Shadows of Tomorrow, uma viagem pela História em português
Todos os anos saem para o mercado milhares de jogos e, apesar da maior parte ter meramente o objectivo de entreter sem outro tipo de preocupações, existem outros que pretendem algo mais: Educar.
Shadows of Tomorrow é um destes casos e... em português.
Quando se diz na gíria que "há jogos para todos os gostos", é literal. Com a quantidade de jogos que são lançados todos os anos trata-se de uma realidade. Há mesmo jogos de todos os géneros, com diferentes jogabilidades, temáticas distintas...
Portugal faz parte também dessa gigantesca máquina de produção de jogos e recentemente tivemos conhecimento de mais um titulo nacional a ser produzido: Shadows of Tomorrow.
Em desenvolvimento por Luís Oliveira, trata-se de um jogo (um Edutaiment) baseado nos factos reais ocorridos na última década do século XX e que leva o jogador a viver esses anos de turbulência politica internacional, passando por alguns dos maiores escândalos e situações delicadas da altura.
Cenários como Watergate, a crise na embaixada de Teerão, o acidente nuclear de Chernobyl, ou a queda d'O Muro de Berlim entre outros darão palco a uma jogabilidade que, segundo Oliveira, será muito assente numa jogabilidade stealth e de exploração.
O jogo apenas terá singleplayer.
O objetivo de Shadows of Tomorrow é o de se cumprirem missões em diversos cenários do século XX. Situações reais que aconteceram mesmo e que foram considerados cruciais para o desdobramento dos cenários geopolíticos contemporâneos.
A ideia é extraordinariamente interessante pois leva os jogadores a investigar de uma forma divertida e descontraída, alguns dos momentos chave da História Moderna, e podendo assim descobrir curiosidades que talvez desconheçam, enquanto tomam consciência de alguns dos momentos mais importantes pelos quais o Mundo passou no século passado.
Na sua concepção, Luís Oliveira ganhou inspiração em livros, filmes e comics como “Almost Famous” (Cameron, 2000), “Das Leben der Anderen” (Donnersmarck, 2006), “Good Bye Lenin!“(Becker, 2003), “Argo” (Affleck, 2012), “The Post” (Spielberg, 2016), misturado com livros como “Voices from Chernobyl” (Alexievich, 2016), 1984 (Wells, 2005), “Post War” (Judt, 2010)e até livros de comic como o “Fax from Sarajevo” (Kubert, 2005).
Ainda sem data de lançamento oficial, o jogo será lançado para Windows, Mac, Linux, Playstation 4, Nintendo Switch.
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A história é sempre escrita pelos vencedores. E, por isso, o que nos contam quase todos, é sempre a versão dos vencedores…
Em especial da Revolução Francesa (inclusive) para a frente, o que nos contam na escola e nos dizem os média de massas são histórias da carochinha… Pois, há sempre conspirações por parte de sociedades secretas e afins por trás, que são omitidas da história oficial – e que permitem uma leitura (mesmo) muito diferente dos acontecimentos. E, por isso, talvez queira o autor deste jogo começar a consultar outras fontes, que não façam parte da “corrente principal”.
Watergate foi uma encenação, em que os seus participantes fizeram de propósito para serem descobertos e manchar a imagem do então Presidente, tendo agido a mando de outras pessoas, que não o Presidente. A libertação dos reféns de Teerão foi propositadamente adiada, por acordo com os iranianos, de modo a favorecer o candidato presidencial da oposição na altura – e há quem diga que já o próprio assalto à embaixada fazia parte deste plano. Chernobyl não foi um acidente, mas antes um acto de sabotagem ocidental. E, a queda do Muro de Berlim e posterior queda da União Soviética foram acontecimentos combinados com a própria URSS.
Como fontes alternativas, para o autor deste jogo, proponho os autores (credíveis) Daniel Estulin, Dimitri Khalezov e o português Frederico Duarte Carvalho. Pois, se ler tais autores, irá ter inspiração para argumentos muitíssimo mais interessantes para outros jogos. Sendo que, o primeiro autor que menciono é até muito suspeito de estar por trás de alguns dos argumentos da conhecida série de jogos “Deus Ex”.
E também os americanos não foram à Lua.