Análise Pro Evolution Soccer 2019 (Playstation 4)
Depois de um Verão cheio de futebol, com a realização do Mundial de Futebol na Rússia e do Europeu de Sub19 – ganho pela Seleção das Quinas –, eis que os aficionados da “redondinha” têm de novo a possibilidade de levar os seus clubes à glória sem saírem do sofá. Bastante mais cedo do que nos anos anteriores, chegou às lojas no passado dia 28 de Agosto o simulador de futebol da nipónica Konami. Com muitas ligas licenciadas mas sem as competições de clubes da UEFA, Pro Evolution Soccer 2019 pretende voltar a ser alternativa à concorrência.
Mas será este jogo suficientemente bom para que isso aconteça?
Como já é sobejamente conhecido, a série de jogos de futebol Pro Evolution Soccer perdeu as licenças relativas à Champions League e à Europa League após 10 anos de parceria. Este era um dos grandes atrativos de PES e era um dos motivos pelo qual muitos fãs do “jogo bonito” adquiriam o jogo que é lançado anualmente.
Para colmatar essa mesma perda, a Konami apostou no licenciamento de algumas ligas de menor importância no panorama futebolístico internacional, como são os casos da “nossa” liga NOS, da liga belga e da liga suíça entre outras ligas europeias e sul-americanas.
A questão dos licenciamentos é algo com que a Konami se tem debatido ao longo dos anos e que tem sido o grande calcanhar de Aquiles da franquia PES. Convenhamos que, atualmente e com o cada vez maior nível de exigência por parte dos jogadores e fãs da série, torna-se difícil para a franquia conseguir marcar uma posição quando um dos maiores clássicos do mundo é um FC Barcelona – Madrid White.
Claro que, como muitos sabem, esta situação é facilmente resolvida com a utilização de Option Files – ficheiros criados pelos utilizadores que atualizam os nomes de jogadores, treinadores, equipas e ligas assim como os uniformes oficiais dos vários clubes e seleções. Porém, não fará grande sentido desembolsar cerca de 70€ num jogo para, em seguida, ter de ir à internet descarregar ficheiros de atualização e poder aceder a todas as licenças.
Mas se o licenciamento das ligas e equipas é um dos aspetos mais problemáticos do jogo, o mesmo já não se pode dizer dos estádios: PES 2019 possui licenças para uma série de estádios por esse mundo fora, fazendo delas uma excelente utilização. Dá gosto ver a forma como os estádios são apresentados, chegando a ser difícil perceber se estamos a jogar um jogo na Playstation 4 – foi esta a versão analisada – ou se estamos a ver uma partida de futebol na televisão. O realismo é avassalador e este é um dos pontos a que temos de, claramente, de tirar o chapéu a PES.
Esse fotorrealismo está em todo o lado; não apenas nos estádios, mas também em diversos momentos do jogo com a utilização de vários ângulos de câmara que nos transportam de imediato para uma transmissão televisiva.
Novos dribles e novos movimentos dos jogadores em campo completam o pacote de novidades e conferem ao jogo ainda mais realismo. PES assemelha-se cada vez mais à realidade, não apenas nos movimentos individuais de cada um dos jogadores em campo, mas também na forma como as equipas se movimentam no terreno de jogo.
Em PES 2019, é necessário pensar o jogo, perceber de que forma se devem conduzir as jogadas privilegiando mais o jogo de equipa em detrimento das jogadas individuais. Claro que certos jogadores conseguem conduzir uma jogada com a bola controlada mas - com a AI da defesa cada vez mais aprimorada - as hipóteses de sucesso são baixas. Mesmo que se tenha êxito, existe uma última barreira que, em certos casos, é inultrapassável: os guarda-redes estão cada vez melhores e os melhores do mundo estão realmente muitíssimo bons. Não é muito fácil ultrapassar Pickford, Courtois, Neuer ou Lloris.
A este nível, PES 2019 está perto da perfeição. Nada bate ver as redes a balançar após a conclusão de uma jogada perfeita, vendo os melhores jogadores do mundo a movimentarem-se da mesma forma que se movimentam na realidade, fintando e driblando, passando a bola e conduzindo a equipa para a frente de forma concertada e harmoniosa.
