Análise Epic Mickey 2: Power of Two (Wii)
Sempre fui fã da Disney. E, personagens como o Rato Mickey, Pato Donald, Professor Pardal, Tio Patinhas, Bafo de Onça, Maga Patológica, Gastão, Minnie, Pluto, Pateta e muitos mais têm um cantinho muito especial nas minhas memórias. Aliás, ainda guardo a maior parte da minha colecção de Hiper e Super Disneys que ao longo dos tempos fui criando.
Deixem-me fazer um aparte apenas para referir que o nosso Tio Patinhas fez anos recentemente ... 65 anos para ser exacto.
Bem, mas como dizia sou apenas mais um entre muitos milhares (ou milhões) de fãs da Disney espalhados por esse mundo fora. Um pouco por isso mesmo é que recebi este Epic Mickey 2: The Power of Two com grande entusiasmo.
Este jogo é a sequela de Disney Epic Mickey, criado pelo famoso designer Warren Spector e pelos estúdios Junction Point, que convida os jogadores a vestirem a pele do nosso Rato Mickey e de Oswald, o coelho sortudo, a primeira personagem de sempre criada por Walt Disney.
Mas, vamos descobrir um pouco mais ...
Em Epic Mickey 2: The Power of Two, o Rato Mickey é novamente chamado à Terra do Nunca para resolver mais uma crise. Acontece que misteriosos terremotos estão a assolar a Terra do Nunca e, coincidência ou não, o Professor Malvado aparece outra vez ... mas jurando estar mudado e querendo ajudar na sua reconstrução. Será verdade? Ou será mais um ardiloso esquema do Professor Malvado? Entretanto, e com a ajuda de Osvald partimos à aventura e, enquanto tentamos remendar o que está mal, vamos ajudando os restantes desenhos animados locais.
Gráficos: 8,0
Mesmo tendo perfeita noção de que, a nível gráfico, os jogos da Wii não conseguem, na maior parte das vezes, ombrear com os títulos das restantes consolas de sala, chamemos-lhes assim, Epic Mickey 2: The Power of Two consegue mesmo assim apresentar um grafismo bastante cuidado. Aliás, Warren Spector conseguiu criar um ambiente digno de um livro Disney.
Apesar de todos os cenários e diferentes localizações por onde passamos serem facilmente identificáveis como pertencendo a esse Universo paralelo que Walt Disney criou para os desenhos animados esquecidos, nota-se uma certa pobreza de conteúdos. Falta aqui ou ali, mais vida, mais movimento.
Por seu lado, o nosso amigo Mickey está em boa forma mas um pouco preso de movimentos. Apesar de se mover com agilidade e naturalidade, a sua diversidade de movimentos é curta e os seus saltos são um pouco limitados.
Se há algo que Epic Mickey 2 se pode gabar é de apresentar-se como uma aventura bastante colorida, e não o digo apenas pelo facto de Mickey estar munido dum pincel. Todos os cenários, à sua medida, estão bem desenhados com caminhos diversos para explorar e muito coloridos.
Som: 8,0
Um jogo musical, é o que se pode dizer de Epic Mickey 2. Algo de raro no mundo dos videojogos mas, que até cai bem, especialmente se tivermos em atenção que a Disney costuma apostar muito na musicalidade nos seus desenhos animados e filmes.
Enquanto joguava The Power of Two apesar de ter gostado de ouvir as vozes quer do nosso Mickey, quer do amigalhaço Osvaldo ou mesmo dos restantes personagens com que vamos interagindo, tenho de admitir que ao fim de algum tempo há uma tendência para caírem na monotonia, especialmente a de Osvald.
Apesar do esforço da Junction Point em adicionar o português ao nível das legendas, tenho pena que não se tenham esforçado um pouco mais e adicionado as vozes também na nossa língua. O jogo é divertido quando jogado tanto por adultos como por crianças mas, quando forem apenas os mais pequenos a jogar torna-se complicado pois as legendas mais cedo ou mais tarde, saem do ecrã.
Jogabilidade: 7,0
Epic Mickey 2 apresenta uma mecânica mista de aventura, plataformas, puzzles e até mesmo RPG. É um jogo simples de jogar e para os mais novos, de fácil compreensão.
O jogo usa o Nunchuck para o movimento do Mickey e do Osvald e o WiiMote para mover a câmara (teclas direccionais), o botão A para saltar, o B, o botão 1 para tirar fotos e o 2 para aceder ao menu e inventário.
Tendo isto em conta, devo dizer que na sua maior parte os desafios e obstáculos que se nos deparam são facilmente ultrapassáveis não houvessem alguns problemas nos controlos e na Inteligência Artificial que minam um pouco o divertimento.
Por exemplo, em várias ocasiões do jogo é necessário recorrer ao Osvald para solucionar puzzles com os seus ataques de electricidade. Ora, quando se joga a dois, com o Osvald a ser comandado por uma outra pessoa as coisas funcionam bastante bem, mas o problema coloca-se quando se joga a solo. Quando estamos sozinhos com o Osvald, existem alguns desafios que necessitam dos poderes dele e aí, a Inteligência Artificial é que tem de despoletar a sua ajuda. Em muitas ocasiões isso não acontece logo. Por exemplo, numa ocasião, numa das side-quests que nos são dadas pelos habitantes da Terra do Nunca, temos de consertar um ar condicionado que está no telhado duma gelataria. Ora, quando chegamos ao telhado e vemos o ar condicionado a faiscar vê-se logo que é um problema para Osvald, mas na altura, ele teimou em pentear as orelhas, em olhar para o céu enquanto repetia insistentemente "Já sei", "Já descobri".
