Quer saber como será a Interface de Utilizador do Futuro?
Por Hugo Sousa para PPLWARE.COM
O mais importante em qualquer dispositivo de interacção com o ser humano é a sua interface. Isto remonta à "história" da tecnologia e nada foi adulterado, apenas o conceito está cada vez mais apurado. Então o futuro irá prometer uma interface cativante, pura, simplista mas extremamente completa e que vicia o utilizador. Como será?
Essa resposta está a ser dada por Bill Fernandez um dos maiores cérebros mundiais da área.
Fernandez cresceu ao lado de Steve Jobs e de Steve Wozniak e foi o primeiro funcionário da Apple. Dentro da empresa Fernandez trabalhou e revolucionou o computador pessoal, a interface gráfica, o vídeo online com um excelente trabalho no QuickTime e finalmente no aumento da Web, fazendo um notável trabalho com o HyperCard.
Posto isto, pode mesmo afirmar-se que Fernandez é também um dos responsáveis por todos os produtos da Apple e neste artigo vamos mostrar-lhe três tópicos que este génio acredita que irá marcar a interface do utilizador no futuro.
Design Plano
Segundo Fernandez, a interface do utilizador está neste momento a passar um momento de transição, afirmando mesmo que actualmente o design da interface pode ser considerado confuso. É peremptório ao afirmar que a principal razão deriva do facto de muitos dos que trabalham nesta área estarem a ser mal orientados.
Posto isto, a verdade é que neste momento o design de interface do utilizador está a migrar de elementos tridimensionais como é o caso de botões ou até mesmo controlos deslizante para um interface plana, uma interface ao estilo de “revistas”, mais limpa, muito semelhante aos anúncios que estão presentes em revistas.
No entanto, Fernandez afirma que com esta migração está a perder-se muita sabedoria que foi incorporada no estilo tridimensional.
Exemplos:
- O utilizador deve ser capaz de olhar para um ecrã e conseguir distinguir um elemento interactivo, como por exemplo um botão ou um hiperligação, de um elemento que não o é, como é o caso das etiquetas por exemplo;
- O utilizador deve ser capaz de dizer o que cada elemento interactivo executa, como por exemplo inicia o download de algum ficheiro, redirecciona-o para outra página, ou até mesmo inicia qualquer tipo de processo:
- A interface do utilizador deve ser explorável, detectável e auto-explicativa.
Ecrãs ao estilo dos filmes
Segundo este criativo, a ideias de que se pode assistir em filmes como o Homem de Ferro e Avatar, por exemplo, onde vemos ecrãs tácteis transparentes e enormes são impraticáveis. Porque na realidade o simples facto de agitar os braços não dá ao utilizador qualquer tipo de precisão e também porque nesses filmes parece muito simples realizar produtos do género, mas na vida real seria necessário passar horas a desenhar esquemas e desenhar diagramas mecânicos precisos.
Além disto, é possível acrescentar o facto de que os utilizadores iriam ficar cansados de acenar as suas mãos e com os seus braços. É verdade que nos filmes parece muito inovador mas também é verdade que na realidade, para o utilizador, esta não seria uma interface funcional.
Interface do utilizador multi-modal está a caminho
Este investigador da arte de mostrar conteúdos ao utilizador vai mais fundo e avança com a certeza que no futuro a interface do utilizador será a interface multi-modal, como é apresentada no produto da Google, Google Glass. Mas a verdade é que este projecto da gigante norte americana não é nada que não tenha sido já sido pensado. Pois já há muitos anos atrás existiram estudos sobre produtos do género, mas só agora estes produtos estão a ser desenvolvidos.
Pelo que até hoje já vimos, a direcção que a tecnologia está a seguir irá colocar ao dispor de cada pessoa uma interacção utilizando controlo através da visão, audição, voz, dos movimentos da cabeça e até mesmo os gestos. Poderá mesmo ser incluída a actividade eléctrica do cérebro (dizemos nós), mas o problema até agora está na conjugação de todos os recursos para um utilização precisa, rápida e descomplicada. O Google Glass, o Siri e outros dispositivos que todos conhecemos, são a rampa de lançamento do próximo combinado de acção na interface
Assim, para Bill Fernandez, o futuro passará por produtos a serem controlados através da visão, audição, gestos, entre outros. Algo mágico que irá aparecer num futuro próximo... algo que está à nossa frente mas que ainda não houve o clique "eureka" para o deslindar.
Na vossa opinião, o que poderá ser "inovador" suficiente para que todas as marcas adoptem o método?
Este artigo tem mais de um ano
Então primeiro diz que ecrãs grandes com o recurso de gestos, como no Homem de Ferro, não são funcionais para o utilizador… e depois diz que o futuro passa pela interacção por gestos entre outros. Em que ficamos, para ele é ou não é funcional o uso de gestos como interface?
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Na minha opinião, os interfaces futuros, passara principalmente pela voz/som e gestos. Não digo que seja igual ao que se vê nos filmes, mas algumas coisas que poderá vir a ser adoptada pelo o mundo real.
Tens que ler o original para perceber do que ele está a falar. Aqui está um pouco confuso.
