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CEO da criadora Ubisoft pede ajuda aos trabalhadores para salvar a empresa

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Marisa Pinto


  1. Joao says:

    Basicamente estão a dizer aos funcionários para trabalharem mais uma hora por dia sem remuneração…
    Que culpa têm os funcionários pela má gestao!?
    A culpa é da direção que só vê $$$ a frente.

    • Zé Fonseca A. says:

      Estão a pedir para trabalharem pelos seus postos de trabalho, qual é o mal? Será melhor perderem os seus postos de trabalho e não fazerem nenhum?
      A vossa visão daquilo que é ser colaborador de uma empresa é muito redutora, é só direitos e acham que os deveres se cingem aos que estão no contrato de trabalho.
      Tenho dias onde chego a trabalhar 16h por dia sem receber mais por isso e sem ninguém me ter pedido nada, é uma questão de profissionalismo, por vezes há coisas que precisam de ser feitas e é preciso vestir-se a camisola pela empresa que escolhemos integrar.

      • Fusion says:

        O que o João disse é válido, assim como o que disseste tambem é válido.

        A culpa da empresa estar como está deve-se simplesmente ao facto de terem tido uma má gestão. Concordo no entanto com o profissionalismo, mas sem uma boa visão de topo, podes ser o melhor na tua area que mesmo assim iras afundar juntamente com a empresa.

        Primeiro passo deveria ser a empresa definir metas e apostar nos títulos mais lucrativos. Olha o exemplo da Rockstar, lança um titulo aproximadamente a cada 10 anos e se não me engano é o estúdio que mais fatura por titulo.

        O importante é a qualidade e não a quantidade, e foi isso que falhou na Ubisoft, não foram os funcionários, até porque eles não decidem nada.

      • PoPeY says:

        Eu tenho uma visão um pouco diferente das coisas. Não sei qual é o estatuto do CEO da UBI, mas vou falar sobre os casos que conheço.

        É muito chato um CEO que anda de ferrari e que passa ferias no dubai, pedir ajuda e mais empenho a funcionários que andam de transportes públicos e que as ultimas ferias foram passadas na casa do primo “na” Quarteira.

        Quero com isto dizer que os funcionários não podem/devem dar mais de si numa empresa onde se tudo correr bem, o único beneficiário será o CEO e amigos. “Ahhh mas estão a salvar os postos de trabalho”… F** esses postos de trabalho. Um funcionário que vive com pouco facilmente arranja outro trabalho. Já o Sr. CEO gostaria de o ver a mexer na lama. 8)

        2 exemplos concreto, podemos falar da TAP e NOVOBANCO. :’D

        **Não estou a dizer que sou dono da verdade absoluta. É apenas a minha opinião pessoal.

      • Nuno says:

        Peço desculpa mas se trabalha 16h por dia sem ser remunerado pelas horas extras (assumindo que o seu horário é de 8h por dia) ou já recebe um bom salario que o compensa por isso mesmo ou então está a ser explorado pelo seu patrão.
        A não ser claro que seja o patrão…
        O trabalhador dá a mão de obra e a entidade patronal paga por essas horas de mão de obra, ponto final.
        Este tipo de discurso que estamos a ver aqui pelo CEO da Ubisoft já eu ouvi muitas vezes de forma a “forçar” o trabalhador a trabalhar de borla.

        • Godlike says:

          Exatamente.
          Parece-me mais que não souberam gerir a empresa e agora estão a usar os trabalhadores como bode expiatório com este “pedido de ajuda”.

          Mas é assim quando decidimos trabalhar com investidores que nos dão prazos irrealistas para apresentar um produto. É preciso ter uma visão a longo prazo neste mundo e certamente foi isso que faltou aqui, por isso esta grande bola de neve de cancelamentos e adiamentos.

          As empresas precisam medir o seu sucesso pelo impacto que causam na sociedade, e não pelo lucro.

          O facto de existirem cada vez mais indie games criados por pequenas equipas com menos de 5 pessoas, que estão a competir (e a ganhar em vários pontos) com estes grandes estúdios é humilhante na minha opinião.

