China quer limitar o uso de telemóvel nas crianças ao máximo de 2 horas por dia
Para onde quer que vamos, se virmos crianças o mais normal é que estas estejam acompanhadas pelos seus smartphones ou tablets. Mas esta é uma realidade que preocupa significativamente a China e, como tal, agora o país asiático pretende apertar ainda mais o certo e limitar o uso do telemóvel por crianças até ao máximo de 2 horas por dia.
Crianças chinesas vão apenas poder usar o telemóvel 2 horas por dia
Já estamos habituados a receber notícias sobre as regras mais apertadas impostas pelo governo Chinês aos seus habitantes, sobretudo no que respeita à tecnologia. Por exemplo, nem todos os jogos eletrónicos são permitidos no país, havendo apenas uma parte deles que passa no crivo da censura por respeitarem determinados requisitos.
E quando falamos dos mais pequenos com telemóveis ou tablets, a mão firme chinesa também se faz sentir com bastante frequência. Mais recentemente, a China propôs uma nova imposição onde pretende limitar no máximo a 2 horas diárias a utilização do smartphones pelas crianças. Já no ano passado, o país implementou um limite de 3 horas por semana para jogar, sendo que 70% das crianças cumpriram essas mesmas ordens.
Na nova proposta, inclui-se a utilização de smartphones, tablets e também smartwatches. Contudo, o tempo limite estabelecido depende da idade da criança. Por exemplo, crianças de 8 anos apenas poderão aceder cerca de 40 minutos a estas tecnologias e quando tiverem 12 anos já poderão estar até 1 hora. Ao completarem 16 anos, esse tempo alarga para 2 horas por dia, no máximo. Mas esta utilização não deverá acontecer entre as 22h00 e as 06h00.
De uma forma geral, esta proposta propõe:
- Impedir o uso de tecnologias entre as 22h00 e as 06h00
- Lembrar para se fazerem pausas a cada 30 minutos
- Permitir que os pais definam um horário de uso
- Impedir redefinição das configurações de fábrica, podendo apenas ser feita com permissão dos pais
- Ter esta app de controlo sempre presente, sem a possibilidade de a desinstalar
Mas existem ainda outras orientações adicionais, referentes ao conteúdo que é visualizado. Ou seja, as crianças com menos de 3 anos apenas podem ouvir músicas e conteúdos infantis adequados à sua idade. Já entre os 4 e os 8 anos podem ver conteúdos educativos e ao chegar aos 9 anos é permitido verem habilidades úteis, conteúdos de ciência e notícias ajustadas à idade. A partir dos 13 anos podem aceder a "conteúdos divertidos que trazem algo positivo para as suas vidas" e aos 17 anos já podem ver informações para essa idade, embora aqui não haja muitos mais detalhes.
Por fim, a proposta ainda exige que os conteúdos visualizados reflitam os valores socialistas e que não sejam exibidos conteúdos que possam afetar negativamente a saúde física ou mental dos menores.
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Vendo como a Europa e norte América estão a or, acho muito bem.
Cada vez fazemos mais, temos menos tempo e acabamos por ter menos rendimento
Acho que a UE devia seguir a mesma ideia mas às redes sociais por semana 1h e chegava e sobrava para as pessoas começarem a viver, com exceções a conta empresariais comprovadas que necessitem das redes como fonte de trabalho, o resto era assim!
O proprio inventor do telefone celular, disso ter arrependido de sua criacao, pois todos estavam grudados excessivamente nas telas dos smartphones hoje. Entao, boa coisa nao é.
Aumentem os salários, criem mais condições de vida, devolvam dignidade às pessoas que elas nem vão precisar de redes sociais, começam a expandir para outros interesses. Proibir que pobres não tenham acesso a redes sociais ainda os entorpece ainda mais.
Continuam preocupados com a quantidade e com os números, quando o fundamental é controlar e saber o que fazem as crianças durante essas duas horas.
Passar duas horas a falar com os primos que estão longe não é a mesma coisa que passar duas horas no tictok a ver e publicar vídeos, ou a jogar jogos violentos.
Conheço pais que, ao menos, quiseram proibir os filho(a)s de usar o telemóvel durante as refeições. Para contornar a proibição e poder ir dando uma olhadela, as invenções são infinitas, por exemplo por o telemóvel dentro da fruteira ou na dispensa. Quando são chamado(a)s para a mesa interrompem, muito contrariado(a)s, as mensagens que estavam a ter, precisam de ir acompanhando. Já é assim há anos, os que já fizeram isto muitos já são pais.
A dependência do telemóvel é mais que muita. Percebe-se que na China e em alguns Estados dos EUA (fala-se também que está em preparação legislação federal), se queira diminuir o acesso (também fora da escola) das crianças aos telemóveis e à internet. Naturalmente que tem que ser por grupos etários diferenciados, na China até aos 4, 8, 12 e 16 anos,
Mas os meios são muito diferenciados.
Nos EUA quer-se que a responsabilidade, no tempo de acesso e conteúdos, seja das redes sociais e prestadores de conteúdos. Isto obriga – não se vê outra forma, que todos os seus utilizadores se identifiquem em cada rede social ou prestador de conteúdos e lhe enviem o documento do governo comprovativo desses dados.
Não se está a ver como é que nos EUA ou noutros países isto possa ser feito, tanto mais que se tornavam alvos preferenciais dos hackers.
Para a China isto são amendoins, o Estado manda cumprir, é para executar.
E os pais? A China é, economicamente, um regime capitalista mas a sociedade é governada por uma ditadura comunista, do PCC e do exército chinês. As pessoas têm recompensas e punições. Se o Governo/PCC disser que as crianças ate aos 4 anos só têm 40 minutos de acesso aos telemóveis, os pais nem lhos entregam, não vá ser que haja algum engano e sejam acusados de terem deixado aceder mais de 40 minutos.
E quanto ao conteúdos? Basta comparar os conteúdos do TikTok no ocidente – videos de disparates e do seu irmão gémeo na China – ciência, xadrez, e grande nação chinesa.
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Sei a diferença entre despensa e dispensa . o corretor ortográfico só conhece a última.