Análise Super Lucky’s Tale (Xbox One)
Desde os velhinhos tempos do Spectrum (Chuckie Egg, Manic Miner, ...) até aos tempos dos super computadores e consolas (Super Mario, Donkyey Kong ou Sonic), os ditos jogos de plataformas têm sido uma presença constante e têm apresentado uma invulgar capacidade de se reinventarem.
Com a normal evolução dos tempos, este jogos têm também evoluído e descoberto novos caminhos, muitas vezes mais complexos, mais sinuosos ou apenas mais elaborados.
Recentemente a Microsoft lançou Super Luckys Tale.
Sou da opinião que as histórias que dão conteúdo a estes tipos de jogos ganham mais em serem simples e pouco intrincadas e Super Lucky's Tale segue essa ideia. Aliás, o jogo inteiro tende a ser simples e direto. Talvez demasiado em alguns momentos.
Em Super Lucky's Tale somos uma jovem raposa (Lucky) que é sugado para dentro dum livro mágico (Book of Ages) durante um confronto entre a sua irmã Lyra e o vilão do jogo, Jinx, que também anda atrás do livro. O livro é composto por 5 capítulos diferentes o que é perfeito para criar a mecânica do jogo que assenta em outros tantos 5 mundos (mapas) por onde Lucky se aventura.
Cada Mundo apresenta uma temática e personagens próprios e Lucky tem de os salvar das garras de Jinx e dos seus seguidores, além de desafios distintos a serem concluídos. Sky Castle, Castelo Celeste, Vila Vegetal, Desfiladeiro, Aldeia Temerosa são os 5 mapas disponíveis (podendo, quem sabe, surgir mais algum capitulo no futuro..)
Até certo ponto, o jogo apresenta algumas semelhanças com outros jogos do "mesmo ramo" tais como Sonic ou Super Mario mas, a determinado ponto acaba por divergir para um caminho próprio.
Um aparte para referir que o personagem, Lucky é a raposa mais adorável do mundo dos videojogos. Levados um pouco pelo ambiente cartoonesca do jogo, a Playful criou aqui um desenho animado com o qual se torna fácil criar uma certa empatia, ou mesmo carinho. Lucky é o animal de estimação que qualquer criança gostaria de ter e a Playful tem aqui uma oportunidade de fazer criar a personagem nos tempos vindouros, pois pode pegar.
Cada um desses 5 Mundos apresenta um hub central (imaginem uma Praça central que qualquer vila ou aldeia possui). E em cada Mundo, existem variadas missões e desafios a serem completados e é a partir dessa praça central que todas as aventuras de Lucky se iniciam.
No entanto, a importância de cada uma dessas praças centrais não se esgota aí. A Playful (estúdio responsável pela programação do jogo) incluiu inúmeros outros pontos de interesse a serem explorados, além de moedas e pedras preciosas a serem recolhidas. E até algumas salas escondidas com itens à nossa espera para serem descobertos. Existe uma certa dinâmica mesmo nos próprios hubs centrais do jogo.
Conforme mencionei ao inicio, em Super Lucky's Tale existem 5 Mundos distintos e cada qual com as suas próprias personagens e dinâmicas mas uma coisa têm todos em comum: Lucky tem de conseguir apanhar um certo número de trevos de 4 folhas para desbloquear o combate com o boss local e poder completá-lo. Para obtermos esses trevos de 4 folhas é preciso, como é óbvio, ultrapassar alguns níveis ou desafios que cada mapa coloca ao jogador.
No entanto, a obtenção desses trevos é extremamente democrática facilitando o acesso ao jogo a um grande número de jogadores. Isto porque, além das diversas missões que cada Mundo apresenta, existem formas alternativas e mais acessíveis de obter os trevos. O melhor exemplo é através da obtenção de 200 moedas de ouro, que atribui automaticamente um trevo ao jogador. Trata-se de uma forma extremamente simplificada de obter os trevos o que ajuda aos jogadores mais jovens.
Entretanto existe ainda uma outra forma de completar os níveis que é através da obtenção do nome de LUCKY cujas letras se escondem algures nos cenários. Algumas mais escondidas que outras ou em locais que exigem um pouco de raciocínio. E é isso que quero deixar bem claro. Super Luckys Tale não tenta dar tudo de bandeja. Tudo bem que até concordo que o jogo parece querer impedir o jogador de perder mas, também é certo que apresenta variados obstáculos e níveis de dificuldade para avançar.
