Vendas do iPhone abrandaram, mas as perdas da Apple foram menores que o esperado
O cenário que a Apple traçou para o último trimestre do ano não era positivo para a empresa. As causas foram conhecidas e as revisões, em baixa, comunicadas.
Agora, com a apresentação de resultados, o cenário surge menos negro para a empresa. As vendas do iPhone abrandaram, mas isso não significou as perdas totais que se especulavam para a Apple.
Este é o primeiro trimestre em que a Apple deixou de apresentar os seus números de vendas. A decisão da empresa é focar-se nos valores de lucros e de receitas, deixando de lado os números absolutos de vendas.
Assim, e neste novo regime, a Apple reportou para o último trimestre do ano 84,3 mil milhões de dólares de receita e 19,97 mil milhões de lucro. Comparado com o ano anterior, a empresa tinha reportado 88,3 mil milhões de receitas e 20,1 mil milhões de lucro.
Curiosamente o valor deste trimestre é inegavelmente superior ao obtido há 2 anos, onde a empresa reportou 78,4 mil milhões de receitas e 17,89 mil milhões de dólares de lucro.
A grande queda das vendas do iPhone
O mercado já estava a preparar-se para os rumores das quebras de vendas do iPhone. Estas informações eram fidedignas e a gigante de Cupertino acabou de as confirmar.
Neste trimestre a Apple reporta acima de tudo uma quebra de 15% nas vendas dos seus smartphones. Foram 51,9 mil milhões de dólares receita, um valor bem mais baixo que no ano passado.
Nem tudo foi negativo para a Apple neste trimestre
Mesmo com esta quebra a Apple relatou que os seus restantes serviços e produtos cresceram 19%. No caso dos serviços, atingiu um valor recorde de 10,9 mil milhões, subindo 19% face a 2018.
No caso dos Mac e dos "Wearables, Home and Accessories", também o valor bateu num novo máximo. Os crescimentos foram de 9 e 13 porcento. No caso do iPad houve um crescimento de 17%.
O que espera a Apple para o próximo trimestre?
Para o próximo trimestre a empresa prevê conseguir atingir entre 55 mil milhões e 59 mil milhões de dólares. Este valor irá competir ao mesmo tempo com os 61,1 mil milhões do primeiro trimestre de 2018 e os 52,9 mil milhões de 2017.
Com estes resultados a Apple mostra que afinal o cenário apresentado é bem mais positivo do que se esperaria. Mesmo com quebras significativas no seu produto chave, o iPhone, consegue crescer muito nos restantes.
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A Apple teve prejuízo?
Nao 🙂
Isso não, e dificilmente terá. Isto porque quando tens um mercado desta dimensão, quando tens uma oferta tão grande de produtos e serviços, dificilmente (só por grande incompetência) não dás a volta aos resultados.
Claro que vendeu menos, mas ainda assim, como aumentou os preços, o impacto foi menor.
Dou-te como exemplo o caso das baterias. A Apple baixou uns dólares as baterias, teve um impacto de milhões de dólares. Dinheiro que não entrou. Mas a Apple foi culpada e, por isso, tentou resolver. Mas se amanhã aumentar um dólares nas baterias e num ano vender 3 milhões de baterias, só de aumento são 3 milhões de dólares. Se em cada cabo, acessórios, aumentar 1 dólar, coleciona facilmente dezenas de milhões de dólares em acréscimo.
Agora, o vermelho ali está na baixa de vendas dos iPhones, que são o produto mais rentável e quem puxa pelos enormes lucros. Mas a culpa é da Apple, que faz questão de explorar novos mercados com conceitos que deveriam ter já alguns anos em cima. Mas funciona? Claro que sim. basta ver que não mexeu nos últimos anos no conceito basilar do iPhone e colocou a China a vender como pipocas.
Se conseguir, como vão tentar, virar-se para a Índia, novamente venderão como pipocas, mas o mundo está a mudar e eles estão a ser cautelosos. O conflito entre os EUA e a China está a fazer a Apple pagar para ver. O conflito entre a Europa e o RU também está a fazer a Apple pagar para ver.
Então a onde estão as Perdas da Apple….Perdas=Prejuízo que è diferente de vender menos… 🙂
Mas já diz que vai baixar os preços
http://visao.sapo.pt/exame/2019-01-30-Apple-prepara-corte-de-precos-do-iPhone-em-alguns-mercados
Pois claro, lá está o poder de jogar com os preços e tentar entrar em mercados que não têm grande relevância, como a Índia ou o Brasil. Que baixem os preços também dos serviços, que hoje o preço do iCloud é só indecente.
espera…estas a dizer que india nao te relevancia? hahaha tipo reforma-te essa cabeca nao presta para nada.
Se não percebeste o que disse… essa da cabeça foi alguém que te disse, só pode! 😀 Mas eu ajudo.
Existem fortes entraves, para que estes mercados sejam relevantes hoje.
De forma muito fácil, a sério, mesmo muito fácil, dou como exemplo o Brasil é as altíssimas taxas aduaneiras e impostos sobre este tipo de produtos. Assim como o fraco o oder de compra, face a um mercado de 200 milhões de consumidores. A Índia o problema é igualmente o poder de compra e a falta de organização interna, quer em operadoras, quer na questão fiscal.
Acho que fui mesmo muito simplista a ver se percebes.