Cibersegurança: Universidades/Politécnicos vão dar formação aos portugueses
O programa C-Academy, do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), visa disponibilizar conteúdos e formações alinhados com o Referencial de Competências de Cibersegurança. A C-Academy é um projeto de abrangência nacional e irá até ao primeiro trimestre de 2026, usando verbas do PRR. O início das formações acontecerá ainda este ano.
O CNCS desafiou a academia a integrar a C-Academy (Academia de Cibersegurança) e hoje foram assinados os memorandos de manifestação de interesse. Foi também assinado um memorando para a criação de uma Aliança para a Cibersegurança.
O evento começou com a intervenção de Mário Filipe Campolargo, secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa que, apesar da tecnologia (e não só), neste caso a cibersegurança, estar associada aos meios digitais, destacou o facto de se ter conseguido organizar uma C-DAYS para unir as pessoas fisicamente.
A C-DAYS foi desenhada para ser um fórum de ideias, de colaboração, para juntar as pessoas.
O secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa revelou ainda os projetos do CNCS para o presente/futuro, onde se incluem a C-Academy. O objetivo principal é formar pessoas na área da cibersegurança, criando assim uma aliança entre o CNCS, universidades e politécnicos.
C-Academy: Universidades/Politécnicos vão colaborar na formação
A C-Academy é um programa de formação avançada em Cibersegurança, encontrando-se alinhada com o Regime Jurídico da Segurança do Ciberespaço, e tem como público-alvo a Administração Pública; os Operadores de infraestruturas críticas; Operadores de serviços essenciais e Prestadores de serviços digitais.
No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, o programa em causa tem como objetivo dotar de competências avançadas em cibersegurança 9800 formandos até ao primeiro trimestre de 2026 em parceria com as Instituições de Ensino. Recorde-se que a distribuição geográfica deste programa irá permitir abranger todo o território nacional.
Aliança para a Cibersegurança
Já no âmbito da forte aposta na prevenção e sensibilização e tendo em consideração os atuais índices de literacia digital, bem como a necessidade imperativa de promover uma cultura de Cibersegurança, o CNCS, no âmbito das suas competências, criou uma Aliança para a Cibersegurança que reúne um conjunto de empresas comprometidas com este propósito, nomeadamente através das seguintes iniciativas:
- a) Identificação e definição de melhores práticas, incorporando lições aprendidas pelos vários membros e outras produzidas por órgãos nacionais e internacionais de referências
- b) Comunicação e disseminação destas melhores práticas, em abordagem estruturada e sistemática, através de eventos, partilha de casos práticos, ferramentas, e outros mecanismos que permitam acelerar a difusão de base de conhecimento de referências
- c) Promoção e aceleração da adoção destas melhores práticas pelas empresas e entidades portuguesas, através de mecanismos de capacitação, avaliação e certificação, que impactem positivamente no índice global de maturidade das organizações;
- d) Incubação de projetos colaborativos, de interesse comum, que beneficiem do envolvimento dos vários membros da aliança.
Os membros, entidades com responsabilidade no âmbito dos vários setores considerados essenciais ou críticos em Portugal, e com um nível de maturidade relevante ao nível de políticas e práticas de Cibersegurança, comprometem-se a atuar no sentido de atingir os objetivos acima referidos e, nomeadamente, de assumir uma postura de partilha deste referencial de boas práticas com outras empresas.
Além do secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, estiveram também presentes na assinatura dos protocolos António Gameiro Marques, do Gabinete Nacional de Segurança e Lino Santos, Coordenador, Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS). Pelo evento passaram cerca de 1500 pessoas, um recorde segundo palavras de António Gameiro Marques.
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É uma boa iniciativa, mas é só mesmo isso.
Vivemos num mundo em que uma criança a partir dos 8anos(ou até menos) está ligada à Internet sujeita a todo o tipo de ameaças.
Não é com formações avulso que se resolve o problema.
É necessário reestruturar o sistema de ensino de modo a englobar a cibersegurança em todas as áreas/fases de ensino. Um pouco que a educar as pessoas para uma cidadania digital, riscos e salvaguardas.
Já as Universidades/Politécnicos não deviam colaborar, deviam enraizar awareness de cibersegurança em todos seus cursos e reformular cursos tecnológicos com especificidades de cibersegurança.
Reconhecer o problema e continuar com planos curriculares com 15/20 anos é um “pouco” contrassenso.
Se em vez de promover identidade de género, nas escolas primárias se desse noções basicas de cibersegurança, saimos todos a ganhar.
E onde se inclui o Algarve no âmbito de”todo o território nacional”? A sério que gosto da iniciativa de depois… bem, mais do mesmo! Que se instrua as pessoas
Gosto de ver a quantidade de mulheres envolvidas.. na foto pelo menos… ah espera lá, querem ver que…