Utiliza “mouse jigglers”? É melhor começar a ter cuidado…
A Wells Fargo, empresa americana que presta serviços financeiros, despediu "mais de uma dúzia de funcionários" depois de uma investigação ter revelado que estavam a utilizar aplicações e técnicas como mouse jigglers para simular a produtividade nos seus computadores.
Funcionários da Wells Fargo simulavam presença online
De acordo com um relatório da Bloomberg baseado em "divulgações apresentadas à Financial Industry Regulatory Authority (FINRA)", no mês passado, a Wells Fargo despediu "mais de uma dúzia de funcionários" depois de descobrir que estes utilizavam técnicas para simular presença online.
A FINRA não revelou se os funcionários despedidos foram apanhados a utilizar as ferramentas enquanto trabalhavam remotamente, segundo a Bloomberg, mas todos eles faziam parte da "unidade de gestão de fortunas e investimentos" da Wells Fargo.
Os dispositivos e o software em questão existem há anos, mas a sua popularidade disparou durante a pandemia, quando muitos empregados se viram subitamente a trabalhar a partir de casa sem qualquer supervisão presencial.
A batalha das empresa contra os mouse jigglers
Prontamente disponíveis online, os dispositivos e aplicações são frequentemente designados por "mouse movers" ou "mouse jigglers" porque podem mover autonomamente o cursor de um computador ou desencadear entradas de teclado sem qualquer intervenção humana.
Muitas empresas recorrem a softwares para monitorizar estas entradas como forma de garantir que os funcionários remotos estão efetivamente nos seus computadores e a ser produtivos. À medida que o trabalho remoto continuou após a pandemia, estas ferramentas de monitorização tornaram-se mais sofisticadas, com a capacidade de detetar os padrões, por mais aleatórios que possam parecer, de que um "mouse jiggler" está a ser utilizado.
É um jogo do gato e do rato que vai continuar a evoluir à medida que tanto os "mouse jigglers como as ferramentas de deteção melhoram. Talvez nunca haja um vencedor claro, mas à medida que a popularidade do trabalho remoto continua a crescer, a melhor abordagem será as empresas redefinirem simplesmente a forma como medem a produtividade dos funcionários fora do escritório.
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Na Administração Pública portuguesa era pelo estado do Skype, se ficasse amarelinho, o funcionário andava tempo demais na casa de banho ou a beber café
Isso nem era preciso ver o estado, podiam assumir à partida que não faziam puto, além disso nunca ninguém é despedido, em vez disso contratam pessoal em outsourcing ou falsos recibos para fazer o trabalho dos que não fazem, é o estado de arte da nossa administração pública ha mais de duas décadas
Só quem por lá passa é que tem a noção do que seja a AP 🙂 Não são os FP técnicos que são maus ! Quando uma FP é “gerida” por boys partidários que não percebem patavina do que gerem e, pelo facto de terem o “poder” se armam em ditadores, os FP têm mais é que deixarem andar a incompetência ! Além disso duvido que qualquer empresa conseguisse produzir alguma coisa com a incompetência, com as pré-hitóricas tecnologias de informação, com a organização e avaliação de RH e com os míseros vencimentos que se verificam na AP ! Mas a malta acha é que os funcionários dos balcões é que são os maus 🙂 quando na verdade é que os tais “dirigentes” maioritariamente nem mereciam 1/5 do vencimento !
facilitem os despedimentos, o resto virá por arrasto
Alguns bem mereciam. A administração pública está uma miséria e em boa parte por culpa dos funcionários.
Em PT não é permitido, mas não me choca que se faça nos países onde o permitem
A parvoice está ao nível da gestão e dos recursos humanos em medir produtividade através de clicks do rato…
Sim, efectivamente é das coisas mais estúpidas de se fazer.
O problema é que assumo que usem estás técnicas, de cliques no rato e teclas carregadas, porque não têm sistemas de organização e controlo de documentos capazes de produzirem análises que digam que a equipa, ou um funcionário não está a produzir na medida que se quer.
Qualquer empresa de software hoje em dia use o git, e controlar quem faz o quê, é fácil.
Os commits têm identificador e marcador do tempo.
Mesmo assim, em cima disso, há tarefas semanais e mensais relativas ao projecto, e qualquer quadro de seguimento de tarefas vai sendo preenchido, se não o for, o gestor é responsável por ver o que se passa.
Agora isto numa administração pública nacional, ou num serviço nacional de saúde, ou em toda a maquinaria da justiça, seria um acelerador de produtividade fabuloso, mas custa dinheiro a implementar, e a resistência da esmagadora maioria dos encostados são entraves reais a qualquer forma de otimização.
Boa, agora aplica o git a investment banking, não te esqueças do compliance, risk e fraud detection pelo caminho..
Quando acordares avisa.. é a wells Fargo, têm tudo o que querem
há funções em que é possivel fazê-lo
Eu utilizo um simplesmente porque o aplicação da empresa faz time out ao fim de 5 minutos.
Ou seja, se tiver que utilizar o Excel ou outra plataforma para consultar algo, a plataforma da minha empresa vai “abaixo” ao fim de 5 minutos.
Nesse sentido, tenho que me logar novamente na VPN e depois novamente na plataforma, o que é uma seca.
Com um “rato” destes mantenho-me sempre logado.
Não estou a enganar a empresa e aumento a produtividade.
Se o administrador de sistemas não for daqueles broncos, sempre podes pedir para alterar o valor do time out, e beneficias tanto tu como todos os outros que provavelmente sofrem do mesmo problema.
Está assim de propósito, não têm licenças suficientes para cobrir todos os users em simultâneo, então vão mandando o pessoal abaixo para outros terem a slot livre para se ligarem