Findster: Um excelente sistema de localização feito em Portugal
Existem projectos que merecem uma atenção especial, não apenas pelo que criam, mas também por terem origem no nosso país.
O Findster é um desses projectos. Para além de ser criado por jovens portugueses, cria uma solução para um problema que todos queremos evitar e solucionar quando acontece.
Com este sistema vamos poder ter um controlo absoluto sobre a localização das nossas crianças e dos nossos animais de estimação, com o recurso apenas a hardware e sem qualquer custo adicional.
Nos Estados Unidos, a cada 40 segundos, uma criança desaparece. Anualmente, no mundo inteiro, desaparecem oito milhões.
As três primeiras horas que se seguem a um desaparecimento de uma criança são as mais decisivas e que, assumindo que uma criança não foi raptada, decorrem em média cerca de duas horas até que se identifique a sua localização.
No que diz respeito aos animais de estimação, este período de incerteza é ainda mais alargado. Estima-se que um em cada três cães desaparecerá pelo menos uma vez ao longo da sua vida. Cerca de 90% nunca regressa a casa.
Todos estes números podem ter um desfecho diferente se for usada uma tecnologia que está a nascer no nosso país. Todos estes números podem tornar-se mais animadores e mais positivos com o recurso ao Findster.
O Findster é a nova tecnologia, desenvolvida em Portugal, para localização de crianças e animais.
Com o Findster é possível saber em tempo real onde andam os nossos filhos, ou animais de estimação, e criar zonas de segurança que, caso sejam ultrapassadas, é enviado um alerta para todos os cuidadores associados a essa criança ou animal.
O Findster está provido de funcionalidades várias e que se adaptam à utilização que lhe é dada.
É possível monitorizar várias crianças ou animais ao mesmo tempo e na mesma app, é possível monitorizar em várias apps a mesma criança/animal (recorrendo à cloud), vem munido de um botão de pânico para poderem ser lançados alertas pelo filho para o pai, detecção de quedas, locate mode - quando é quebrada uma zona de segurança é lançado um alerta e é activado o modo de busca, ‘activity tracker’ (apenas para animais) permite saber o nível de actividade diária do nosso animal de estimação.
O ecossistema Findster é composto três componentes fundamentais:
- Um módulo que é aplicado no filho, ou no animal. Este módulo inclui um sistema de localização de alta precisão, e uma componente que mede a aceleração do módulo (acelerómetro). Esta última componente pode ser usada, por exemplo, para sabermos se a criança caiu.
- Um segundo módulo a ser usado pelo pai. Este módulo permite comunicações de longo alcance com o módulo do filho (por radiofrequencia), e comunicações com o smartphone do pai, por bluetooth. Este componente permite a agregação de vários módulos criança/animal.
- Aplicação para smartphone, que é onde está centralizada toda a informação. Com a ajuda da aplicação para dispositivos móveis o utilizador consegue, por exemplo, definir uma área onde a criança pode brincar, e caso o perímetro seja ultrapassado, o utilizador é de imediato alertado. O smartphone pode receber informação por duas vias: directamente do módulo aplicado no smartphone (por bluetooth), ou através da cloud (monitorização remota).
Os módulos pai e filho/animal estão providos de um sistema de comunicação sem fios, permitindo um alcance de comunicação entre os vários intervenientes que pode variar de algumas dezenas de metros até um quilometro de distância.
Recorrendo a este método de comunicação podemos ter um raio de cobertura relativamente grande (quando comparado com bluetooth trackers), e sem custos adicionais para o utilizador (ao contrário de outros sistemas concorrentes que recorrem a redes móveis – operadores de telecomunicações – para a comunicação).
Existe uma quarta componente, a Base Station, que em alguns casos pode substituir o módulo pai. O propósito da Base Station é ser colocada em locais como a nossa casa, escolas ou outros sítios públicos.
Estas Base Station têm um alcance 2x superior ao módulo pai, permitindo comunicações de ainda maior distância.
