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Exames online: Professores pedem duas câmaras ligadas

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Pedro Pinto


  1. Miguel says:

    Fim um exame de Probabilidades e Estatística onde o prof pediu para termos a camara apontada para a folha de rascunho que estavamos a escrever. Por vezes pedia para voltar a câmara para os alunos. No final do exame pediu para tirarmos fotos e enviarmos para o docente para depois cruzar informação.

    Mesmo assim, houve notas para todos os gostos.

  2. Thomas says:

    Pedir as camaras entendo e aceito, apesar de nem toda a gente ter internet para tanto. A minha adsl simplesmente é impossivel. Ainda por mais ca em casa somos 6 dos quais 3 precisam da internet para as aulas e explicacoes. É simplesmente impossivel. Quanto a software extra no meu pc NOP.

    • Pipoca says:

      A alternativa é ir às escolas. No ensino superior as escolas estão abertas com salas disponíveis para os alunos que não conseguem ter acessos ou equipamentos.

      • acs says:

        podes perfeitamente coordenar e deixarem os alunos irem fazer os exames às escolas. eles podem fazer os exames no mesmo dia. Um de manhã e outro à tarde. Vai apenas 2, 3 turmas por dia.

  3. Hugo Costa says:

    Até podiam pedir 10 câmeras, ridiculo é estar sem aulas à um mês e ter recursos do primeiro semestre marcados só para finais de março.

  4. Tiago Realinho says:

    Daqui a bocado um exame é uma espécie de big brother da universidade… francamente que palhaçada… num instantinho e estão a dizer que o aluno que não tiver 200mb/p/s de internet, um pc intel core I7, 64gb de ram, 25 câmaras para todo o tipo de àngulos incluindo uma para as cuecas das meninas, mais uma câmara térmica para medir a temperatura dos nervosos e um sensor para medir a pressão nas teclas do computador… não poderá realizar o exame!

  5. EC says:

    Os instrumentos de avaliação é que têm que se adequar ao meio utilizado, logo o teste/exame monitorizados como se estivessem numa sala de exames é totalmente descabido. O ensino à distância não é nada recente e o Ministério da Educação/escolas não souberam evoluir e agora a pandemia demonstrar que o ensino português ainda se rege por métodos do século passado.
    Os alunos deviam ser avaliados recorrendo aos inúmeros instrumentos da avaliação que podem ser aplicados em contexto de EaD, tais como a testes interativos, quizzes, participação em fóruns, apresentação de trabalhos, entre outros. Tudo com recursos tecnológicos já disponíveis no mercado há mais de 10 anos…

    • as13 says:

      Não fosse o tecido humano obsoleto era isto que devia ser. Parece que os docentes o que sabem é replicar o que aprenderam em tempos longínquos e com os mesmos métodos. Tal como no privado quem não se adaptar aos novos tempos deve sair. Mas no setor publico isso parece impossível.
      Ninguém ensinou a usar o Face mas todos sabem.

  6. Dinis Domingos says:

    Se eu fosse professor fazia todos os testes com consulta… Assim podiam ter os apontamentos que quisessem…

  7. Ze Duarte says:

    Duas câmaras não vai impedir de copiar quem já o pretendia fazer. Basta ter outro pc mais afastado ou uma televisão mais à frente ou partilhar o ecrã previamente de abrir esse tal browser e ter alguém na sala ao lado a ver e a dizer o que escrever (os micros também estão ligados?)

  8. Carlos says:

    Vê-se mesmo que não sabem o que é exames proctured
    So usas a janela do exame antes de começar tens de tirar fotos ao sitio onde estás e antes do exame começar tens de ter áudio e câmara ligado e mostrar a sala onde estás e não podes ter nada na mesa. Se durante o exames devias o olhar do ecrã ou ouvem algum só já foste anulam te o exame. Todas as certificações hoje em dia são assim.

  9. Derey says:

    Em nada é eficiente e eficaz… pelo menos essas medidas!
    Primeiramente o aluno não é obrigado a cumprir com o desejado: boa internet, ter equipamento eletrónico e ainda camara incorporada nos seus equipamentos.
    Se alguns alunos, como já foi o meu caso, dão ” abébias” aos professores por muitos nem saberem interagir com algumas plataformas digitais e software… os professores devem igualmente conceder semelhantes ações aos seus alunos.
    Esta situação não é pedida por ninguém e devemos sim além de nos adaptarmos, compreender todo o atual contexto.

    Até ao momento não tenho queixas do meu formato de avaliação afetado pela pandemia…
    Passei de ter exames escritos para a realização e defesas de trabalhos/projetos de investigação plus avaliações orais, numa agradável conversa entre aluno e professor sobre as didáticas transmitidas ao longo da unidade curricular.
    E aliás… das experiências que tenho tido, poucos são os meus professores que assumem ter a capacidade de estar 2horas mais de um ecrã com mais de 30 caras para no fundo avaliar somente um enunciado informativo que pouco ou nada comprova o adquirimento de conhecimentos e competências.