        • Zé Fonseca A. says:

          Ganho relativamente bem, mas já ganhei o ordenado mínimo a trabalhar também 16h, e novamente, sem ninguém me pedir ou exigir, cada um sabe de si, eu gosto de trabalhar e aprender e prefiro trabalhar do que ver séries ou jogar ou la o que vocês fazem hoje em dia, graças a gostar de trabalhar é que hoje me posso dar ao luxo de trabalhar as horas que quiser quando quiser e se quiser um dia não trabalhar para passar tempo com a família também o faço, se vocês preferem ter um emprego medíocre das 9 às 6 a ganhar uns míseros 2000-3000€ porque não estão para “ser explorados” é porque não gostam de trabalhar e provavelmente não vão longe na vida.

          • Pereira says:

            Amigo, secalhar na sua altura era diferente…

            Hoje não precisa de trabalhar as 16h, precisa de 10h por dia em que 4 das quais são a lamber botas, 2 são no almoço com as chefias e as restantes 4 são a perguntar aos seus colegas como se faz o trabalho…

            Já agora deixo o desafio, a próxima vez que falar na treta de “vestir a camisola”, pense em primeiro se quer trocar a sua XXL com aqueles que se todos os dias têm que vestir o S….

          • Zé Fonseca A. says:

            Como imigrante nos USA por mais de 10 anos, adotei esse mal cultural deles e hoje em dia almoço e por vezes janto na secretária enquanto trabalho e não levo mais de 15 min.
            Lamber botas é giro mas deve ser em PMEs tugas ou FP.

          • Luís Pacheco says:

            E depois ainda há o respeitar os colegas. A não ser que sejas o único funcionário, gostes ou não é um mau princípio. Andam pessoas à décadas a lutar pela redução dos horários de trabalho para depois vir alguém dizer que trabalha 16 horas. É que por eese princípio volta se ao tempo da exploração, ao longo dos tempos pessoas lutaram e morreram para que outros tivessem direitos laborais. E por mais que se goste do que se faz… Por amor de Deus… Com tanta coisa que a vida tem e com tão pouco tempo que temos… Eu trabalho porque preciso. Inverter este princípio é uma coisa assustadora. A verdade é que temos menos tempo do que pensamos…

          • Zé Fonseca A. says:

            Primeiro não tenho nada a ver com a vida dos outros, segundo ninguém sabe as horas que trabalho a não ser eu, não sabe o meu patrão, não sabem os meus pares e não sabem os meus subalternos, não tenho sequer horário de trabalho, trabalho o que quero quando quero, se quisesse gozar 60 dias de férias num ano desde que o trabalho aparecesse feito não teria sequer problema.
            Vocês focam-se muito na obrigação de trabalhar, para mim é um gosto trabalhar, só posso agradecer ter imenso trabalho e sempre projectos interessantes.

      • someone says:

        Incrível quando o portugues adora romantizar o trabalho sol a sol, quando nos paises nordicos, bate o relógio e sai tudo…nem mais um minuto…

        Salário emocional > salário financeiro…Que adianta ganhares um salário acima da média, se depois não tens tempo de usufruir? Gastas mais em saúde mental para manteres os standards que a empresa espera de ti…e é isso que os empresários portugueses querem…produtividade lá em cima…a custo lá em baixo…

        Já não estamos aí, meu caro…

        • Zé Fonseca A. says:

          Depende muito de pessoa para pessoa, eu odeio estar de férias por exemplo, posso estar nas Maldivas ou Polinésia Francesa a fazer mergulho, gosto muito dos momentos de lazer e de estar com a família mas odeio estar afastado do trabalho. Trabalho não afecta saúde mental nem me stressa, meu maior stress é ficar dias a fio sem trabalhar, talvez por brio profissional, talvez seja workaholic, que importa se sou feliz a fazê-lo?

          • Biotico says:

            Gosto muito do teu discurso!! Conheci muita gente como tu ao longo de mais de 3 décadas numa área altamente especializada. O discurso era exactamente o mesmo. E sabes uma coisa? A produtividade dessas pessoas eram muito baixa, logo a sua rentabilidade para a empresa era também muito baixa pelo que quando algumas empresas sentiram dificuldades, adivinha o que se passou? Pois, foram convidados a sair! Mais grave ainda é que devido à sua entrega total às suas profissões, as suas vidas sociais/familiares eram precárias, para não dizer outra coisa, o que fez que não tivessem as “ferramentas” necessárias para lidar com a situação…. e, de repente, o seu discurso mudou!
            Como tudo na vida, é preciso haver um equilíbrio.
            Mas se és feliz, quem sou eu para te dizer como deves viver! Só espero que um dia mais tarde não olhes para trás e vejas o que perdeste. Pessoalmente, não te invejo… Tenho quase 50 anos e cada vez mais vejo o tempo a passar mais depressa. A vida é muito mais que trabalho ou materialismos.

