeciso. Obrigado pela ajuda se puderem.