Elon Musk faz “rolar cabeças” dentro do Twitter

Vasco says:

Por acaso reabri a minha conta no Twitter esta madrugada, após ter lido essa notícia. Na altura em que Trump começou a ser censurado, senti alguma repugnância pela atitude do Twitter, e isso levou-me a enviar um e-mail à direcção dessa empresa, onde pedi para me cancelarem a conta. Fiz o pedido também online, manifestando as razões do meu descontentamento enquanto utilizador, e desinstalei o Twitter do telefone e do computador. Na maré de queixas contra a censura que deve ter invadido o Twitter ao longo dos últimos anos, quase de certeza que a minha foi apenas mais uma queixa. Estando longe de qualquer quadrante político, e não me identificando de todo com nenhuma das propostas políticas actualmente existentes, que considero ultrapassadas, não deixou contudo de me incomodar bastante a perseguição e o cancelamento de ideias e opiniões levado a cabo por essa plataforma, ao melhor estilo nazi. Para mim, impedir alguém de expressar as suas ideias e convicções, apagando-lhe um simples post que seja, é o equivalente a matar a tiro uma pessoa apenas por discordar dela no mundo real, ou seja, é pura e simplesmente inadmissível e intolerável. A liberdade de expressão sem ofensas primárias é um dos direitos mais sagrados que existe na nossa civilização ocidental, e deve ser defendida a todo o custo. Obviamente que não espero de Elon Musk o papel de justiceiro -nem reconheço a ninguém esse papel -, e acho que se trata sobretudo de um homem de negócios que sabe bem que adquiriu uma plataforma onde todos os políticos comunicam as suas decisões instantaneamente ao público e aos media, o que lhe dá um valor incalculável em termos estratégicos, valor esse muito acima dos 40.000 milhões de dolares que ele pagou. 40.000 milhões de dolares é até muito pouco dinheiro para comprar uma influência planetária, penso. Apesar de não lhe reconhecer esse papel de “justiceiro”, fiquei contudo bastante agradado pela postura de abertura que ele já anúnciou querer fazer regressar ao Twitter, e também pelo facto da limpeza ter começado pelo topo da hierarquia da empresa, sem contemplações, despedindo aquela sujeita intragável, asquerosa quase, a indiana Vijaya Gadde, chefe da censura do Twitter. Grande sinal de mudança!