Veículos elétricos carregados em 5 minutos? Mitsubishi cria rede de troca de baterias
A Mitsubishi prepara-se para introduzir uma rede de troca de baterias que promete revolucionar o carregamento de veículos elétricos, reduzindo o tempo de espera para meros 5 minutos. Esta inovação vai, certamente, tornar a mobilidade elétrica mais prática e acessível.
Rede de troca de baterias para carregamentos ultrarrápidos
O ambicioso programa piloto arrancará com uma frota superior a 150 veículos elétricos (VE) comerciais, concebidos especificamente para a troca de baterias. Adicionalmente, serão implementadas 14 estações modulares de troca, estrategicamente localizadas no núcleo urbano mais povoado.
Esta iniciativa, que conta com o apoio do "Projeto de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico para a Promoção de Novas Energias" do Governo Metropolitano de Tóquio, tem como meta principal auxiliar o Japão a diminuir as suas emissões de gases com efeito de estufa em 46%, tomando como referência os níveis de 2013, até ao ano de 2030.
O objetivo final é alcançar a neutralidade carbónica até 2050, alinhando-se com os compromissos ambientais globais.
Antecedentes bastante promissores
A transição para um paradigma de transporte mais sustentável é reforçada por um projeto piloto de menor escala, conduzido em Quioto durante o ano de 2024. Esta fase experimental demonstrou com sucesso a exequibilidade da troca de baterias entre diferentes marcas de veículos, especificamente em frotas comerciais dedicadas a entregas e em serviços de táxi.
O referido teste, que envolveu a colaboração da Yamato Transport, da Mitsubishi Fuso Truck and Bus Corporation (MFTBC) e da empresa norte-americana Ample, sediada na Califórnia e especializada em sistemas de troca de baterias, validou a eficácia da plataforma da Ample.
Ficou provado que esta solução tecnológica consegue operar de forma eficiente com uma variedade de tipos de veículos e fabricantes distintos, o que abre portas para uma maior interoperabilidade no setor.
Além disso, a Yamato Transport, que é a maior empresa de logística do Japão e uma das primeiras a adotar a eletrificação de frotas, será a primeira grande cliente a utilizar os novos veículos elétricos com baterias substituíveis para operações de entrega.
O setor dos transportes foi responsável por cerca de 19% das emissões totais de CO2 do país em 2022, tornando a eletrificação das frotas comerciais uma prioridade estratégica nos esforços de descarbonização do Japão.
O consórcio de Tóquio tem como meta tempos de troca de baterias de apenas cinco minutos.
Ao contrário do carregamento ou reabastecimento convencional, a troca de baterias é totalmente automatizada - os motoristas nunca precisam de sair dos seus veículos.
Afirmou a Mitsubishi Motors, num comunicado de imprensa.
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Como a China, que já tem há bastante tempo?
Mas a China tem 1 mercado e uma entidade que manda e as marcas baixam as orelhas. No resto do mundo as marcas são extremamente resistentes a essas homogeneizações.
Não é descabido de todo e se for bem organizado, tem tudo para funcionar bem, ainda mais nas frotas profissionais. Eu até iria mais longe. Os veículos podiam ter não 1 pack de baterias “grande”, mas 2 ou 3 (ou mais) de tamanho médio. No global vai dar ao mesmo em termos da quantidade de energia, mas além de serem mais facilmente manuseados poderia permitir um “hot swap” de 1 ou todas as baterias, conforme as necessidades. Agora, algumas marcas poderão não gostar disso, porque torna o procedimento de substituição das baterias simples. A mesma lenga lenga dos PC portáteis e dos telemóveis. Antigamente todas as baterias eram amovíveis. Eu cheguei a ter um telemóvel em que o “pack” de baterias em 4 pilhas AA recarregáveis. As marcas é que não querem que assim seja porque querem xuxar tudo e mais alguma coisa.
Eu tenho um portátil de 2010(?) no qual posso tirar as baterias com o PC ligado à corrente ou até sem ele ligado, retirar uma delas, e voltar a colocar, ou até mesmo trocar as baterias todas (uma de cada vez) e isto tudo sempre com o moço a trabalhar. E para umas baterias com 15 anos (comprei o portátil usado mas presumo que as baterias sejam as originais) ainda consigo ter mais de uma hora de funcionamento e ainda se arrasta razoavelmente. Só mudei o disco para SSD.
A tecnologia não é nada de novo, é só usar a correta e saber como usar. E baterias para quem acha que as baterias dos carros elétricos não duram, as do meu PC são tecnologia de há 15 anos e ainda rompem solas.
No ano passado o meu aparador da barba ficou com a bateria morta. Apesar dos anos que tem, está impecável e achei ridículo comprar outro. Ganhei coragem e abri o aparelho. É tudo colado, mas com mas com muita paciência consegui abrir sem esburacar tudo. E não é que a “bateria” era uma pilha AA (ou 2, ai a memória) recarregável soldada na placa (com 2 “pernos”)? Reparei aquilo por 6 ou 7 euros.
Também há muito má vontade das marcas.
