E se o seu smartphone carregasse a bateria via WiFi?
O sonho de "transmitir" energia sem usar cabos não é de agora pois já Nikola Tesla em 1894 fez muito para isso quando imaginou e trabalhou para que o mundo não tivesse que os usar... e conseguiu, ainda no seu tempo por em prática, isso no segmento da transmissão de "energia" para a rádio, televisão, telefonia móvel e redes sem fio.
Mas para carregar uma bateria é necessário um poder móvel milhões de vezes maior, na prática Tesla sabia disso, desenvolveu teorias nesse campo, mas como tecnicamente não era possível... empurrou para o futuro essa conquista. E hoje, é possível?
Não é a primeira vez que vemos "tentativas" e com um sucesso relativo, aparecer diante dos nossos olhos, já deixamos em 2009 aqui uma demonstração feita no TED por Eric Giler que mostrou os avanços do MIT na tecnologia WiTricity - uma invenção near-to-market que prometia entrar em no mercado para carregar os telemóveis, os carros ou qualquer outros dispositivos.
E na verdade hoje já vemos o carregamento sem fios em inúmeros dispositivos. Mas a distância entre a fonte de energia e o receptor tinha de aumentar e a tecnologia de "transporte" também está a evoluir.
Nasce o PoWiFi
Esta ideia não parou, vimos em 2011 mais avanços nesta área e estudos que davam exemplos claros que era possível transferir energia que alimentava uma TV, por exemplo, mas as distâncias ainda não eram o ideal para podermos dizer que existia uma tecnologia capaz de transferir energia via wireless.
Mas terá sido conseguido um grande avanço neste campo. O sistema usado, curiosamente, é um sistema que qualquer um de nós tem em casa.
Uma equipa de investigadores da Universidade de Washington, em Seattle (EUA) usou um router para carregar as baterias à distância. Até agora conseguiram carregar energia nalguns dispositivos, pequenos é certo, tais como controlos remotos que têm pilhas de níquel-hidreto de metal, baterias tipo botão dos relógios de pulso, que são pequenas baterias de íon de lítio... e pouco mais. Mas a revista MIT Technological Review, num artigo na sua última edição, coloca um título ambicioso: "Alimentar os próximos mil milhões de dispositivos com o wifi".
O sistema apresentado é chamado de PoWiFi (acrônimo para "Power over wifi") e opera em distâncias de até 8,5 metros. Para alcançar este objectivo, os investigadores criaram um sistema que recolhe a energia do Wi-Fi e continuamente fornecessem essa energia às pilhas.
Poderá comprometer a rede Wifi?
Os investigadores acreditam que a sua descoberta e utilização não compromete o desempenho normal de um router e que é compatível com o uso regular do wi-fi, mas deixam algumas cautelas porque usam a expressão "não compromete significativamente o desempenho", significativamente quer dizer que compromete, mas que pode não ser de forma intrusiva.
Mas, isto não é assim tão linear ou simples como parece. Segundo o professor de Jose Manuel Riera, de Radio Comunicações da Universidade Politécnica de Madrid, esta técnica só seria possível em "casas isoladas e distantes umas das outras", tais como existem em determinadas zonas residenciais no Estados Unidos e não no tipo de habitações, apartamentos, como vivem os europeus com todos a usarem wifi e cada um dos sinais a fazer interferências com os vizinhos. "Quando não estivermos a usar a Internet, o nosso router usa apenas 1% do tempo de transmissão.
Os routers desligam-se por milésimos de segundo para que outras redes wireless possam transmitir. A utilização desta tecnologia, contudo, iria exigir que o os routers transmitissem energia continuamente, isso em ambientes de muito uso, como em universidades ou empresas, não pode ser aplicado, como afirmou o professor.
Ao contrário dos dispositivos que utilizam frequências de televisão e de rádio, este sistema funciona com frequências de banda ISMC (onde o wifi está incluído, mas também o Bluetooth e o ZigBee). A legislação nos EUA e na Europa não limita o seu uso para comunicações e, portanto, também pode ser utilizado para alimentar pequenos dispositivos, de acordo com os autores.
O novo sistema fornece energia para as baterias a uma distância máxima de 8,5 metros. No entanto, as limitações de potência na Europa (100 miliwatts) e nos EUA (até um watt, sob certas condições) ficam muito aquém da necessidade de carregar um smartphone. As baterias dos smartphones requerem 4 ou 5 volts. Para carregar a bateria com este sistema, o sistema teria de emitir uma potência um milhão de vezes superior.
Além disso, as ondas que emite um router propagam-se em todas as direções (é precisamente essa qualidade que permite o uso para ligar dispositivos localizados em diferentes locais de uma casa), mas essa dispersão joga contra a potência que os routers poderiam transmitir quando a ideia era focar numa só localização a energia.
Apesar de todos os apesares, alguns investigadores já vêem este passo como uma passo certo no que mais dia menos dia será o futuro da utilização da energia eléctrica. Não deverá demorar muitas décadas até podermos ter o sonho de Nikola Tesla no nosso dia a dia, masta para isso descobrir melhor o "caminho das pedras", pois o conceito já é conhecido.
