Pplware Classics…
Porque recordar é sempre bom, o Pplware traz aos seus leitores a sua habitual rubrica semanal de música. Apresentamos nesta rubrica as músicas que marcaram a nossa juventude ou o nosso passado recente e que ainda ouvimos por serem marcos na nossa vida.
Podem encontrar música de estilos tão variados como o Rock, a música de dança e até o Pop que tanto gostamos. Os artistas são conhecidos, com as músicas que os fizeram famosos e tanto nos agradam.
Entrem então no artigo e vejam o clássico que escolhemos para hoje!
Podem deixar nos comentários os nomes das bandas que querem ver aqui no Pplware Classics. Vamos procurá-las por vocês e apresentar os seus êxitos mais marcantes.
Eis então o vídeo de música que temos hoje para os nossos leitores!
Big Love - Fleetwood Mac
Fleetwood Mac é um grupo anglo-americano de rock, formado em 1967, quando o guitarrista e compositor Peter Green e o baixista John McVie deixaram o John Mayall & the Bluesbreakers para formar seu próprio grupo. A formação completou-se com o vocalista e guitarrista Jeremy Spencer e o baterista Mick Fleetwood.
Baseado na Califórnia desde os anos 70, o 'Mac' já teve diversas formações, a mais famosa delas depois da entrada de Stevie Nicks e Lindsey Buckingham em 1974, mas sua seção rítmica, com Mick Fleetwood na bateria e John Mcvie no contrabaixo, permanece a mesma desde a sua criação, há mais de quarenta anos.
Apareceram pela primeira vez no British National Jazz & Blues Festival, em agosto daquele ano, com o nome de Peter Green's Fleetwood Mac, assinando em seguida com o empresário/produtor de blues Mike Vernon, da editora Blue Horizon. Peter Green já era conhecido como cantor de blues e guitarrista, e os Fleetwood Mac, como passaram logo a ser chamados, tornaram-se pioneiros no movimento de blues na Inglaterra, tendo sucesso imediato.
No final de 1968, Peter Green introduziu no grupo seu protegido, o jovem guitarrista Danny Kirwan, sendo substituído por Bob Weston (guitarrista) em 1972 (e demitido em 1974). Os Fleetwood Mac tornaram-se assim, a única banda com três guitarristas, sendo eles capazes de criar e tocar seu próprio repertório. Estavam entre os maiores sucessos da Grã-Bretanha, embora ainda não conseguissem atingir o mercado norte-americano.
Em 1969, o estilo de Peter Green começou a revelar um afastamento do puro blues e, em maio de 70, num acesso de misticismo, ele resolveu deixar o grupo e a vida musical.
Com sua estrutura profundamente abalada, os Fleetwood Mac afastaram-se por alguns meses, voltando no fim do ano com o álbum "Kiln House", que seria o trampolim para seu futuro sucesso nos EUA.
No ano seguinte, foi a vez de Jeremy Spencer: durante uma turné pelos EUA, ele desapareceu em Los Angeles, sendo encontrado dias depois num templo da seita Meninos de Deus, disposto a ficar por lá e abandonar a carreira musical. Sua decisão fora tomada após ter sido abordado na rua por um membro da seita, e era mais surpreendente devido ao facto dele ser um verdadeiro humorista de palco, fazendo memoráveis sátiras de Elvis Presley e Buddy Holly, e normalmente alheio à religiosidade.
Depois de novo afastamento devido a este último golpe, o grupo voltou. Mas devido também às muitas alterações ocorridas na formação e o fracasso dos LP lançados então, chegou novamente à dissolução.
Foi nessa época, em 1972, que o empresário Clifford Davis criou outros Fleetwood Mac, sem nenhum dos integrantes originais, para substitui-los. Mas John McVie entrou com uma ação na justiça contra o grupo falso e ganhou.
A partir daí, novos ventos sopraram sobre o verdadeiro grupo: o casal Nicks e Buckingham associaram-se ao grupo e, com nova formação (Christine McVie nos vocais e teclados, Mick Fleetwood na bateria, John McVie no baixo, Stevie Nicks na voz e Lindsey Buckigham na guitarra), o grupo voltou a ocupar seu lugar nos tops de sucesso e a ganhar discos de ouro e platina.
Stevie Nicks tem uma carreira solo, com vários álbuns lançados. Mick Fleetwood e Lindsey Buckingham em 1982 também lançaram LP's individuais: "The Visitor", e "Law And Order", respectivamente.
In Wikipedia
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Este artigo tem mais de um ano
Existe uma ligação entre Portugal e os Fleetwood Mac.
Trata-se de Eduardo Quintela, “Eddy” Quintela para os amigos anglo-saxónicos, português natural do Estoril. Este português conheceu Christine McVie em 1984 ( na foto, a mulher à esquerda ) e decorridos dois anos faria dela sua esposa.
Eduardo Quintela, também um compositor, viria a notabilizar-se ao assinar temas dos Fleetwood Mac, sendo “Little Lies”o mais conhecido de todos, tema que compôs em parceria com a sua cara metade e que viria a percorrer as “charts” do mundo inteiro atingindo em 1987 o 1º lugar do US Billboard Adult Contemporary, o 4º nos USA e 5º no UK , o que muito contribuiu para as vendas do álbum “Tango in the Night”, o 2º mais vendido do grupo que conta igualmente outro tema da autoria de Quintela, “Isn’t It Midnight” .
Digamos que, por via do amor, Eduardo Quintela deu um novo fôlego à banda que dele muito carecida estava.
Quintela assinaria em álbuns posteriores pelo menos mais sete temas da banda e, como bom português, demonstrou a saudade, esse sentimento e essa palavra intraduzível noutras línguas, e a ligação à terra que o viu nascer compondo “Nights in Estoril” integrado no álbum “Time” de 1995.
O matrimónio luso-inglês entre Quintela e McVie teria o seu “brexit” em 2003.
A voz e a figura de Stevie Nicks ( a outra mulher da banda ) foi um dos grandes trunfos desta banda mista liderada pelo baterista que dá nome à banda, das poucas onde duas mulheres detinham grande destaque e sem as quais ficaria completamente descaracterizada, o que é de louvar.
Dos Fleetwood Mac recomendaria o álbum “Rumours”, um dos melhores de sempre, e todas as suas faixas com especial destaque para “You Make Loving Fun“, foi antes da era Quintela, mas o portuguesismo que corre nas minhas veias não vai ao ponto de sobrepor à excelência criativa de “You Make Loving Fun“, talvez o tema e arquétipo sonoro que melhor define a essência de uma banda que passou por grandes metamorfoses. Se o fizesse seria, literalmente, uma “little lie”.
É raro ver um texto tão bom por aqui. Obrigado!
Bons tempos de Fleetwood Mac!!!! clássico!!!!