Quando um módulo filho não está ao alcance do módulo pai, este tenta procurar uma Base Station (qualquer que ela seja) de modo a reestabelecer a conexão ao smartphone do pai (através da cloud). Quantas mais Base Station existirem, maior será a área de cobertura e melhor será a rede Findster.
A Base Station pode ainda ser usada para carregar a bateria dos módulos. Caso o utilizador não tenha uma Base Station, os módulos poderão ser carregados com um carregador individual.
Existe ainda uma componente SDK. Os programadores poderão usar o hardware Findster para outros fins, podendo programar novas aplicações e novas funções.
O Findster encontra-se ainda em desenvolvimento. De momento existem protótipos e foi feita a validação do conceito junto de utilizadores reais.
O projecto está agora numa fase de investimento colectivo (crowdfunding) na plataforma Indiegogo . A campanha tem como objectivo angariar fundos para acelerar o desenvolvimento, e verificar se existe adesão de mercado.
O inicio de expedição previsto é para Abril de 2015. Os utilizadores podem já fazer a pré-reserva do equipamento por 132€/179$ (inclui módulo pai, módulo filho/animal, carregador individual, base station e app para Android/iOS) ou 65€/89$ (inclui módulo pai, módulo filho/animal, carregador individual e app para Android/iOS).
Este artigo tem mais de um ano
Isto não é do género da Lapa?
Não, a lapa usa Bluetooth (tem um alcance de 50metros se tiveres sorte). O Findster supostamente pelo que está no artigo usa um protocolo de radio frequência que permite um alcance de até 1 km. Por isso não tem nada a ver com a lapa. Vou ler com atenção, estou a pensar comprar para o meu Cocker, que gosta de pular a cerca para ir ter com as namoradas 😀
Nada tem a ver com o LAPA. O Lapa é um device bluetooth (Range de 50 metros máximo). O Findster usa um protocolo de RF que permite 1km de alcance entre módulos. Daí que não seja comparável.
Olá Freitas.
O conceito do Findster e do Lapa é um pouco diferente, assim como os fins a que se destinam.
A ideia do Findster é ter uma monitorização constante e a longa distância, havendo a necessidade de um módulo posicional (com GPS) para sabermos a posição exata da criança ou animal.
Um projeto bastante interessante.
Já tinha conhecimento do mesmo e aqui como onde vi este projeto não falam num aspeto que eu acho bastante importante.
Deveria existir algum mecanismo para alertar quando o dispositivo é removido/cai/aberto/perde sinal. Esse alerta seria enviado para o “pai” e seria um aviso sonoro de forma a que quem estiver nas redondezas o oiça e fique atenta.
Olá Vitor,
Obrigado pela sugestão. Já exploramos algumas soluções para a perda de sinal. Quando o sinal é perdido, o modulo entra num modo de pesquisa de outros módulos compatíveis (da rede Findster) para estabelecer a coneção ao smartphone dos cuidadores (através da cloud).
Em relação à remoção, estamos a trabalhar numa soluçao para detetar esse caso.
Quando falei em perder o sinal não era em ficar fora do alcance, mas sim cobrir o equipamento com algum material que bloqueie o sinal ou que utilizem algum equipamento que interfira com a comunicação.
Se o sinal for ficando fraco, dar um aviso sonoro\vibração para alertar.
Se perder o sinal de forma repentina, dar um sinal sonoro de forma a alertar quem se encontre perto.
Isto para cenário de rapto. Casos potenciais de famílias que se encontrem a trabalhar em países com questões de segurança, por exemplo.
Se for como a Lapa, a entrega vai ser adiada 50 vezes, durante meses.
Ora nem mais…
Era para entregarem em fevereiro, ainda nada… Sempre com desculpas disto e daquilo…
Vou-me queixar ao Cavaco e ás televisões que lhes fizeram publicidade, a ver se também a desfazem…
Para mim, e para muitos (de inúmeros outros projetos), crowdfunding está over. Eles só querem é apanhar o dinheiro e por-se a andar… Não é para montar uma empresa… Isso já dá muito trabalho
Pudera.
