Booking é a mais recente vítima das regras tecnológicas da UE
A Lei dos Mercados Digitais (em inglês, DMA) implementada pela União Europeia (UE) tem forçado as gigantes tecnológicas a repensar a abordagem e a redefinir a estratégia para o bloco. O mais recente gatekeeper é o Booking, que deve, entretanto, ajustar-se às regras europeias.
Em março, a Comissão Europeia afirmou que o X, de Elon Musk, a ByteDance, proprietária do TikTok, e o Booking.com poderiam ser nomeados gatekeepers, passando a orientar-se pelos critérios da UE que os sujeitam a regras tecnológicas rigorosas.
Conforme avançado pela imprensa, a Comissão Europeia declarou, entretanto, na segunda-feira, que designou o Booking.com como um gatekeeper, sujeitando-o às obrigações da DMA.
Temos vindo a trabalhar com a Comissão Europeia desde o início, antecipando a decisão de hoje [...] Estamos atualmente a analisar a decisão de designação e tencionamos continuar a nossa cooperação com a Comissão Europeia de uma forma construtiva, à medida que desenvolvemos soluções para cumprir as disposições.
Partilhou um porta-voz do Booking, num e-mail.
Na sequência da sua designação como gatekeeper, o Booking dispõe de seis meses para apresentar um relatório pormenorizado sobre os próximos passos.
Além da entrada do site destinado à reserva de hotéis e alojamentos, foi aberta uma investigação para avaliar a contestação do X, que se opôs ao estatuto de gatekeeper. Também a ByteDance, do TikTok, contestou este estatuto, em julho do ano passado, após ter sido classificada como tal.
Conforme já havia sido mencionado, os serviços de publicidade online X Ads e TikTok Ads, enquanto tal, não se qualificam como gatekeeper ao abrigo da DMA da UE.
Recorde-se que a DMA é um regulamento europeu que visa o domínio do mercado pelas gigantes da tecnologia, impondo obrigações mais severas, no sentido de moderar os conteúdos, permitir uma concorrência leal e facilitar aos consumidores a mudança de serviços.
Por via desta, a UE designa como gatekeepers as empresas com mais de 45 milhões de utilizadores ativos mensais e 75 mil milhões de euros de capitalização, que prestam um serviço essencial aos utilizadores. São já consideradas gatekeepers empresas como a Alphabet, proprietária da Google, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, e, agora, Booking.
É o mais recente “alvo”, porque as vítimas somos nós – os clientes lesados por posições dominantes.
Em que medida te sentes lesado pelo Booking?
É que com isto, vai passar haver 300 mil sites do género para promover a oferta e concorrência. Giro.
Mas na pratica significa que daqui em diante sempre que precisar de um hotel para passar um fim de semana ou férias, vou ter que andar a basculhar mil sites para andar a procura dos melhores preços, até porque com isto há-de haver hotéis que estão num site e hotéis que estão noutro. O que é mesmo porreiro não é?
O bom e porreiro do Booking é que está lá tudo e não preciso de andar a perder tempo.
Mais um vez a EU a gastar dinheiro dos nossos impostos com advogados e tretas do género em assuntos que ninguém quer saber e que não importa realmente no dia a dia.
E então? Estas regras visam proteger não só o cliente final mas também a concorrência que não querem morrer afogados por estes gigantes. O utilizador final só tem a ganhar havendo concorrência.
Tens acções da booking? Parece… monopólios só servem para o booking fazer as condições que quer com os anunciantes (hoteis/alojamentos), e o preço que quer com os clientes. Se gostas, parabéns, ninguém te obriga a usar mais nenhum site, mas não interfiras na escolha dos outros.
Fica a sugestão de perderes algum tempo na próxima. Porque longe vai o tempo em que a Booking tinha SEMPRE o melhor preço.
Hoje é recorrente o preço no site do hotel ser mais baixo do que na booking.
Pois eu digo onde me sinto lesado pelo Booking. O Booking não oferece os melhores preços. Quem os oferece é quem ali publicita os seus serviços, sem o intermediário Booking. Aqui, eles (Booking) olham pela vidinha deles e não publicam o contacto telefónico – e nem sempre é fácil dar a volta a isto.
Eu acho que a Booking está a prestar um bom serviço. Já usei esta App e gostei muito.
A Europa está a tornar-se uma entidade altamente burocrática. Com isto significa que algumas das leis / regras não sejam benéficas para o consumidor europeu, mas por outro lado, esta legislação está a tornar-se demasiadamente burocrática que num futuro o mercado europeu poderá deixar ser apetecível para estas empresas, já que todo este processo legislativo a sua implementação é em alguns casos altamente burocrático.
Cortar as pernas a tudo e todos os que querem ser melhores. Enfim
Mas se aparecer um serviço MELHOR que o booking, mas não conseguir implementação no mercado devido às políticas monopolistas, o que o utilizador propõe?! Ficarmos com um serviço pior?!
Parece que vocês não lêem as notícias, só querem mesmo comentar tudo o que fala sobre a UE. A UE só quer garantir que o MELHOR serviço tenha espaço no mercado.
Fossem essas empresas europeias e não havia problema.
Mas então os EUA não zelam pelos interesses das empresas norte-americanas?
Grande comentário!
Então a booking.com é Vietnamita? Ou os Países Baixos saíram da EU?
Explica-nos lá melhor isso, porque pareces dominar o assunto.
Que eu saiba a Holanda/Paises Baixos por enquanto ainda não saiu da Europa e nem saiu da União Europeia e a Booking tem a sede fiscal na Holanda apesar do nome da empresa ser uma palavra inglesa.
A Europa não está podre o seu cérebro talvez o esteja, a União Europeia não quer haja monopólios seja do que for , pois matam a capacidade de haver concorrência e quando há monopólios quem se lixa são os clientes/consumidores e a economia pois não deixam criar novas empresas e portanto novos postos de trabalho.
“Vítima”??? Uma empresa com receitas de mais de 18 mil milhões?? Mas já estamos nos E.U.A. onde corporações são tratadas como pessoas?