Mas se o gameplay é o ponto mais positivo – e, quiçá, o mais importante – outros aspetos do jogo deixam um pouco a desejar. Os comentários aos jogos são - pelo menos na língua de Camões – sofríveis. Repetitivos e sem qualquer tipo de dinamismo, levam-nos a pensar que quem comenta está a ler um guião pré-escrito e não a relatar um jogo que está a decorrer.
Passados todos estes anos também se pedia uma modernização do grafismo dos menus e um aumento nos modos de jogo disponíveis, algo que não se verificou. Claro que estes são pontos de somenos importância, mas quando se junta tudo no mesmo pacote não é difícil concluir que a Konami ainda tem de evoluir algumas características do jogo se quiser voltar à ribalta.
Contudo, no geral, PES 2019 é belíssimo e, acima de tudo, é divertido de se jogar e é exatamente isso que se espera de um jogo de futebol. Ver o jogo a decorrer, ser parte integrante na ação, ver as bancadas a vibrar com cada passe, cada golo e nós, jogadores, a sentir que também estamos a levar o nosso clube ou seleção ao encontro da vitória. E isso, por muito que o que está à volta não seja perfeito, está lá.
Veredicto
A perda das licenças relativas à Champions League e à Europa League foi um rude golpe numa franquia que tenta a todo o custo voltar à ribalta e posicionar-se como um concorrente direto, sério e válido à franquia FIFA. Mas, mesmo com essa perda, PES 2019 conseguiu oferecer-nos um jogo de futebol que, não sendo perfeito, é dos melhores até à data. Com poucas alterações em relação aos jogos anteriores, PES 2019 é um jogo fabuloso e divertido de se jogar.
A aposta nas melhorias no gameplay foi claramente ganha e proporciona-nos ótimos momentos de futebol. Apesar de ter ainda muito por onde evoluir, a franquia está no bom caminho. Infelizmente a máquina de marketing da Konami não é comparável à da Eletronic Arts e, apesar de tudo, não podemos deixar de nos questionar sobre se esta evolução chegará a tempo de permitir que a franquia retome o lugar de destaque que já teve.
Este artigo tem mais de um ano
Para mim, o problema nem é muito as liçencas, quer de estádios ou de equipas, mas sim dos gráficos que mais parece do tempo da PS3.
Não deves estar a falar deste pes, de certeza. Se fosse do 18, aí concordava.
aposto que os relatos são do senhor sabe tudo freitas lobo, por isso que está duas vezes nos pontos negativos..eeheh
Queríamos ter a certeza que passava a mensagem… 🙂
🙂
A versão PS4 está fraca em gráficos, já no PC está qualquer coisa , uma evolução extremamente visível!
Na Xbox está bastante melhor na jogabilidade. Os jogadores estão mais realistas no controlo de bola e no momento do passe e do remate. Graficamente está muito bom
A ps4 tem uma grafica fraca…qq pc com 1080ti come a ps4 toda entao as novas 2080 coitado ta da PlayStation
Também não vamos comparar os preços nem a diferença de idades… uma 1080ti custa mais que uma ps4 e é mais recente.
FRACO? entao joga na ps4 pro com TV 4K que é isso que eles aconselha e falamos
Eu ao contrário do que já escreveram fiquei surpreso ao jogar o demo na PS4 PRO com O HDR ligado.
Posso dizer que ficou top e que a nível gráfico até agora não vi nada parecido.
Sempre achei o FIFA 18 o melhor jogo de futebol e a nível de grafismo muito bom mas este PES actualmente a nível gráfico bate qualquer 1.
Iremos ver como será o FIFA 19.
O fifa 19 está ano é capaz de ganhar por larga margem por causa dos novos modos que introduziu.
Acho que ha um Survival mode , que sempre que marcas perdes um jogador =P
Um simulador de futebol da cancerosa da EA em que a maioria dos jogos senão todos são pay to win e mal otimizados ( nao estou só a falar do FiFA, mas sim do geral apesar de o FiFa todos os anos supreende no que toca a bugs e esse tipo de coisas) mas voltando a questão de estarmos a falar de simuladores de Futebol que realismo e lógica tem um “Survival Mode” daqui a pouco tem battleroyal é essa a aposta das empresas falam de jogos realistas e metem modos desses. Bravo EA mais uma vez a provar que não prestam.