PplWare Mobile

Google e operadoras europeias pedem à UE para investigar o iMessage da Apple

O que é o RCS?

O RCS (Rich Communications Service) é um novo protocolo de comunicação, que funciona da mesma forma que o SMS. Tira proveito da infraestrutura das operadoras de comunicações. Basicamente é como um serviço de mensagens instantâneas, padronizado e atualizado.

A vantagem desta nova tecnologia é trazer os mesmos recursos que as aplicações de mensagens mais populares:

  • Envio de mensagens com mais de 160 caracteres;
  • Suporte a mensagens de áudio e vídeo;
  • Envio de ficheiros, imagens e adesivos;
  • Suporte à criação de grupos de conversa;
  • Possibilidade de usar o Wi-Fi;
  • Possibilidade de ver outro utilizador a escrever, e etc.
                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Fonte: Financial Times

Autor: Pedro Simões


  1. Aves says:

    Em 06/09/2023 a União Europeia designou os “gatekeepers” (controladores de acesso) de 26 serviços, nos termos do Regulamento dos Mercados Digitais.
    Relativamente ao serviços de mensagens instantâneas foram designados as plataformas WhatsApp e o Messenger (do Android). Ao mesmo tempo a Comissão Europeia abriu uma investigação ao iMessage para saber se também devia ser considerado (pelo menos durante um ano fica de fora).
    A Apple alegou que o iMessage não tinha 45 milhões de utilizadores na UE e, além disso, todos usavam o WhatsApp.
    No atual estado das coisas, quem tem que se compatibilizar é o WhatsApp e o Messenger do Android. No post diz-se que o WhatsApp está obrigado “a tornar o seu serviço compatível com RCS” (e, por isso, também o iMessage teria de se tornar compatível com o RCS).
    A União Europeia não obrigou a tal coisa. Decidiu que os controladores de acesso designados em cada serviço (no caso das mensagens instantâneas o WhatsApp e o Messenger) “dispõem agora de seis meses para cumprir a lista completa de obrigações e interdições ao abrigo do Regulamento Mercados Digitais”. Não disse que o WhatsApp tinha que adotar o RCS.
    E de facto há uma grande curiosidade em saber como é que o WhatsApp e o Messenger se vão adaptar. O mais provável, a meu ver, é que o WhatsApp, na mesma app, crie dois interfaces separados – o seu, para as suas conversas e outra para o Messenger. Quem quiser manter as conversas no WhatsApp usa o interface que já existe, quem quiser usar o RCS Chat usa o outro, compatível com o Messenger.
    Como isto vai criar uma grande confusão, os utilizadores do Android e do iOS vão usar o interface do WhatsApp, tal como já acontece – e ninguém quer saber do RCS chat para nada. O que vai fazer a Google parece-me que será continuar a gritar “ai bate o pé, bate o pé, o RCS chat é que é” – que a Apple já disse que não adotava “nem morta” (em sentido figurado).
    https://ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/pt/ip_23_4328

    • A fortuna says:

      É preciso ver que não se trata de que as pessoas usem WhatsApp vs RCS, trata-se de não discriminar algo aberto. Porquê? Porque de um dia para o outro o WhatsApp pode passar a ser pago e as pessoas ficavam limitadas ou quase moralmente obrigadas a pagar para não perderem a sua informação; ao ter RCS integrado as pessoas podem passar sem problemas de um para o outro na fase de transição e quando acabar tudo exportar para um outro messenger compatível. Basicamente é não ficarem dependentes de um ou outro.

      Eu por exemplo mudei de Android para IOS porque a maior parte das coisas passam de um para o outro sem problemas, se eu tivesse um bloqueio de apps de Android, não passava. Eu não uso o imessenger da Apple exatamente porque um dia não quero estar limitado se voltar ao Android. E continuo só a usar os serviços Google no IOS (ou Apple que sincronizam com Google) exatamente porque são multi plataformas. Os da Apple é para me agarrarem na plataforma e nessa esparrela não caio!