  10. Luís Silva says:

    Podem até pôr 20 câmaras, o que interessa é se eles têm Phones e estão a comunicar com um explicador num terceiro smartphone 🙂

  11. Cláudio says:

    Sinceramente isto é o jogo do gato e do rato, onde ninguém fica a ganhar. A aposta deve ser em estratégias pedagógicas construtivas, com métodos de avaliação diversificados que não se baseiem exclusivamente na realização de testes em ambientes não-controlados.

    Não adianta utilizar o Safe Exame Browser que até pode funcionar bem em laboratórios, salas de informática e outros ambientes controlados, mas a partir do momento em que é utilizado um computador onde o utilizador tem privilégios de administração (de que vai necessitar, para instalar o SEB), nada o impede de instalar uma versão modificada do SEB que lhe vai permitir contornar as políticas definidas no ficheiro de configuração. No sentido inverso, os bloqueios ativados em algumas configurações em conjunto com problemas técnicos (como falhas de Internet), podem impedir um estudante de desbloquear o seu computador e ser obrigado a fazer um soft/hard reset, que podem introduzir muitos outros problemas (por exemplo, se um disco ficar corrompido ou mesmo danificado, com perda de todos os dados, num computador particular partilhado durante a realização de uma avaliação, quem vai assumir a responsabilidade?).

    Até podem ter câmaras a 360º, mas existem muitas formas de contornar o sistema (como estar alguém ao lado a resolver o teste, a dar informações por um mini-auricular bluetooth, a dar informações visuais num ângulo morto, etc.).

    Depois é muito complicado controlar todas as fontes de informação, principalmente quando muitas vezes em contexto universitário os docentes fazem exames em simultâneo para centenas de estudantes. Problemas de largura de banda (muitos estudantes estão em locais com ligações muito limitadas à Internet), disponibilidade de limitada de hardware (nem toda a gente dispõe dos equipamentos necessários, e um telemóvel não é solução para tudo), restrições ambientais (boa sorte em tentar controlar a logística do espaço com famílias inteiras em confinamento, muitas vezes em espaços muito reduzidos), etc. Existem soluções de proctoring que prometem tudo e mais alguma coisa, mas para além dos custos inerentes, podem existir extremos de muitos falsos positivos (principalmente quando envolve sistemas de IA) ou no sentido inverso, de muitas situações que não são detetadas.

    Neste sentido a solução deve ser pedagógica e não exclusivamente tecnológica, sob pena de podermos estar a cometer injustiças com custos sociais, pessoais e financeiros significativos.

    O ensino a distância resulta, mas com estratégias pedagógicas adaptadas a este tipo de ensino. O que funciona no regime presencial nem sempre se aplicar ao ensino a distância. Por outro lado, não se pode pedir aos estudantes que passaram anos a ser formatados para o ensino presencial que aprendam a ser estudantes a distância no espaço de algumas semanas. O ensino a distância exige aos estudantes uma auto-disciplina e autonomia muito maior do que lhes é exigido no ensino presencial (onde o controlo é tradicionalmente centrado na escola e no professor), algo que requer um acompanhamento muito mais próximo por parte dos docentes e encarregados de educação (principalmente em estudantes com menos maturidade).

  12. alex says:

    sou professor no ensino superior (há 25 anos) e já nos dois semestres passados, com o contexto de pandemia, alterei os métodos e processos de avaliação, para incorporar os desafios da distância e aparente menor controlo. Assim, não só existem vários elementos de avaliação, como mini-testes e quizzes em praticamente todas as aulas, como, nos testes mais tradicionais (as “frequências”), simplesmente passei a permitir de que fossem com consulta e dificultei as perguntas de forma correspondente, avisando de antemão que iria passar o detetor de plagio nas respostas, para evitar copy-paste. Os alunos conseguem ver todas as perguntas e escolher a ordem pela qual responder e existe um limite de tempo. Os resultados não são muito diferentes das avaliações intercalares ou até mesmo de frequências de anos anteriores. É adaptar os instrumentos de avaliação ao contexto e, sobretudo, não complicar.

    • Rui Jorge Martins says:

      Exactamente. Sou aluno da Universidade Aberta e todo o curso tem funcionado nesses moldes. As provas finais eram presenciais e, agora, passaram a ser online. É a única diferença. O modelo já é de ensino à distância há muitos anos. Esta é uma Universidade pública, era só copiarem o modelo

  13. Benvinda SemedoBe says:

    Como duas câmeras se a maioria dos alunos nem uma tem?

  14. Joao Ptt says:

    Porque as escolas não exigem câmaras que mostrem tudo 360º em simultâneo em redor do computador e uma câmara a mostrar em outro ângulo o aluno a fazer o exame? E já agora que esteja presente um notário (enviado pela escola) para confirmar presencialmente que o exame foi feito segundo todas as regras e leis aplicáveis.

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