De forma muito resumida o que ele diz é que um interface por gestos “no ar”, num sistema para trabalhar, não é prático pela falta de precisão e por causar demasiado cansaço.
No entanto, noutros dispositivos (ele fala em algo como o Google Glass), com interacções mais curtas e sem necessidade de grande precisão, isso pode ser um dos possíveis interfaces funcionando em conjunto com outros (como a voz, etc)!
Concordo: o Google Glass e o Siri é principio da interface de utilizador do futuro.
Boas,
Nem de propósito, sobre os gestos “no ar” concordo com o ser impraticável, pois este sábado estive a fazer uma apresentação num ecrã multi-táctil de 46″ e ao fim de 5 min. de desenhar/esquematizar, puxar objectos, ampliar e diminuir, já tinha dores nos braços, mas daquelas intensas, de tal forma que tive que parar de interagir muitas vezes e apenas falar para dar alguns segundos/minutos de descanso aos braços.
Penso o que seria fazer isso o dia todo!!! Coitados dos meus braços.
Temos de ter em mente que o software actualmente não esta preparado para esse tipo de interacção. Alem de que este tipo de utilização apenas será útil para algumas situações.
Os professores que escrevem no quadro, fazem isso o dia inteiro…
Escrever num quadro tem bastantes diferenças em termos de movimento. Se reparares raramente se estica o braço para escrever no quadro, não é necessário grande amplitude de movimentos ou exercer grande esforço nos ombros; enquanto que para interagir com um ecrã grande vertical a pessoa afasta-se para poder ver o que está no ecrã, estica o braço para realizar acções necessárias, com uma grande amplitude de movimentos.
Agora imagina, que interages com o ecrã sempre a uma distancia razoável para conseguires ver todo o ecrã e ao mesmo tempo os movimentos não serem muito amplos?
Logicamente isso não dará para todo o tipo de situações. E talvez até pode implicar teres umas luvas ou algo dispositivo do género que ajude nessa interacção.
Como é feito nos filmes é exagerado, mas acredito que num futuro a tecnologia irá permitir fazer determinado tipo de tarefas com os gestos em ecrãs gigantes, talvez para conferencias/ensino/apresentações.
Mas para isso não só será necessário hardware como software preparado para esse tipo de interacção.
:S não percebi? Continuas a usar o braço esticado.
E a questão não é se a tecnologia permite usar gestos porque isso já é possível, a questão é de ergonomia no sistema que se usa para trabalho
Acho que ainda não inventaram nada melhor do que um teclado, um rato e um bom monitor, o futuro tem de ser tatil de alguma forma, vejam o sucesso da tecnologia tatil em tablets e smartphones, nada como observar o simples e pratico das coisas tendo por base as crianças e até os bebés, as pessoas têm necessidade de interagir de forma natural com a tecnologia, o siri e google glass até pode ser giro mas não estou a ver o futuro da humanidade ir nessa direção.
“Acho que ainda não inventaram nada melhor do que um teclado, um rato e um bom monitor”
isso é uma realidade…
“vejam o sucesso da tecnologia tatil em tablets e smartphones…”
para brincar e fingir que somos inteligentes é bom…durante um bocado, mas não passa disso…
Lol, e baseiam-se na apple para falar de qualidade de interfaces? Desliguem o vosso rato e tentem trabalhar usando apenas o teclado e viagem no mundo do quanto atrasado esta o sistema operativo… Em vez de tentarem inventar a roda à sua maneira podiam pelo menos aprender com os que ja dedicaram tempo a pensar nisso. De versão para versão o sistemas operativos da apple têm perdido qualidade e infelizmente os utilizadores basicamente fecham os olhos. Se eles quiserem e pagarem bem eu arranjo uma equipa de testers para questionarem se realmente é melhor uma coisa bonita que não funciona do que uma menos bonita mas que funciona em condiçoes adversas.
Eu concordo e discordo. Penso que o futuro passa por tudo e pela interligação de tudo. Há cem anos atrás poderíamos ser levados a pensar que conduzir um carro durante várias horas com as mãos sempre no volante seria cansativo e impraticável. O que eu quero dizer é que a tecnologia e o avanço desta é a conjugação de um misto de várias coisas. Interligação é pois a palavra-chave. Penso que num futuro não muito distante poderemos utilizar modelos tridimensionais virtuais e com comandos de voz e alguns comandos gestuais, poderemos a partir de modelos pouco complexos desenvolver outros mais complexos, poderemos a partir de um desenho tridimensional virtual relativamente simples pedir ao computador que acople determinada peça tridimensional numa determinada posição junto de outra, pedindo-lhe de seguida para “executar” para ver se a ideia funciona. Basicamente estou a falar de um “lego de peças tridimensionais virtuais” que podem ou não ajustar-se e que ao “correrem” podem ou não e funcionar e criar desta forma um modelo ainda mais complexo. Isto será feito numa base muito rudimentar, mas penso que o caminho será por ai…”desenhos tridimensionais virtuais” que aumentam de complexidade, correm por si, se autodiagnosticam e sugerem ao utilizador melhorias para o seu funcionamento. Ficção? Talvez, os computadores quânticos poderão fazer isto…lembrem-se que as impressoras tridimensionais eram ficção há uma década atrás e elas estão ai…