Eu penso que tornar o pack de baterias mais fragmentado (dividir a bateria “principal” em várias baterias “mais pequenas”) iria aumentar os custos de produção das mesmas e possivelmente diminuir a segurança das mesmas. E é neste último ponto que talvez a tecnologia de troca das baterias não tenha vingado muito, porque o sistema estará mais apto a falhas e a causar danos nas baterias, para além de que todo o sistema das estações de troca devem ter um custo acima de vários postos de carregamento… E depois ainda temos a falta de uma norma: cada marca a desenvolver o seu próprio conceito de troca de batterias irá dar em segmentação (o mesmo que acontecia antigamente com os carregadores dos telemóveis: a Samsung tinha um, a Sony Ericsson tinha outro, a Nokia tinha outro e por aí fora)…
Pois, os players têm que se entender. Eu sei que dificilmente vai acontecer, mas acho que seria benéfico para todos, incluindo as marcas. Ou então (mais difícil ainda) as entidades oficiais obrigarem a cumprir, tal como a EU fez com o USB-C (eu sei que não é a mesma coisa, mas é um exemplo).
Isto é um claro caso de as marcas não colocarem os clientes primeiro. Longe disso.
Isso era o que a Nio queria implementar em força aqui na Europa… mas pelos vistos não vingou muito (talvez pelo preço dos EV’s)… Aqui um exemplo na Alemanha: https://www.youtube.com/watch?v=g0W6eiLmKfc
A Renault já em 2009 apresentava o sistema Quick-Drop que nunca vingou: https://www.youtube.com/watch?v=UUuWczUSOfQ
Esse sistema chegou a ser explorado pela Better Place em Israel (penso que em Taxis), mas também não vingou: https://www.youtube.com/watch?v=DX1SB1355wc
Essa já é velha a tesla deve ter apresentado isso para aí em 2012 nunca vingou
A BYD já tem um carro que carrega 400km (13 aos 60%) em 5 minutos…
Não é só o carro que interessa. É o tipo de carregador disponível e a potência elétrica existente. Para um carro carregar rápido tem de haver disponibilidade da rede e dos carregadores para ter essa potência toda. Num mundo ideal, os carregamentos seriam sempre efetuados de forma relativamente lenta de forma a evitar grandes picos.
No entanto fica mais barato instalar um carregador destes e um transformador para o efeito, do que um edifício para troca e carregamento de baterias…
Aqui estamos a falar de umas centenas de milhar euros vs milhares de euros.
* milhões de euros
Talvez não. Sinceramente não sei. Não tenho dados para tal. Não podemos só comparar o “custo” inicial (apesar de isso ser um fator muitas vezes determinante).
Mas com a troca de baterias, há a possibilidade de as mesmas serem carregadas lentamente, o que faz com que a potência de pico necessária não seja muito alta. Também faz com que possam carregar as baterias em horas em que a energia está muito mais barata. Um carregador super rápido necessita de uma infraestrutura muito mais robusta e cara.
É como em casa. Se conseguirmos carregar o carro lentamente, uma potência de 6.9 (por exemplo) deve mais que chegar. Se quisermos carregar o carro muito rapidamente, além das tarifas de potência serem mais altas, teríamos também de ter uma instalação elétrica bem mais cara. E até talvez tivéssemos que pagar à eredes para efetuar reforço da rede se a potência na zona for “curta”.
https://www.cnet.com/videos/amples-next-generation-ev-battery-swapping-station/
Este conceito já foi apresentado em 2023 pelo do parceiro da Mitsubishi. Basicamente é uma estrutura completamente robotizada que tem de ser capaz de elevar o carro no ar para trocar a bateria.
Assim, para além de robots e da respetiva infraestrutura, a estação NÃO PODE carregar lentamente as baterias que os clientes trocam caso contrário, existe uma grande possibilidade de um cliente chegar e não ter baterias recarregadas em stock. Assim também necessita também de investimentos em transformadores para as carregar rapidamente…
Outro grande problema é também apresentado por este sistema: É preciso pagar mensalidade pelas baterias pois se é possível trocar elas não são tuas. Sem contar que nem todos os veículos são compatíveis com este sistema.
Em suma: É um sistema de instalação cara que também necessita de potência disponível. A proliferação de estações de troca resume-se a financiamento do governo chines uma vez que estas estações apesar de já existirem à vários anos ainda não conseguiram dar lucro, estão perto, mas ainda não conseguiram.
Assim de facto as contas são outras.
Não descarto de todo a ideia, mas tem de ser muito bem pensada e organizada e tem de haver um padrão tecnológico que seja comum à grande maioria dos veículos.
Nunca vai haver carregadores desses sem ser em modelos experimentais de demostração
Pensar que sim é pura ilusão.
Eu tenho dois packs de baterias para o comando da xbox. Quando um fica sem carga, troco pelo que está carregado e dá a volta. Já tenho há uns 5 anos as mesmas baterias. É tudo uma questão de vontade e hábito. Mas também do custo de cada “pack” de baterias. Na verdade eu só precisaria de ter 1 pack. Não podia era jogar enquanto carrega. Mas ter opções nunca é mau.
Deve degradar pouco as baterias deve…