Montar uma empresa hoje em dia em Portugal, com esta carga fiscal, só sendo tolo.
Carga fiscal?
Eles são jovens empresários, não pagam “carga fiscal”, e ainda receberam montes de apoios…
Já houve imensos projectos de Crowdfunding bem sucedidos e com entregas a tempo e horas. A Lapa é um péssimo exemplo, não devemos generalizar. E é um péssimo exemplo por vários aspectos, como por exemplo a comunicação com os Backers…
Claro que houve… mas apoiar estes gajos? Para mim, esquece… eu sei lá se eles são decentes, e cumprem ou não?
Fui bem burro, aconselho os outros a não seguirem o mesmo caminho…
Não é só a lapa, como o Omate Truesmart… vai ver o que prometiam, quando diziam que iam lançar, e quando saiu, e o que saiu…
Pois…
Por exemplo, eu dei o que dei pela lapa, todo convencido, agora? Quem pré-encomendar, ainda por cima, paga menos! E depois da sair, aposto que vai pagar ainda menos!
Nunca mais!
Só conheço um bom exemplo de crowdfunding: a Pebble…
É sempre difícil lidar com problemas, ainda mais quando são startups. Mas mesmo empresas seniors também se atrasam. O problemas é que estas startups nao dependem só delas para a concretização do produtos.
Para animais de estimação ainda vá, agora para crianças, um dispositivo daquele tamanho jamais funcionaria, ainda para mais se alguem quiser raptar. Quando arranjarem um do tamanho de uma moeda ou que dê para implantar no rabo avisem.
Por essa ordem de ideias, porque raio usamos telemóveis? Se nos quiserem fazer mal, desligam ou deitam o telemóvel fora para não estarmos contactáveis. No dia em que alguém oferecer uma solução infalível, fica rico. Esta não é infalível, mas parece-me uma bela forma de tentar prevenir sarilhos. Eu gostei.
Não faz sentido algum comparar com telemóveis, o intuito é completamente diferente, é como comparar alhos com bugalhos.
Se o objectivo é certificar-nos que o objeto não sai de um perimetro estabelecido, o aparelho é útil, agora como dissuador de actos mal intencionados, não funciona de forma alguma (nem um telemovel para esse facto), basta atirar fora. Agora, um aparelho do tamanho de uma de 1 cêntimo ou menor que possa ser escondida ou dissimulada seria a meu ver bem mais útil.
Existem já bastantes alternativas com bluetooth em que nem sequer é necessário mudar de pilha:
https://www.wetaginc.com/
http://www.thetileapp.com/#this-is-tile
Enquanto não conseguirem encolher o produto para tamanhos semelhantes aos dos sites que enunciei penso que não terão hipotese, a vantagem do campo alargado de alcance através de ondas rádio não chegará para compensar o bulk do tamanho.
Caro Marco, deve viver num filme de ficção cientifica. Esse tamanho que refere é impossível em primeiro lugar. Depois pelo site o tamanho do Findster não é muito maior que o tile ou a sua imitação lapa. E em terceiro lugar está a comparar um range de 50m para 1000m. Por tudo isto, acho que não é necessário colocar mais na carta…
Caro Alexandre, ou Alexandr, já que resolveu deixar cair o “s” no final do nome – olhe que há 36 anos deu uma trabalheira dos diabos para colocar o “s” pelo que agradeço que não o tire:
– há de reparar que eu próprio menciono que o ponto forte do produto é o range, o rádio excede significativamente o range do bluetooth, nem é isso que está em causa.