Este artigo tem mais de um ano
O microondas também coze os alimentos.
Exacto. Confesso que me faz um bocado confusão a abstracção que se vê em relação à radiação electromagnética. É certo que desenvolver tecnologia é sempre positivo, mesmo que não se vá aplicar directamente aquilo que se está a desenvolver, mas por exemplo o caso dos carregadores de telemóvel por indução, para alem do ruído que se está a gerar desnecessariamente e do desperdício energético que provoca, imagino a quantidade de pessoas que não tem aquilo na mesa de cabeceira ao lado da cabeça, desconhecendo o principio de funcionamento. Quando ainda não se conhece bem os efeitos que a radiação tem na saúde, será que compensa incrementar ainda mais essa radiação para não ser necessário ligar cabos?
Qualquer dia vai ser possível fecundar por wifi…
Por WiFi não direi, mas já há um filme que já retrata o futuro do sexo através de fios para não se transmitirem doenças. Não perguntem o nome do filme, já não me lembro…
Demolition Man? http://www.imdb.com/title/tt0106697
Tenho ideia de algo assim 😉
Cumps
LOL – Demolition man filme com sylvester Stalone https://m.youtube.com/watch?v=k80UQWWUIYs
Hehehe, ganda filme
Demolition Man
http://www.imdb.com/title/tt0106697/
Mas segundo se sabe Tesla andou durante uns tempitos com um carro elétrico ‘sem se saber’ como o motor funcionava mas que recebia energia wireless. Infelizmente quem tinha carteira para fazer o projeto andar não quis porque não dava lucro (devido, segundo se diz, a ter custos de manutenção muito reduzidos.)
Keshe fundation esta na linha da frente, ja estao disponiveis para compra geradores de plasma, podem alimentar uma casa ou um carro eletrico atraves de processos simples como o funcionamento de planetas ou sistemas solares. Energia Infinita.
http://globalenergytransmission.com
Dois russos apostados em completar a pesquisa do Tesla.
Só não se tornou comum porque o Edison tinha um sistema que permitia cobrar dinheiro, enquanto o do Tesla permitia fornecer energia ao planeta todo de graça. O principal financiador de ambos (o Tesla foi assistente do Edison) era o J.P. Morgan. O Ricardo Salgado lá do sítio.
Lá vão fritar álbuns miolos
Isto é daquelas coisas que em teoria, parecem altamente “cool” e interessantes, mas na prática são, na melhor das hipóteses, inúteis, e na pior, prejudiciais.
Para carregar algo “sem fios” tem de se criar um campo 3dimensional e, como bem disseram, muito mais forte do que o necessário para carregar o tal equipamento. Isto, é, está-se a gastar uma imensidade de energia a “polarizar” tudo à volta, com esperança de eventualmente as variações de campo conseguirem efectivamente criar corrente no circuito receptor do equipamento.
And for what exactly? Para não ter fios? Mas continua a ter de se ter o equipamento constrangido naquela zona. E agora por muito mais tempo do que o carregamento equivalente “com-fios”. Qual é exactamente o benefício prático disto?
* com fios -> eficiente energeticamente; seguro; menos tempo de carregamento.
* sem fios -> muito mais lento a carregar, menos eficiente/mais dispendioso; potencialmente inseguro (embora isso será sempre minimizado claro); A única vantagem é efectivamente não precisar de um fio, mas tem de ficar constrangido aquela área. Nessa altura, mais vale pegar na porra de uma extensão que não incomoda assim tanto…
é isto, os relógios “computorizados à dick tracy” e as televisões 3d… sounds cool, mas são completamente inúteis e um gigantesco flop. (faço talvez a excepção para os relógios mas ainda ninguém me convenceu que aquilo é efectivamente útil vs o custo.)
Este artigo fez-me logo lembrar a Marie Curie, que entre outras coisas estudou a radiação.
Depois morreu de leucemia, devido, seguramente, à exposição maciça a radiações durante o seu trabalho.
Uma coisa é radiação ionizante, (radioactividade) outra coisa é radiação não ionizante (radiação electromagnética). Não podemos confundir as coisas.
A sério Pplware? A cada par de anos lá aparece um projeto deste género que naturalmente falha quando o dinheiro acaba e nunca mais ninguém ouve falar dele. Isto é completamente impraticável, não apenas pelos limites da regulamentação mas também pela pelas leis da Física!
Um simples cálculo mostra que a 1 metro de distância são precisos cerca de 8 ANOS (70.000 horas) para carregar a bateria de um simples Nokia: https://youtu.be/P8s3Xjeg0sk
Esta é outra ideia que cai no saco das Solar Roadways… uma utopia para apanhar o dinheiro de investidores desatentos.
Concordo com este tecnologia, mas penso que seria interessante focar um pouco mais na energia solar, também carrega dispositivos sem fios, alem de ser segura e renovável.