      • Aves says:

        A questão não está no protocolo RCS para envio de mensagens isoladas, está na utilização do RCS Chat para conversas do mesmo modo que funciona o WhatsApp. Há uma indicação no penúltimo parágrafo do post: “Suporte à criação de grupos de conversa”.
        No WhatsApp as contas são geridas pela Meta/WhatsApp e a contas do RCS Chat do Messenger são geridas pela Google. A Google, para sua conveniência, vai falando do protocolo RCS e omitindo o RCS Chat, que é o que verdadeiramente importa.
        Eu prefiro não dar ainda mais informação à Google.
        E, como diz a Apple, se todos os utilizadores de iPhone usam o WhatsApp, que é multi-plataforma, para quê complicar exigindo alterações ao iMessage que é irrelevante na UE e usado para mensagens do tipo SMS?
        Já para a Google a questão é diferente – se a Apple fosse obrigada a adotar o RCS conseguia circuitar a WhatsApp, que é o que verdadeiramente lhe interessa, mas disfarça com a questão do código RCS aberto. O engraçado é que não só não consegue acabar com o WhatsApp, como está a correr o prazo para adaptar o Messenger do Android ao WhatsApp. Ainda não li uma palavra da Google como o vai fazer (também não há uma palavra do WhatsApp sobre isso).
        Quanto ao WhatsApp vir a ser pago não creio. A Meta há de conseguir monetizar a informação obtida via WhatsApp, tal como faz a Google através do RCS Chat e da generalidade dos seus serviços.

  2. Zé Fonseca A. says:

    A google anda mesmo ressabiada com esta história do iMessage, nem com RCS tiveram adopção e agora chutam em todas direccoes

  3. Rodrigo says:

    Tem a certeza Google que quer investigações da UE? É que esses tipos estão sempre prontos a encher os bolsos de Bruxelas no fim é multa para a Google e para a Apple.

    • lol says:

      Ainda bem que é assim, diferente dos Estados Unidos que deixam fazer o que as empresas bem entenderem. Muitas mudanças que aconteceram na Apple foi graças as pressões da União Europeia.

      • Manuel says:

        Claro que é isso (facepalm). A próxima medida que a UE quer implementar para “o nosso bem”, é que as apps de conversação permitam que os países possam ver o que nós escrevemos (vai lá ver o artigo do Pplware sobre o eIDAS).
        Aliás, se há coisa que a UE sabe fazer bem, é regular… para poder taxar e multar e com isso engordar os seus bolsos.

  4. Manuel says:

    Em qual dos 30 serviços de mensagens que tem, é que a Google utiliza o RCS ? E qual o interesse deles em promover a adopção deste sistema ?
    Isto faz-me tanta confusão como a história de quererem que o iOS seja um sistema tipo Google, ou seja, um íman de malware.

  5. Alves says:

    A Google olha para números, eles criaram o RCS. Como a Apple tem número significativo de utilizadores, eles querem a forca toda que a Apple implemente algo que foi criado por eles.
    Já viram o que a Google lucra com isso.

  6. AJ says:

    Não sabia que iMessage é indispensável à interação entre utilizadores do Android e do iOS, utilizo iOS e a maioria que troco mensagens utiliza android, nunca encontrei dificuldades em mandar mensagem ou as receber.

  7. says:

    Google a ser google. Talvez se meterem o RCS num bundle com a Stadia o pessoal adira mais.

  8. Tiago Ferreira says:

    A Google quer à força obrigar a Apple adotar o RCS quando isso vai contra os seus princípios. Talvez com esta postura que a própria Apple não aprova, pode ser que a Apple venha a fazer algo radical que vai gerar uma quebra de receita para a Apple, mas pode ser que a Apple venha no futuro a remover o motor de busca da Google do seu ecossistema como motor de busca padrão, e talvez nessa altura a Google se arrependa desta pressão que está a fazer sobre a Apple sem sentido.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title="" rel=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*

Aviso: Todo e qualquer texto publicado na internet através deste sistema não reflete, necessariamente, a opinião deste site ou do(s) seu(s) autor(es). Os comentários publicados através deste sistema são de exclusiva e integral responsabilidade e autoria dos leitores que dele fizerem uso. A administração deste site reserva-se, desde já, no direito de excluir comentários e textos que julgar ofensivos, difamatórios, caluniosos, preconceituosos ou de alguma forma prejudiciais a terceiros. Textos de caráter promocional ou inseridos no sistema sem a devida identificação do seu autor (nome completo e endereço válido de email) também poderão ser excluídos.