MasterCard coloca leitor de impressão digital nos seus cartões
A nossa impressão digital tornou-se desde há uns anos para cá, o principal método de segurança dos smartphones. Os novos leitores e a tecnologia que foi implementada nesses dispositivos depressa transitaram para os computadores e, em breve, iremos ver também essa tecnologia nos cartões de crédito e débito. Afinal, é mais fácil perder o PIN que um dedo!
A MasterCard está a testar novos cartões de pagamento com sensor de impressão digital.
A tecnologia está cada vez mais explicita no nosso dia a dia. O que outrora era ficção científica, hoje é um ato trivial. Para termos acesso à nossa conta bancária, aos nossos e-mails, ao nosso computador, basta colocar o dedo no leitor biométrico e o dispositivo garante acesso porque nos "conhece". Assim, nos objetos mais sensíveis a fraude, como são os cartões de crédito e débito, faz todo o sentindo que esta tecnologia esteja presente.
A MasterCard está a colocar nos seus novos cartões leitores biométrico que, combinados com os chips embutidos no cartão, oferecem uma forma nova e conveniente de autorizar as suas transações de forma pessoal. Em vez de assinar um recibo de papel ou inserir o seu PIN, expondo facilmente o "segredo", basta colocar o polegar no seu cartão para provar a sua identidade.
Estes novos cartões estão a ser testados na África do Sul e a MasterCard espera colocá-los no resto do mundo até o final de 2017. Mesmo que isso aconteça, claro, o utilizador ainda vai ter de esperar que a sua instituição financeira de adapte à modernidade e adopte este cartão. Não deverá chegar até nós este ano, de certeza, mas é provável que em 2018 já tenhamos o novo cartão.
Uma vez que a tecnologia está pronta para o público, esta deve funcionar da seguinte forma:
O seu banco informá-lo-á de que o cartão biométrico está disponível e, se estiver interessado, terá de ir a um centro de inscrição (provavelmente, a um balcão do seu banco) para digitalizar os seus dedos. Será então armazenado no chip EMV do cartão um modelo digital criptografado de sua impressão digital.
Segundo o que foi veiculado pela MasterCard, cada utilizador poderá guardar até duas impressões, mas ambas obrigatoriamente da mesma pessoa. Não será possível autorizar uma outra pessoa a usar este sistema no seu cartão.
Depois que seus modelos são guardados, o seu cartão está pronto para ser usado em terminais compatíveis em todo o mundo. Da parte dos comerciantes, a empresa refere que estes não precisam adquirir novos equipamentos para aceitar o seu cartão com impressão digital. Portanto, a "transação" tecnológica deverá ser elaborada dentro do cartão e transmitida ao TPA.
O cartão em si surpreende porque não é mais volumoso que o que tem atualmente na sua carteira, é exatamente como um cartão regular. O sensor de impressão digital é um retângulo pequeno, com formato de miniatura, que fica no canto superior direito e é facilmente acessível quando o utilizador segura o cartão num terminal de pagamento.
Testes já realizados mostram que é eficaz, que o cartão, de facto, sabe quando é usado pelo legitimo proprietário e quando está a ser usado por alguém que não consta nas impressões guardadas. Depois, todo o processo é extremamente rápido, o que mostra alta tecnologia de comunicação no interior da estrutura electrónica do cartão.
Quando o terminal lhe pede para inserir o cartão, está já a comunicar com as suas informações bancárias, como a sua identidade e o valor da transação. Então, o passo seguinte é validar a sua identidade solicitando a impressão digital. O sensor lê o dedo e envia as informações para o chip do cartão, que determina se a pessoa que está a fazer o pagamento é de facto o proprietário. Se for o proprietário, então o equipamento envia uma mensagem "Sim" ou "Autorizada" para o banco, para que seja de imediato feito o pagamento.
Esta tecnologia ainda só funcionará em equipamentos compatíveis com cartões chip and pin. Não funcionará nos terminais que só aceitam leituras via banda magnética.
Esta tecnologia poderá revolucionar a forma como usamos o cartão de débito e crédito, mas o caminho não será acabar com os cartões, tal como vimos com a tecnologia Mb Way, onde o smartphone irá ser o fiel fiador do utilizador? A ver vamos.
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Enquanto isso a Fujitsu lançou o primeiro dispositivo móvel (Tablet) com Leitor biométrico que le a palma da mao.
http://journal.jp.fujitsu.com/en/2017/02/09/01/
Ter que deslizar a palma da mão sobre o aparelho não é propriamente um método muito apelativo e prático.
Verdade mas pelo que percebi é igual a um swipe to unlock, e ao mesmo tempo faz scan à mão
Não me parece que seja a mesma coisa! O slide to unlock não requer grande precisão de movimento e pode ser feito de muitas maneiras.
No caso deste sensor tens que encostar a palma da mão e deslizar para que passe por cima do pequeno sensor que está na margem, fora do ecrã, o que requer alguma precisão, provavelmente mais do que nos sensores de impressões em que era preciso deslizar o dedo, o que causava algumas dificuldades nos smartphones. E deslizar a palma da mão sobre o vidro causa muito mais atrito do que deslizar a ponta do dedo, não será um movimento suave, será desconfortável.
A questão não está tanto do lado da tecnologia, mas sim do lado do utilizador querer usar ou não. Também a VISA lançou o contactless e no entanto não é muito usado, havendo bancos que já não a incluem nos cartões que emitem.
