Sonda espacial soviética está a falhar e poderá cair na Terra ainda este ano
A sonda espacial russa, a Kosmos 482, ou Cosmos 482, foi lançada a 31 de março de 1972. Em plena Guerra Fria, esta sonda fazia parte de um projeto maior que visava chegar a Vénus. A sonda falhou, vítima da gravidade e poderá cair na Terra no final deste ano.
A sonda vai sobreviver às dificuldades na entrada na nossa atmosfera e "o amontado de lixo", com cerca de 500 quilos de massa, poderá colidir com o nosso planeta.
A sonda Cosmos 482, que pesava entre 500 e 1000 quilos, foi lançada em 1972 para atingir Vénus. Contudo, uma falha técnica deixou-a ancorada numa órbita elíptica em torno do nosso planeta.
O dispositivo, que originalmente pesava 1180 kg de massa, consistiu numa sonda esférica, especialmente desenhada para penetrar na densa atmosfera de Vénus. Chegando lá, esta teria de disparar um paraquedas e ativar vários instrumentos.
Enquadramento histórico
A Cosmos 482 era irmã da Venera 8. Esta última foi uma sonda soviética do Programa Venera. Este programa visava estudar o planeta Vénus. Venera 8 foi lançada no dia 27 de março de 1972 e pesava 1180 kg. Ao contrário da Cosmos, a Venera 8 chegou a Vénus no dia 22 de julho de 1972.
Vénus é considerado um planeta do tipo terrestre ou telúrico, chamado com frequência de planeta irmão da Terra, já que ambos são similares quanto ao tamanho, massa e composição.
Depois de pousar no planeta, a sonda produziu 50 minutos de pesquisas. Contudo, a pressão atmosférica (de 93 vezes a da Terra) e a também elevada temperatura do planeta rapidamente destruíram o equipamento.
Cosmos 482 não teve sucesso e tornou-se lixo espacial
Cosmos 482, como não conseguiu escapar à gravidade da Terra, ficou a orbitar a Terra sob a forma de lixo espacial, como é relatado pelo portal Space.com.
Nesse mesmo ano, partes da sonda – como tanques e alguns equipamentos – voltaram a entrar na atmosfera terrestre, sendo destruídos. No entanto, as partes restantes continuam a sobrevoar o nosso planeta a altas velocidades.
Há perigo na sua entrada na atmosfera da Terra?
A gravidade do nosso planeta está a trazer o que resta da Cosmos para dentro da atmosfera. De acordo com o astrónomo amador Thomas Dorman, essa reentrada deverá acontecer no final deste ano ou até meados do ano que vem, o mais tardar.
Mesmo que a entrada "queime" parte da sonda, pelo menos metade, provavelmente, sobreviverá à descida ígnea em direção ao solo. Desta feita, a parte mais assustadora é que ninguém pode prever quando e onde a nave vai cair.
O fim está próximo...
Dorman referiu que a Cosmos 482 está numa órbita que balança para fora da Terra a mais de 2735 km de distância. Contudo, o ponto baixo, o perigeu da órbita, está a apenas 200 km acima do nosso planeta.
Como foi equipada com um escudo térmico reforçado, tendo em conta a atmosfera de Vénus, os cientistas estimam que possa suportar as altas temperaturas às quais será exposta quando iniciar a sua reentrada na atmosfera.
É interessante observar que o apogeu da órbita está lentamente a declinar. Acho que a reentrada [na atmosfera] vai ocorrer entre o final deste ano e meados do próximo ano, mas é impossível prever com precisão.
Comentou Dorman.
O nosso planeta tem em maioria a superfície coberta por água ou inabitada. Desta forma, há grandes probabilidades do impacto não ter qualquer consequência, mas não restam muitas dúvidas que haverá impacto com o planeta.
Este artigo tem mais de um ano
Imagem: Space.com
Fonte: Space.com
Então os tais misseis nucleares capazes de vaporizar Países e que nunca (espero bem!) vão servir para isso? Podiam ser usados para destruir a Sonda… Mesmo que se fragmentasse em múltiplos pedaços, esses por serem mais pequenos, já ardiam na atmosfera. Ou a Sonda tem material radioactivo ou perigoso demais para destruir?
Falas em usar mísseis nucleares e ainda perguntas se a sonda é que tem material radioactivo? Vai lá, vai. Até a barraca abana.
Lê tudo o que ele disse, em vez de armares em parvo
Para começar um míssil nuclear para destruir uma sonda parece-me um pouco de exagero, ninguém mata uma mosca com um canhão. Depois há outro problema associado, a destruição desta sonda poderia causar uma autentica nuvem de destroços, com trajectórias aleatórias que poderiam causar uma catástrofe para tudo o que fosse satellite em orbita ao planeta.
E para não falar que o próprio míssil nuclear iria deixar lixo radioactivo na atmosfera…
Se atingir o parque yellowstone é mesmo o fim do mundo 🙁
quando muito será o fim do Parque Yellowstone!!! não precisa de ser tão exagerado!
Há um problema: o escudo térmico está situado na parte de baixo da nave. Como vai ter uma reenetrada descontrolada, ao rebolar a grande maioria irá desfazer-se. Só o escudo, cerca de 90kg poderá chegar ao solo intacto, mesmo assim, não pode estar virado para cima… senão também se vai desfazer. E isto é se a passagem pela atmosfera não separar a sonda em pequenos pedaços que se vão espalhar por mais de 1500km de distância.
Nada de grave, irá desfazer-se em muitos pedaços e a grande maioria vão ficar em atómos.
O Samuel estava a pensar no filme 2012… atenção que nem no filme o mundo acabou….