– Porém, e esse é o “mundo” em que vivo, de nada serve a funcionalidade sem o facto de ser algo prático e que cative o comprador. Ora, o tamanho, ao contrário do que refere, pelo que vejo nas imagens e no site, o dispositivo é bem maior que o tile – é algo que colocaria no meu cão mas – aliás, é algo em que devem apostar, é um excelente produto para animais – mas não nos meus filhos.
Acredito que seja possível com um pouco mais de investigação e um pouco menos de imitação conseguir criar um produto que consiga chegar à dimensão da concorrência e aí sim, terá um produto fantástico capaz de cativar o mercado e sobressair.
Não estou aqui a deitar o projecto abaixo, mas sim a apontar quer os pontos fortes quer os pontos fracos e equacionar ambos, portanto não sei o que quer dizer com essa da carta, mas se fosse a si tentaria ver o produto de uma forma desapaixonada, garanto-lhe que veria melhor as coisas.
Olá Marcos,
Nós estamos a trabalhar no sentido de ter as menores dimensões possíveis. Mas do tamanho de uma moeda não será possível devido às características do Findster: comunicação a longas distâncias, GPS, acelerómetro, etc.
Também tentámos desenhar o produto de forma a que seja a criança deseje andar com o módulo, usando formas divertidas e coloridas.
Olá Paulo,
Faço votos que consigam, decerto que será um edge bastante vantajoso no vosso projecto. Se precisarem de ajuda na formulação do projecto disponha.
Obrigado 🙂
Abraço
Interessante e útil projecto se for levado em frente.(espero que sim)
Algum investimento em infraestrutura(base station)tera q ser implementado de forma a dar seguranca ao cliente e potenciais investidores. bla bla bla
Tem um mercado muito grande q procura uma solucao destas (com uma abrangencia maior q os 2Km.
Aquele abraco
Obrigado Luis.
O nosso principal objetivo é a segurança e dar descanso aos pais. O Findster não resolve todos os problemas, mas pode prevenir muitos deles.
Abraço
crapware.. ja existe desde 2006
O projecto é muito interessante e só espero que tenha pernas para andar….
Obrigado Nuno 🙂
Abraço
Parece um bom projecto, mas também pensei o mesmo da lapa e só não encomendei porque deu erro na compra, senão já estava tramado como algumas pessoas já confessaram!
Quando estiverem à venda, eu compro. Agora dar dinheiro sem nenhuma garantia…..
Também já tive uma situação de uma compra pela digilow (antes de fechar as portas), em que pensei mesmo que ia ficar sem 700€, por sorte fui reembolsado. Outros não tiveram tanta sorte!
Aconselho a quem tenha situações semelhantes, a recorrerem aos julgados de paz. Já recorri uma vez e só tenho a falar bem, fui reembolsado no montante que pedi (no máximo até 5.000€) e demorou todo o processo cerca de 2 meses. Mas é preciso ter em atenção que uma acção no julgado de paz custa uns 60€, salvo erro, pode não compensar. E se não chegarem a acordo, pior ainda, porque vão precisar de um advogado para continuarem!
Olá Rui,
Para evitarmos esse tipo de problemas adoptamos uma metodologia de tudo ou nada, isto é, ou conseguimos 50K $ e o projeto avança e continuamos o desenvolvimento para entregar em Abril de 2015, ou não conseguimos atingir os 50K e o dinheiro é automaticamente devolvido pelo Indiegogo.
Por outro lado o prazo de entrega (Abril de 2015) foi calculado de forma a que não haja atrasos.
Então há algum tracker que aconselhem para o Laptop e afins?
O TrackR também é alta banhada a nível de crowdfunding…
Thanks
Tracker para Laptop, para que finalidade?
O Findster não se enquadra nesse contexto.
Abraço
Podiam fazer uma análise também a sistemas do mesmo género, mas mais complexos, que se utiliza nos carros. Tenham ou não mensalidade associada.
Marcos, definitivamente és um IDIOTA.
Obrigado pela sua resposta, diz tudo de si, acaba de perder qualquer razão que possa ter.