Exemplos destes são, infelizmente comuns. No entanto, quando jogamos acompanhados por outro jogador este tipo de problemas já não se coloca.
Mencionei acima algo muito importante em Epic Mickey 2, que são as side-quests. Apesar da história principal ser minimamente interessante e variada, temos dezenas de side quests a fazer na Terra do Nunca. Praticamente todos os habitantes precisam de algo, ou têm algo para nos sugerir e assim a variedade e diversidade do jogo tende a aumentar.
O controlo da câmara em The Power of Two é dado ao jogador mas mesmo assim há certas secções que não funcionam como deveriam. Conforme indiquei ao inicio, The Power of Two apresenta uma forte componente de plataformas e como tal, há obrigatoriamente, secções de saltos (por cima de precipícios, de rios de produtos tóxicos, ...). Estas secções podem por vezes tornar-se irritantemente chatas, pois a câmara teima em nem sempre possibilitar-nos a melhor colocação e assim impedir-nos de ter uma visão boa para preparar o salto.
Acontece por vezes que há necessidade de usar o Osvald (e as suas orelhas de helicóptero) para apanhar boleia e apesar do controlo de Osvald ser simples, o facto de apenas planar e não voar propriamente dito obriga o jogador a preparar bem o voo.
De qualquer forma acho que deveria de haver um mecanismo de, quando jogado a solo, dar ordens claras e especificas a Osvald para evitar os problemas que referi de "incapacidade temporária" do coelho sortudo. Acho que dever-se-ia pensar nisso na vertente singleplayer.
Por vezes, enquanto avançamos nos cenários deparamos-nos com algo no próprio caminho que parece estar transparente.Quando isso acontece significa que algo precisa duma boa pincelada para lhe dar de novo cor e vida. O uso do comando da Wii ganha assim maior dinamismo e utilidade pois é extremamente simples apontar com ele e usando o botão B para tal.
Durante a nossa aventura encontramos diversos outros personagens do Universo Disney que nos trazem boas memórias bem como dão um toque de autenticidade à história e ao ambiente em seu redor. No entanto, creio que poderiam ter sido melhor aproveitadas essas interacções com essas outras personagens, dando-lhes outro tipo de protagonismo ou mesmo podendo comandá-las directamente em mini-jogos, por exemplo.
Em The Power of Two, há combates. Apesar de na maior parte das vezes serem combates coloridos também há por vezes electricidade no ar, especialmente para combater grandes bosses e robots. Mickey com o seu pincel mágico consegue ainda tornar alguns inimigos em nossos aliados durante um combate se os conseguir pintar.
Creio que a Disney e a Junction Point Studios tentaram criar com Epic Mickey 2: the Power of Two um jogo que reproduzisse uma história cativante onde os nossos dois heróis se tornassem rapidamente parte do jogador e que apresentasse uma jogabilidade que conseguisse atrair tanto fãs como outros tipos de jogadores amantes de plataformas. Em parte conseguiu mas, alguns problemas técnicos minam um pouco a experiência.
“Trabalhamos continuamente para desenvolver conteúdos interativos que impactem a abrangente base de fãs da Disney” declarou John Pleasants, co-presidente da Disney Interactive. “O nosso objectivo era capturar o sentimento nostálgico que tornam as experiências Disney algo de verdadeiramente mágico, e parece-me óbvio que conseguimos lograr essa meta em Disney Epic Mickey 2: The Power Of Two de forma excepcional”.
Longevidade: 8,0
Epic Mickey 2: The Power of Two apresenta muito conteúdo para ser jogado. Seja a solo, ou com a ajuda dum companheiro em ecrã dividido há muito que fazer, não só no seguimento da história principal, como também na resolução das inúmeras side-quests que nos são dadas pelos restantes personagens da Terra do Nunca.
Apesar dos problemas que foram identificados acredito que para os fãs dos desenhos Disney e em particular da roedor mais conhecido do mundo, que há bastantes motivos para, não só explorar todos os cantos da Terra do Nunca, como também para voltar a jogar e explorar áreas por onde já passámos.
Nota Final- 7,4
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Conforme comecei esta análise, devo afirmar que sou fã incondicional da Disney e dos seus personagens. Pelo menos daqueles que me acompanharam ao longo dos anos, e nos quais se inclui obviamente o Rato Mickey. Devo confessar no entanto que, gostaria dum Rato Mickey com movimentos mais fluídos e diversificados ainda e que os diversos problemas que afligem a sua jogabilidade são, no mínimo, chatos. Há problemas, tais como a ocasional falta de Inteligência (Artificial) de Osvald são graves e que deveriam não existir. No entanto, quando jogado a dois, The Power of Two é um jogo que se revela bastante mais divertido. Para os fãs da Disney, tal como eu, é um jogo que mata algumas saudades e que, quando bem acompanhados nos leva até ... à Terra do Nunca. Género: Aventura Plataforma Analisada: Wii Outras Plataformas: Wii U, Nintendo 3DS, Xbox 360, Playstation 3 Homepage: Epic Mickey 2: Thw Power of Two
Este artigo tem mais de um ano
Pelo que observei em súas considerações, é impossível quando jogamos sozinhos assumir o personagem Oswald? Ou seja, não consigo sozinho mudar o personagem de Mickey para Oswald?
Grato
isso não é possivel
queria jogar o jogo no computador dá para jogar
Nao consigo gravar o jogo. Help