          • Zé Fonseca A. says:

            Trabalho na mesma empresa há pouco mais de 10 anos, sendo que iniciei a trabalhar na actual empresa em NYC, durante 5 anos estive em NYC a trabalhar para essa empresa antes de pedir para vir para PT, sendo NYC e sendo uma empresa da area de finance, tipicamente as pessoas que não apresentam resultados não duram nem 6 meses, os despedimentos são tão comuns como as contratações e eu ainda aqui ando e até me deixaram realocar-me para a europa.
            Estou a 5 dos 50 e também penso da mesma forma, mas ao contrario de outros eu percebo que o trabalho é parte integrante de quem eu sou, e claro, o dinheiro é bem-vindo, quem já imigrou sabe bem porque o fez.

      • blablaefactos says:

        “… é só direitos e acham que os deveres se cingem aos que estão no contrato de trabalho.,,,”, Pena nao pensarem nisso, qdo estao na mó de cima e a ganhar exponencialmente. Ai ja nao ha deveres de “distribuiçao” mais equitativa, so qdo é pa mais trabalho.

        • Zé Fonseca A. says:

          Na minha ótica um funcionario deve ganhar o valor de mercado justo pelo seu trabalho, nem mais nem menos, a diferenciação deve ser nos prémios e nos beneficios, empresas internacionais percebem isso.

      • JJ_ says:

        Explica lá como é que um funcionário pode vestir a camisola, quando consegue só ele faturar +100k/ano para a empresa, e o que recebe é umas palmadinhas nas costas e o ordenado mínimo?

        Ser bem remunerado e trabalhar um tempo justo, não é ser mau profissional ou não gostar de trabalhar. É ter vida alem do trabalho e não ser explorado, dar valor a familia, a sua saúde física e mental.

        Conheço muitos que trabalharam dessa forma, e hoje só lamentam não terem ter tido mais tempo com os filhos e com a familia. Reconhecem que esse esforço não valeu muito a pena e não foi reconhecido.

        • Zé Fonseca A. says:

          Isso é falta de ambição, se o profissional é assim tao bom porque não vai ser bom para um sítio que seja valorizado?
          Ao longo da minha vida troquei de emprego 6 vezes e quando aprensentei a carta de demissão aparecia sempre uma proposta mega bombástica para me manterem, aí já era tarde, se me valorizassem teriam apresentado melhores condições antes de querer sair.
          O mal é de quem se sujeita a essas gestões e nada faz para mudar de pouso, depois viram maus profissionais, descontentes e que nunca vão progredir na vida, a maioria dos tugas é assim.

          • JJ_ says:

            Mudou 6 vezes de emprego, mas não foi do dia a seguir ao perceber que não iria ser valorizado. Tem de se procurar e então mudar. Até lá tem de se continuar trabalhar, porque se tem contas para pagar.

            Alem disso, não misture a realidade portuguesa com a dos EUA. Nos EUA, bem ou mal, sempre valorizam mais os trabalhadores e a mudança de trabalho é mais fácil de se realizar.

          • Zé Fonseca A. says:

            Não misturo nada, quando vivi nos EUA mudei de emprego uma unica vez, em mais de 10 anos.
            Valorização do trabalho? Monetária sim, o resto nem por isso.

    • Sabe-se lá says:

      E a EA só não está no buraco também por causa do FIFA que vai “segurando as pontas”, porque quando acabar a licença, que até acho que termina depois de sair o FIFA 24, vamos ver onde ela vai parar…

  2. Godlike says:

    Foi provavelmente a minha produtora de jogos favorita (exceto a Rockstar Games)… Em particular, Rainbow Six (até ao Vegas 2), Far Cry (até ao Instincts Predator) Ghost Recon (GRAW 2) e Splinter Cell (todos).
    No entanto, como tantas outras hoje em dia que se focam exclusivamente no lucro, cada novo lançamento é um tiro no pé.

    • ifm says:

      A rockstar é sem duvida um exemplo a seguir… eu comprei quase todos o jogos dessa produtora.

      Depois ha empresas como a EAgames, que para min ja deviam ter batido no fundo ha muito.

