Questão: Como está a encarar a Telescola?
A pandemia do coronavírus afetou tudo e todos um pouco por todo o Mundo, provocando alterações e uma reorganização de estratégias em vários áreas. A educação e ensino escolar foi uma delas e em Portugal a alternativa encontrada, quase em tempo recorde, foi a Telescola.
Já noutros tempos o nosso país adotou esta dinâmica escolar em que os professores lecionavam através da televisão. Mas hoje questionamos os leitores sobre como estão a encarar esta nova Telescola.
A Telescola foi anunciada no início do mês de abril, quando estávamos a passar pela fase mais sufocante da pandemia da COVID-19. O objetivo é ser uma alternativa o mais adequada possível ao encerramento das aulas presenciais nas escolas portuguesas.
Assim, os alunos do 1º ao 9º ano têm acompanhado as matérias escolares diretamente na televisão, através de canais públicos como a RTP Memória. Podem ainda rever os conteúdos e ter acesso a matérias, através da plataforma #EstudoEmCasa.
Este formato de ensino já existiu num nosso país, no ano de 1965, mas agora o desafio é cativar alunos e motivas professores, depois de mais de 5o anos, para que a aprendizagem escolar tenha continuidade.
Como seria de prever, as diferenças também são muitas na Telescola de 2020. Por exemplo, os alunos têm acesso à grelha de programação das disciplinas online e, nas televisões que o permitem, podem sempre retroceder a emissão para ouvir novamente o que foi ensinado.
As redes sociais são um dos espaços onde as pessoas deixam as suas opiniões acerca da Telescola. Nomeadamente pais, professores e restante comunidade escolar que tecem comentários, positivos e menos bons, acerca desta via de ensino.
Desta forma, de modo a recolher também a opinião dos nossos leitores, dedicamos o tema da questão desta semana à Telescola.
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Como está a encarar a Telescola?
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Nesta rubrica colocamos uma questão sobre temas pertinentes, atuais e úteis, de modo a conhecer a opinião e tendências dos nossos leitores no mundo da tecnologia, sobretudo no nosso país.
Deixe-nos então sugestões de temas na caixa de comentários ou envie para marisa.pinto@pplware.com.
Este artigo tem mais de um ano
Agrupar dois anos foi uma má ideia. As minhas filhas no 4º ano morrem de tédio com as aulas apontadas para o 3º ano. A minha do 1º ano às vezes ve-se aflita para acompanhar aulas do 2º ano.
Para começar, faltam emissões em HD, ver tabelas e gráficos em SD é inaceitável nos dias de hoje.
Depois os conteúdos deviam ser diferenciados ano a ano. De resto parece-me bem
É muito superior à experiência que tive com o ensino mediatizado há uns anos. Estou satisfeita, mas também é verdade que ainda há espaço para melhorar. De facto, se a transmissão fosse em HD, seria tudo mais legível e fácil de compreender
Sinseramente, algumas palavras apenas:
Trabalho Srs, trabalho, é o que é necessário para se fazer algo de jeito, e neste caso há muita falta dele.
Anos juntos, professores que mandam trabalhos sem sequer uns minutinhos de apoio online, matéria que os alunos nem deram, os pais/esplicadores/trabalhadores/amas de casa/professores (pois agoram somos um tudo em um) que gramem a bomboca.
Sinceramente… ups
É muito fácil falar quando não está do outro lado. Muitos pais, não sei se é o caso, agora é que perceberam o belo trabalho que tem estado a fazer com a educação dos seus filhos. Tal como médicos, enfermeiros e restante pessoal do setor da saúde, os professores são também os heróis do momento.
Olá Justino, agradeço o comentário, que negativo ou positivo é sempre construtivo. A verdade é que até não é o caso porque a minha esposa é professora num colégio privado e tem muito mais trabalho com 8h diárias de tele-aulas para as diversas turmas, da minha parte, tele-trabalho 8h por dia, a nossa filhota que sempre tivemos um pouquinho depois da escola para ela nota diferença porque diz que estamos sempre cansados e nunca queremos brincar com ela tanto como antes. A verdade é que depois de um dia a tentar conciliar todos os “oficios ” que descrevi, ainda temos que nos desdobrar a enviar fichas para professores com matérias que nem deram, nós pais é que temos ensinado, e infelizmente haverá muitos pais que não têm formação suficiente para o fazerem, como haverá outros muitos que embora tenham preferem estar com o “rabinho” no sofá a ver filmes ( já nos aconteceu aos 2 estar algum papá ou mama a reclamar para os filhos porem phones para poderem ver televisão à vontade, enfim…).
Concordo plenamente quando diz que alguns pais começaram a perceber a rica treta de trabalho que têm feito, felizmente como disse não é o caso , senão seria ainda pior tentar conciliar tudo, mas sim e ponho-me nop lugar de muitos lares, é muito dificil estar em tele-trabalho e “tomar conta” dos filhos ao mesmo tempo. A minha filha fez há pouco 7 anos e está no 1º ano pelo que sabe como é dificil, presumo. Não tiro o mérito a muitos professores, mas tal como nos aconteceu há infelizmente muitos também que não querem sequer saber, que vejam a tele-escola, enviam umas fichas ( várias vezes com erros inaceitáveis) e pronto, aí está. Felizmente cá por casa “desenrascamo-nos” e ela têm tido até uma evolução superior ao esperado, está mesmo a fazer algumas fichas de coleguinhas do 2ª ano. mas porque aprende e é ensinada. Felizmente temos essa sorte.
Vejo que é professor quando diz que também são herois neste momento, espero que seja dos bons para que realmente mereça as minhas palmas, a minha esposa, as colegas dela, 3 primos e 2 tios já mereceram e merecem, mas por exemplo uma outra prima que tenho merece apenas uns assobios. Heróis somos todos nós, cada um há sua maneira: A minha irmã e o meu cunhado que estão na linha da frente lá no hospital, os meus amigos bombeiros, médicos e forças de segurança que todos os dias arriscam por todos nós, os funcionários de empresas de distribuição que não sabem sequer o que lhes passa nas mãos, os grupos que se juntão para ajudar como podem ( eu por cá juntando-me ao SOS-COVID ), o padeiro que não nos deixa acabar o pão, os pais que tudo fazem e se desdobram ainda mais para que tudo corra bem e sim, os professores que trabalham arduamente para pensar como chegar e como fazer para que os seus educandos percam o menos possivel com tudo isto, e apenas esses professores, pelos outros heroismo para quê, estou bem assim.
Enfim espero não ter afetado susceptibilidades mas é o meu ponto de vista, onde no momento cada um é o heroi que pode ser e muitos como podem ser, e a todos esses que se esforçam mais e mais e tal como nós passamos horas de sono acordados a pensar ” como posso fazer mais”, a todos esses herois eu bato as minhas palmas e faço a minha vénia. Quanto aos que se acham injustiçados nestes dias apenas um pensamento, há alguém no meio desta batalha que não se sinta????
Só quiz responder a pergunta com o meu, comentário apenas e só.
Cumprimentos a todos
peço desculpa pelos erros mas é tarde e a cabeça já está a rebentar.
🙂
Eu sobrevivi à telescola durante 2 anos lectivos completos, nos anos 86/87 e 87/88.