Cientistas chineses conseguiram produzir açúcar a partir de dióxido de carbono
Cientistas chineses conseguiram realizar uma síntese total e precisa de açúcar a partir de dióxido de carbono, em laboratório, marcando um passo crucial na síntese de açúcar artificial.
O açúcar é uma importante fonte de energia para o corpo humano e uma matéria-prima fundamental para a fermentação industrial, sendo obtido principalmente através da sua extração de culturas como a cana-de-açúcar.
No entanto, o método tradicional de extração é limitado pela eficiência de conversão de energia da fotossíntese das plantas.
Além disso, o processo de extração do açúcar tem sido afetado pela incerteza do abastecimento de matérias-primas devido à degradação e escassez dos solos, à degradação dos ecossistemas e às condições meteorológicas extremas, e às catástrofes naturais causadas pelo aquecimento global.
Por isso, a síntese artificial de açúcar tem sido estudada, assídua e afincadamente, pela comunidade científica, nos últimos anos, e cientistas de todo o mundo têm contribuído para esse esforço.
Esta de que lhe falamos hoje demorou dois anos a realizar e foi conseguida por equipas do Instituto de Biotecnologia Industrial de Tianjin da Academia Chinesa de Ciências e do Instituto de Física Química de Dalian da mesma academia.
Cientistas conseguiram transformar dióxido de carbono em açúcar artificial
Na sua última investigação, os cientistas chineses ajustaram o dióxido de carbono de alta concentração e outras matérias-primas na solução de reação, de acordo com determinadas proporções. Depois, com a ajuda de catalisadores químicos e enzimáticos, obtiveram quatro tipos de açúcares: glucose, alulose, tagatose e manose.
A experiência durou cerca de 17 horas. Segundo Yang Jiangang, autor principal do artigo e investigador associado do instituto de Tianjin, muito menos do que o tempo necessário para os métodos tradicionais de extração de açúcar.
A eficiência da síntese de açúcar neste estudo foi de 0,67 gramas por litro por hora, o que foi mais de 10 vezes superior aos resultados anteriores obtidos por cientistas de todo o mundo.
De acordo com Yang, a taxa de conversão de dióxido de carbono em açúcar de glucose atingiu 59,8 nanomoles de carbono por miligrama de catalisador por minuto. Este é o nível mais elevado de produção de açúcar artificial conhecido, nacional e internacionalmente.
Ao controlar os efeitos catalíticos variados de diferentes enzimas, teoricamente quase todos os tipos de açúcar podem ser sintetizados.
Partilhou o investigador, explicando que o estudo permitiu o controlo preciso da síntese de açúcar artificial.
Na perspetiva de Manfred Reetz, membro da Academia Nacional de Ciências Leopoldina, na Alemanha, a conquista dos cientistas chineses abriu uma porta para a química verde, por via da síntese de açúcar flexível, multifuncional e eficiente.
Semelhante à química sustentável, a química verde é um domínio em expansão que se centra na forma de utilizar plenamente as matérias-primas e a energia na produção do resultado pretendido, minimizando ou eliminando a utilização e a produção de substâncias nocivas.
A conversão de dióxido de carbono em açúcar é vista como um exemplo de química verde, uma vez que foi efetuada em condições normais de temperatura e pressão e não produziu quaisquer substâncias nocivas.
A investigação foi publicada, na semana passada, num artigo no Chinese Science Bulletin, uma revista académica multidisciplinar.
Este artigo tem mais de um ano
Moral da História – Precisamos de Dióxido carbono neste planeta , com ele tudo é permitido acontecer, faz parte da quimica do planeta
Não precisamos de mais CO2 a provocar incêndios e mais catástrofes naturais, nem de açúcar a provocar diabetes. Já os temos mais do que em excesso. A novidade é que estes cientistas descobriram a maneira de nos livrarmos do CO2 transformando-o em açúcar. Só que isso também não vai resolver nada: vai exigir mais energia para processar o CO2, e para a produzir vão ser necessárias mais emissões. Em abstracto até é possível converter o carbono do CO2 em diamantes, que são muito mais valiosos que o açúcar. Basta ter um acelerador de partículas. O problema é o custo e o impacto que todo esse processo vai ter.
Quem provoca os incêndios não é o CO2 mas sim pessoas. Ou o CO2 só existe em força em Agosto? Só no caso de não teres ainda percebido do gang mundial que anda por aí espalhado.
Também criaram o covid mas falharam. O ocidente tem a melhor tecnologia e saude do mundo. Por isso quando russos, chinesee e coreanos estao aflitos vem pa europa pedir tratamento e aprender. Ate as filhas do putin vivem onde? Na holanda. O rocket man? Estudou na suica
A tal tecnologia que usa tudo o que e manufacturado na china e em que as equipas de investigacao sao maioritariamente lideradas por asiaticos?
Alulose dá muito jeito, é um açúcar muito caro. Seria um excelente substituto para o aspartame e sucralose na indústria.
Por enquanto ainda prefiro a solução de fotossíntese da planta estevia. Consome CO2, produz oxigénio e um produto medicinal adoçante.
A natureza não necessita que a ajudemos. Que a deixemos seguir o seu curso natural, porque tem um conhecimento superior ao ser humano de milhões de anos. Deixemos de alterar o curso natural da natureza, ou se quisermos aprender algo, que estudemos o seu ciclo de regeneração.
CO2 docinho??? Vamos esgotá-lo rapidamente!!!
Em alternativa á planta existe no supermercado um produto industrial vendido como estevia. Não tem propriedades medicinais mas é docinho.
Que quantidade de CO₂ (libertado para produzir energia) foi necessário para:
1 – capturar o CO₂ para a síntese
2 – sintetizar para produzir o açúcar?