SAR: Apple explica o porquê de o iPhone 12 ser seguro para uso na França
Aquando do lançamento do iPhone 15, o regulador francês impôs uma proibição à venda do iPhone 12, uma vez que, nos testes elaborados pela entidade gaulesa, ultrapassava os valores SAR estipulados na lei. Esta decisão em França estendeu-se depois a outros países, mas a Apple rapidamente resolveu o problema, e explicou agora que o iPhone 12 é seguro e sempre foi.
Medições SAR da Apple explicadas ao regulador
No dia 12 de setembro, a Agência Nacional Francesa de Frequências (ANFR) publicou uma declaração sobre a ultrapassagem pelo iPhone 12 dos limites da Taxa de absorção específica (SAR). A Apple agora vem esclarecer que todos os utilizadores do iPhone 12 em França e em todo o mundo nunca estiveram em risco.
A empresa refere que todos os telemóveis têm de cumprir as normas de saúde e segurança de transmissão de energia aceites e todos os modelos de iPhone cumprem estas normas. Estes regulamentos e normas internacionais têm como objetivo garantir que existem limites na transmissão de energia quando um dispositivo está em contacto próximo com o corpo humano.
Há mais de uma década que os iPhones têm uma funcionalidade de deteção quando está afastado do corpo, que permite uma potência de transmissão ligeiramente superior quando pousa o telemóvel, por exemplo, numa mesa. Este mecanismo tem sido exaustivamente testado e verificado internacionalmente como eficaz para cumprir os requisitos de SAR. A energia ligeiramente superior não é aplicável à conformidade com SAR, uma vez que o telemóvel está em cima da mesa e não junto ao corpo.
Contudo, a ANFR utilizava um protocolo de teste que não considera este mecanismo de deteção quando está afastado do corpo, não permitindo, assim, um ligeiro aumento da potência quando é adequado. Como tal, reafirma a empresa de Cupertino, para os utilizadores em França, foi lançada uma atualização de software que desativa esta funcionalidade para se adaptar a este protocolo de teste.
Que normas existem para o SAR?
Desde o lançamento do produto em 2020, o iPhone 12 foi certificado e reconhecido por cumprir ou exceder todos os regulamentos e normas SAR aplicáveis em todo o mundo.
O protocolo de teste específico utilizado pela ANFR requer que os dispositivos cumpram os limites de SAR junto ao corpo, mesmo quando o dispositivo é testado afastado do corpo numa superfície estática. Esta decisão não é consistente com as normas internacionais, que permitem testes independentes de mecanismos de controlo de energia que podem não ser ativados durante os testes SAR padrão.
Atualização de software do iPhone 12 em França
O iOS 17.1 inclui uma atualização para o iPhone 12 dos utilizadores em França, de modo a adaptar-se a este protocolo de teste específico, que requer uma potência reduzida quando está afastado do corpo numa superfície estática.
O iPhone 12 deixará de aumentar a potência permitida quando o estado afastado do corpo for detetado. Como tal, em áreas de cobertura onde o sinal de rede móvel for baixo, esta alteração na potência de transmissão da antena poderá resultar num desempenho da rede móvel ligeiramente inferior em determinados casos de utilização afastada do corpo. Não se espera que a grande maioria dos utilizadores repare em qualquer impacto.
Leia também:
O que é o SAR
Specific Absorption Rate (SAR) é uma medida da quantidade de radiofrequência depositada no corpo e na cabeça humana sempre que um telemóvel ou outro dispositivo wireless faz uma transmissão. É o valor máximo de SAR (em unidades de Watts/kg) que é medido durante os testes de conformidade de SAR. Todos os modelos de telefones móveis são testados para garantir que cumprem com os limites nacionais e internacionais de exposição a emissões de radiofrequência, antes de serem vendidos no mercado.
Os valores de SAR reportados para cada modelo de smartphone/telemóvel costumam exagerar os níveis de exposição reais, já que modelos de telefones são testados em níveis máximos de potência, em condições de laboratório para garantir a conformidade. Os telefones móveis não costumam operar em níveis máximos de potência durante o uso diário. Para evitar interferência na rede, melhorar a duração da bateria e o tempo disponível de chamada, os dispositivos adaptam-se constantemente à potência mínima necessária para fazer a manter uma chamada.
Este artigo tem mais de um ano
Resumindo:
– Há mais de 10 anos que os iPhones têm sensores que lhe permitem distinguir quando está a ser utilizado fora do corpo, como seja pousado, numa mesa. Quando está fora do corpo permite uma potência de transmissão um pouco maior. Os iPhones foram testados com esse mecanismo de deteção a nível internacional e certificados e considerados seguros.
– A ANFR usou um protocolo de teste que não leva em conta esse mecanismo de detecção fora do corpo, não permitindo assim esse ligeiro aumento na potência quando apropriado.
– Assim, iOS 17.1 desativa – exclusivamente em França – o mecanismo de deteção fora do corpo e esse ligeiro aumento de potência .
Acho que é mais um caso da montanha que pariu um rato. Tanto “bruá” e afinal é isto.
Tu é que és seguindo e comes tudo o que maçã diz. Olha lá qual o sentido e vantagem disso? De aumentar a potência longe do corpo? Nenhuma, a Apple como suposta marca premium devia era em 10 anos melhorar a tecnologia para emitir menos radiação. Que é o mínimo que uma empresa deve ter em conta, que é a saúde dos seus clientes. Para além disso toda a gente dorme com o telemóvel na mesa de cabeceira, muito perto do corpo logo a Apple aumenta potência e a radiação chega na mesma a pessoa. É tudo balela, a França e o mundo todo deviam era proibir a venda dos iPhones. Pena ter acreditado nesta anedota da maçã.
Vá… não cheguemos a extremismos
Tópicos de leitura recomendados:
– Radiação ionizante e não ionizante
– Taxa de Absorção Específica (SAR, na sigla em inglês), que mede a quantidade de energia de radiofrequência absorvida pelo corpo humano quando o smartphone é usado
– Valores limites de SAR aprovados pela UE e comparação com os limites considerados seguros (na UE é cerca de 1/50 dos níveis SAR considerados seguros)
– Valores de SAR dos iPhones dos últimos 10 anos (são obrigatoriamente publicados pelo fabricante e o cumprimento dos limites impostos pelos reguladores)
– Lei do inverso do quadrado – de cada vez que a distância do smartphone duplica a intensidade da radiação é reduzida para 1/4.
Em resultado desta lei, a intensidade da radiação do smartphone na mesa de cabeceira é consideravelmente menor do que quando está em contacto próximo com o corpo. Além disso, o smartphone só emite radiofrequências quando está em atividade, de noite será próxima de zero.
Que tenhas muita saúde e a mim que não me falte.