Facebook removeu 1,5 milhões de vídeos alusivos ao massacre na Nova Zelândia
A rede social de Mark Zuckerberg afirma ter removido cerca de 1,5 milhões de vídeos alusivos ao massacre na Nova Zelândia. Um esforço contínuo com o intuito de não atrair mais atenções pare este ato atroz. Assim sendo, durante as primeiras 24 horas que sucederam ao tiroteio, o Facebook não poupou esforços.
Não só removeram 1,5 milhões de vídeos da sua plataforma, bem como bloqueou 1,2 milhões de vídeos durante o upload ou carregamento para a plataforma. Assim, a gigante norte-americana tomou uma firme postura.
O ataque mais sangrento na história moderna da Nova Zelândia tem como principal suspeito o cidadão Brenton Harrison Tarrant, de 28 anos. Entretanto, as autoridades já detiveram dois outros suspeitos, ambos com 18 anos, aqui de acordo com o relato do Washington Post. O ataque vitimou 50 pessoas, com 36 a receber cuidados hospitalares.
A postura do Facebook perante o massacre na Nova Zelândia
Ainda que até ao momento as autoridades acreditem que Tarrant agiu sozinho, pediram toda a contenção possível. Por conseguinte, dado o alerta e feita a cobertura obrigatória, os principais meios de comunicação abstiveram-se de atrair demasiadas atenções para o caso. Atentando assim ao apelo das autoridades com o intuito de não promover ou inspirar ações similares por parte de outros "lobos solitários".
Assim sendo, também o Facebook colocou toda a ênfase na supressão mediática do caso da Nova Zelândia. Por exemplo, ao remover da rede social todo e qualquer vídeo com imagens explícitas do ataque. Aliás, todo e qualquer conteúdo, que pudesse glorificar ou promover as intenções do neozelandês.
https://twitter.com/fbnewsroom/status/
Antes de mais nada, cumpre salientar que este ataque foi concebido para ser mediático. Ciente do crucial papel das redes sociais na sociedade contemporânea, Tarrant quis imortalizar o seu ato. Nesse sentido, orquestrou aquilo que pode ser apelidado de campanha mediática, seja no Instagram, bem como no Facebook.
O massacre "mediático" orquestrado por Tarrant
Brenton Harrison Tarrant, o principal suspeito deste massacre, quis espalhar a sua mensagem através das redes sociais. Assim, elaborou um extenso manifesto de 78 páginas que divulgaria amplamente, escassos minutos antes de iniciar o massacre. No final, 50 pessoas perderam as vidas, com mais de 30 outras ainda a receber atenção hospitalar.
Sendo um dos capítulos mais negros deste até então pacato país, é com naturalidade que vemos agora o Facebook a endurecer a sua postura. Assim sendo, a rede social também deu a saber que removerá qualquer vídeo, mesmo sem cenas gráficas. Na sua plataforma, Zuckerberg não tem espaço ou tolerância a barbárie.
Este artigo tem mais de um ano
Mas vídeos e imagens de apoio a grupos terroristas continuam a crescer e quase nunca são apagados… Como não adorar este cinismo mediático?
Quanto aos vídeos ainda se percebe, pois há sempre pessoas que ficam com ideias depois de verem aquilo. Mas quanto ao resto é simplesmente e absolutamente ridículo. Estamos em 2019. Já não é altura de mandarem a liberdade de expressão para um buraco por causa do “politicamente correcto”. Quem está mal, que se mude.