Novo estudo mostra estratégias inovadoras para tornar as cidades mais frescas
Investigadores da UNSW Sydney revelaram uma estratégia abrangente para arrefecer Riade, uma das cidades mais quentes do mundo, até 4,5 °C. As conclusões realçam o potencial da combinação de tecnologias de arrefecimento de ponta para reduzir as temperaturas urbanas e o consumo de energia.
Melhoria da sustentabilidade ambiental e da qualidade de vida
Riade, a capital da Arábia Saudita, debate-se com temperaturas escaldantes superiores a 50 °C durante o verão, agravadas pelas alterações climáticas e pela rápida urbanização. O Professor Mattheos Santamouris, responsável pela Cátedra Anita Lawrence de Arquitetura de Elevado Desempenho e autor sénior do estudo, sublinha que a escassa vegetação da cidade e as vastas superfícies artificiais contribuem para reter o calor.
O calor adicional proveniente das emissões dos veículos e das atividades industriais faz subir ainda mais a temperatura, colocando em risco a saúde pública e aumentando a procura de energia. A investigação, realizada em colaboração com a Comissão Real de Riade, utilizou simulações climáticas e energéticas de arrefecimento em grande escala do recinto de Al Masiaf, incluindo o desempenho energético de 3323 edifícios urbanos.
O estudo avaliou oito cenários diferentes de atenuação do calor para identificar as melhores estratégias para reduzir a temperatura e as necessidades de arrefecimento da cidade. O cenário de arrefecimento recomendado envolve a utilização de materiais de construção "super-frios" altamente refletores nos telhados e um aumento significativo do número de árvores irrigadas para aumentar o arrefecimento por transpiração.
O Professor Santamouris sublinha os potenciais benefícios da aplicação da combinação correta de tecnologias avançadas de atenuação do calor, incluindo o aumento do conforto térmico, a redução dos problemas de saúde causados pelo calor extremo, a diminuição das concentrações de poluição e a melhoria da produtividade humana.
Tecnologias diminuiriam a procura de arrefecimento até 35%
Além disso, a investigação simulou o impacto energético das medidas de adaptação para todos os 3323 edifícios de Riade. A combinação de tecnologias de arrefecimento ótimas com opções de adaptação energética, tais como janelas melhoradas, isolamento, energia solar e telhados frios, poderia potencialmente diminuir a procura de arrefecimento da cidade até 35%, representando uma redução significativa das necessidades energéticas e dos custos associados.
Os investigadores tencionam colaborar com a Comissão Real de Riade para implementar o plano de atenuação do calor adaptado, que, se for bem sucedido, será o maior do seu género a nível mundial. O estudo envolveu investigadores de várias instituições, incluindo a Universidade de Sydney, o Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, a Universidade de Calcutá e a Universidade de Atenas.
Numa altura em que as cidades de todo o mundo se debatem com os desafios do calor urbano, esta investigação oferece uma "luz de esperança", ao mostrar o potencial das tecnologias inovadoras para criar ambientes urbanos mais habitáveis e sustentáveis.
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Primeiro destroi-se, depois é que se lembram que afinal precisamos de espaços verdes?
Muito provavelmente nao foram as mesmas pessoas que decidiram ambos…
Claro que não mas enquanto sociedade, este tipo de pensamentos não deveriam cair no esquecimento, por outro lado deixar crescer matagal, não será a meu ver, a melhor forma de incutir espaços verdes…
Andam a cortar números recorde de árvores nas ruas portuguesas, com todo o tipo de desculpas. Depois andam à procura de “soluções”
É revoltante a estupidez dos políticos
Espera espera! O grande estudo inovador é plantar árvores? Hahaha
Alguém que envie isto para a câmara de aveiro pois eles vão precisar após as novas obras!
Aqui no alentejo tudo o que é eucalipto é pra derrubar! Acho que há já eucaliptos a mudar o genero para serem pinheiros!
Isso é comparar alhos com bugalhos…
Isso é ser irônico com situações que em nada nos favorece enquanto sociedade ou acha que é mais importante criar caixas de areia em escolas/faculdades para alunos/as que se identificam como cães e gatos que estudam nesses mesmo estabelecimentos?
Eu concordo consigo, devem ser plantadas mais árvores e criados muitos mais espaços verdes nas cidades. Sempre que vejo um edifício maior ser derrubado em qualquer cidade por onde eu passe, eu desejo que construam lá um parque ou algo do género.
O meu comentário “comparar alhos com bugalhos” é que na minha opinião o derrubar de eucaliptos não tem muito haver com a notícia. Isto é, deve-se perguntar porque razão querem derrubar os eucaliptos. Eu sou da Madeira e acredite que os eucaliptos são uma praga! Deitam um cheiro maravilhoso, e passear pelo meio delas dá uma boa sensação. Infelizmente são árvores que ardem muito bem e espalham que nem uma praga e consomem demasiada água (quando comparando com pinheiros ou outras árvores endémicas).
Todos os que no verão já passearam por zonas verdes e ruas arborizadas percebeu a diferença térmica em ralações as que o não o são. Todos os novos arruamentos deveriam ter isso em conta. Desde já, as arvoras fazem lixo, não se fique escandalizado quando as arvores de folha caduca a perdem e fazem lixo, e por mais que as camaras cuidem da limpeza das ruas, jamais estarão com o hall de entrada das vossas casas.
O teu comentário é bem confuso. Afinal és a favor ou contra as árvores?
Sabe lá ele (sei lá)
É a favor, e acrescenta que árvores teem folhas que caiem e fazem lixo e para as pessoas nao se queixarem disso pois é natural, mesmo com muito esforco das camaras para limpar as folhas da via publica.
Que lixo tão bonito.
Esse é o reverso da medalha por assim dizer. Espaços verdes precisarão sempre de manutenção feita pelo ser humano enquanto a IA não é implementada em seres robóticos para fazer esses (e outros trabalhos). É o que eu chamo de trabalho inglório…
E foi preciso um estudo?