Conforme referi mais acima, Super Lucky's Tale é um jogo à antiga. Realmente todo o jogo, apesar da sua luxuriante qualidade gráfica e 3D limitado, apresenta na sua maioria, mecânicas simples e "prá frentex", assentes em secções de jogo variadas mas altamente viciantes, repletas de obstáculos de destreza, alguns quebra-cabeças, secções de corrida desenfreada sempre para a frente e tendo de saltar para desviar dos obstáculos, saltos sincronizados...
É quase como uma mistura de Sonic, com Super Mario e Donkey Kong o que faz do jogo uma salada de adrenalina e diversão enquanto se joga.
Quem joga sabe certamente que este tipo de jogos geralmente não apresenta grande componente agressiva. Não costumam haver armas, as secções de ação correspondem maioritariamente a empurrões e afins e quase não há o conceito de "morte". Lucky não foge às suas raízes e como tal, não esperem ver sessões de pancadaria ou de tiroteio. Isso não há, o que nos tempos que correm, é de louvar. Em vez disso temos uma raposa saltitona (duplo salto) que corre, faz diversos malabarismos, e que usa a cauda para quase tudo, desde destruir caixotes (para apanhar moedas) até afastar os adversários que nos importunam.
Apesar de haver essas secções onde temos de dar "chega-para-lá" a galinhas, zangões ou fantasmas, o jogo assenta acima de tudo numa experiência de aventura e resolução de quebra-cabeças simples.
Contudo a experiência poderia ser bem melhor, não houvesse um problema que de tempos a tempos se nota, a câmara. Pois, num jogo baseado em inúmeros níveis nos quais a ação requer saltos e movimentos bem coordenados e direcionados, é pena que a Playful tenha criado uma câmara com uma perspetiva demasiado rígida em certos níveis. E num jogo destes, uma câmara que nem sempre se posicione adequadamente traduz-se em saltos mal dados, em corridas que terminam mal, ou pancadas de cauda falhadas.
Por outro lado, é justo referir que os controlos de Lucky se encontram extremamente adequados ao jogo e não só. Os Controlos encontram-se bastante responsivos o que, por um lado facilita a aventura, mas por outro lado aumenta a sensação de frustração quando a câmara nos trai.
Por fim, uma palavra ao som e à imagem do jogo. Já mencionei acima que Super Lucky's Tale apresenta um ambiente catoonesco e isso ajuda a criar um ambiente algo juvenil mas que se adequa ao jogo e não defrauda ninguém. Este é um jogo para toda a família e com isso quero dizer, dos mais novos aos mais velhos. Por outro lado, o nível sonoro do jogo encontra-se também bastante bem encaixado no tipo de jogo que é e com a mais-valia do jogo ser todo em português. É de louvar a atenção a esse pormenor pois por muitas vezes já nos passaram jogos pelas mãos orientados a público mais juvenil mas sem tradução e este tipo de jogos só tem de ser realçado por isso.
Veredicto
Super Lucky's Tale é um daqueles jogos dos quais é fácil gostar, em particular quem aprecie jogos de plataforma tradicionais. Simples, fácil e divertido de jogar, torna-se claramente um jogo para toda a família, desde os mais miúdos aos mais graúdos.
Este artigo tem mais de um ano
Verdade tudo o que dizes adorei o jogo é continuo a adorar jogar com o puto.
Sim por vezes irrita mesmo a câmera não ser tão objectiva e por vezes e mesmo traiçoeira mas lá está se o jogo já é fácil mais fácil ficava. Mas acredito que dá alguma irritação enervante que só aptece bater na câmera para ela ir para outra perspectiva. XD de resto muito bem conseguido faz lembrar Crash Bandicoot Sonic super Mario donkey Kong Rayman entre outros uma salada de frutas muito bem feita para a consola melhor do momento a Xbox One. Obrigado Microsoft ao menos por estes bons momentos em família eheheheheh vale bem os 20 paus. Deixem uns maços de tabaco por fumar e invistam