      DLC’s
      Pay to Win
      Subscriçoes
      etc,

      Não faz sentido terer ingame, jogos de sorte ou azar, muito menos que influenciem ou deiam vantagem clara a um jogardor que tenha uma subscrição ou que paguem para ganhar.

      Se querem ter dinheiro ingame, é para facilitar a progressão, para skins, etc
      Mas um jogador que não queira enterrar la dinheiro deve conseguir ter acesso as mesmas oportunidades e equipamentos. vai demorar mais, mas deve ser tingivel.

      DLC’ outra coisa que me deixa maluco, 2€ + 3€ +1€+4€…..Que grande tristesa

      • Godlike says:

        Concordo, especialmente em relação à EA Games…
        O que eles fizeram com o Battlefield depois do 4 é um bom exemplo… Ignoraram completamente a essência do Battlefield em prol de trazerem mais jogadores e aumentar o lucro, só que… o tiro saiu pela culatra.

        No entanto ainda existem aqueles que continuam a sustentar a fantasia de que algum dia será lançado o glorioso Battlefield Bad Company 3 que irá salvar a saga (ou não) e por isso continuam a pagar para serem beta testers das demos que a EA lança a cada 2-3 anos.

  3. TT says:

    Se calhar o CEO mandou o email aos funcionários porque provavelmente a produtividade não deve ser a mesma que foi no passado! A Ubisoft nunca teve problemas destes no passado, algo mudou!

  4. Moimeme says:

    Empresa de jogos em dificuldades? Que excelente notícia.

  5. Dalex says:

    Que a coloque em insolvência ou venda. Quando se chega a este ponto não há horas extras que cheguem para salvar uma empresa destas. Além de nao se conseguir mudar o rumo das coisas ainda entram
    os trabalhadores burnout.

  6. secalharya says:

    Os CEOs que metam menos €€€ no bolso que chega e sobra.

  7. Rui says:

    Mudou a qualidade dos jogos. Andam anos a desenvolver um jogo e quando sai está cheio de bugs. Não interessa lançar 10 jogos por ano desta forma. Mudou o preço dos mesmos e achar que o fan vai continuar a comprar. Lançar jogos com o preço cheiro e depois ainda vem cheio de micro transações + dlc’s pagas, etc.
    Antigamente lançavam-se demos do jogo antecipadamente para as pessoas poderem experimentar. Agora nem isso fazem para conseguirem enganar mais gente.

  8. João says:

    Esquecendo o email do CEO, a UBISOFT ha muito que perdeu o foco daquilo que a fazia uma boa empresa. Os seus jogos actualmente focam-se em quantidade invés de qualidade, mundos absolutamente gigantes com objectivos repetitivos e histórias fracas, a contrastar com aquilo que lhe deu origem, nos primeiros jogos das franquias, como Far Cry ou Assassins creed, cuja qualidade actual, a meu ver, cinge-se apenas ao visual e pouco mais. Que comecem a inovar, a trazer qualidade e vão ver como a empresa começa a melhorar. Honestamente, fico feliz com isto pois é uma lição, para eles e tantas outras. Com sorte são comprados e começam a desenvolver algo de jeito. Entretanto é esperar que o AC volte a ser o que já foi.

  9. Marco Rodrigues says:

    Se fizessem era outro Rayman, isso sim !!

  10. neopunk says:

    A industria de videojogos atravessa uma crise mais alargada, a UBISOFT é apenas um dos reflexos disso.
    O Free to Play das plataformas móveis e até em consolas ocupa um espaço significativo na nova geração de jogadores, os atuais adolescentes vivem nessa realidade e cresceram no meio dessa evolução, já as camadas mais jovens, crianças até 10 anos, práticamente só se interessam por este modelo de Gaming.

    Olhando para a base de jogadores que são adeptos de AAA games, grande parte está saturada do ciclo vicioso de lançamentos anuais que pouco acrescentam, é para lá de uma década nisto. Por oposição, o mercado de retrogaming cresceu significativamente, o que é uma manifestação que as pessoas mais facilmente se mobilizam para jogos antigos que gostaram do que para novos lançamentos que pouco trazem de novo à industria de videojogos.

  11. Warlock says:

    Na realidade o maior tiro nos pes foi terem insistido ate a morte do seu launcher… e nao terem disponibilizado os seus jogos na steam nos ultimos anos. pensavam que depois com o contracto de exclusividade + a propria loja se iam safar. Mas correu mesmo mto mau.

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