Vou deixar a minha opinião, e fazer alguém rir…muito.
1º nao era suposto inderir o chip no utilizador ?
2º o que vai acontecer é algo parecido com o que se passou com os automóveis:
Antigamente os “amigos do alheio”, quando queriam “pedir emprestado” um automóvel, apoderavam-se das chaves, muitas das vezes nem era preciso, bastava uma simples ligação directa, e adeus até ao meu regresso. Muitas das vezes o proprietário nem dava conta de imediato, somente após ao desaparecimento da viatura. Com a introdução de medidas de segurança adicionais (pressão das seguradoras), passou a ser preciso o proprietário , o que implicou COAÇÃO, SEQUESTRO, AGRESSÕES, CAR-JACKING. Resultado os carros continuaram a ser roubados, mas colocaram os proprietários em risco.
O que se vai passar com os cartões…bom vai se preciso o DEDO do dito cujo….percebem ou querem um desenho ?
Podem rir, eu compreendo. Mas cartões desses eu recuso, ponto.
Os sensores do cartão como em qualquer serviço decente de bio segurança necessitam do dedo “vivo”.
Penso que também deve funcionar utilizando o velhinho PIN como alternativa. Assim não é preciso “doar” o dedo.
Inicialmente o teu comentário até fazia algum sentido, mas depois pensei um pouco e…espera lá…
Sabes porque razao se usa DNA para reconhecer pessoas que morreram em vez da sua impressao digital?
Pois… porque a circulacao de sangue parando os teus tecidos vao alterar-se, logo se cortares um dedo, a menos que sejas rapido (talvez uns 10/20 minutos) nao vais ter sorte.
Aos poucos caminhamos para o controlo total da população.
É mais fácil perder o PIN que um dedo, mas é mais fácil roubar um dedo (leia-se impressão digital) que o PIN…
ISSO É BOM, PRATICO, POREM TEM UM PROBLEMA MACHUCA OU FAZ UM CORTE PARA VER SE FUNNCIONA
Penso que também deve funcionar utilizando o velhinho PIN como alternativa.
Seria mais interessante o método que já falei anteriormente, um aparelho com um tamanho próximo do cartão de débito/ crédito e pouco mais grosso que exibisse as operações no ecrã do próprio aparelho e a autorização fosse através de código (exibido em posições sempre diferentes) e colocação de impressão digital (algo que você sabe, com algo que você têm).
O melhor é que poderia até conter vários cartões bancários (chaves digitais) que o utilizador até poderia personalizar para utilizar por tipo de operação/ comerciante/ dia da semana/ etc.
Ah! E seria realmente mais seguro para o cliente, para os comerciantes, para os intermediários e para os bancos.
Sendo um dispositivo dedicado só para essa função seria mais complicado os ataques, por ter menos superfície de ataque, em especial se os aparelhos fosse sujeitos a múltiplos testes de ataques aos mesmos por terceiros especializados na área incluindo universidades.
+1
Melhor ainda seria usar as “chaves digitais” ( diga-se cartões bancárias ) dentro da segurança do nosso cartão de cidadão. Embora conceda que existem problemas com o roubo de identidade. É sempre mais fácil anular o conteúdo de um cartão de uma só vez, do que perder tempo em anular vários cartões em várias entidades diferentes. Creio que se calhar a biometria no Cartão de Cidadão seria porreiro. Não precisava de decorar os pins complicados, bastando para isso a impressão digital.
isto a haver em portugal,esta disponivel em 2056,sim porque somos um dos Paises que tem mais diversidade de bancos,mas ao mesmo tempo temos dos piores servicos e mto atrasados nas novas tecnologias..mas muito avancados nas despesas de manutencao mensais.
Sai fora do teu “mundinho” e olha á volta. Que se passa com o tuga que só sabe desvalorizar o que tem?
Diz aí que países estão melhores ?
Pelo que sei por experiência própria (não pelo que diz o vizinho do lado) no grande US, ainda nem tem PIN, estão agora a implementar chip mas sem PIN, aqui em Espanha pagamos comissão para aceder ao nosso dinheiro, na Inglaterra continuas a ter de ir ao Banco para resolver assuntos que a maioria dos portugueses faz no telemovel ou a ir aos correios pagar taxas, na Franca o caixa automático da para levantar dinheiro e pronto, esquece lá isso de pagar serviços … o mesmo acontece em Espanha.
Poderia continuar mas seria um post demasiado grande.
Se não gostas do país em que vives, faz as malas e muda.
O que mais irrita nisto é que tem quase de certeza tecnologia portuguesa com financiamento português, mas enfim, temos péssimos empreendedores e falta de escala.. Pena que não posso divulgar qual foi a empresa que fez isto..é triste.
Se for com a mesma tecnologia que alguns telemóveis trazem, então é para esquecer porque volta e meia deixam de funcionar e tem que se reprogramar e num cartão é muito chato.
Confiar/dar dados biométricos a instituições bancárias … mas cada um é que sabe de si !!
nao percebo muitos dos comentarios aqui… se por um lado isto traz mais seguranca ao cartao, para outros isto éum ataque á privacidade…
ou aceitam e usam ou deixam de usar tudo que sabe da vossa localizacao, informacao,… (iam ter de deixar de usar Via verde, pagamentos online, pagamentos com cartao, levantamentos em caixas multibanco, emails, redes sociais, voos, passar fronteiras,… .facam uma cabana na floresta e sejam felizes! 🙂